Paris Football Club é um clube de futebol francês, localizado na região leste de Paris. Fundado em 1969, chegou a originar no ano seguinte o Paris Saint-Germain, mas foi retomado como um time à parte em 1972. Como um clube autônomo, disputou três vezes a Ligue 1, nas temporadas 1972-73, 1973-74 e 1978-79, convivendo nesta última com o próprio PSG.[1] A origem conjunta dos dois se reflete em seus escudos, ambos com representações da Torre Eiffel.[2]
Nome | Paris Football Club | ||
Alcunhas | P.F.C. | ||
Torcedor(a)/Adepto(a) | parisiense | ||
Principal rival | Red Star PSG | ||
Fundação | 1969 | ||
Estádio | Stade Sébastien Charléty | ||
Capacidade | 20.000 lugares | ||
Localização | Paris | ||
Presidente | Pierre Ferracci | ||
Treinador(a) | René Girard | ||
Patrocinador(a) | Victorius Bahrain | ||
Material (d)esportivo | Adidas | ||
Competição | Ligue 2 Copa da França Copa da Liga Francesa | ||
Website | parisfc.fr | ||
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O Paris joga no Stade Sébastien Charléty, com capacidade de 20 mil lugares sentados. Sua cor predominante é o azul-marinho e seu principal rival é o tradicional Red Star, culminado por diferenças políticas entre as duas torcidas.[2] Esses dois clubes realizam o principal dérbi parisiense moderno , dado pela constância de encontros entre a segunda e terceira divisões,[3] situando-se em patamar acima dos clubes da capital francesa, embora abaixo do PSG,[1] contra quem o Paris Fc só realizou oficialmente os dois duelos válidos por aquela temporada 1978-79.[4]
Em 2020, quando era a única equipe parisiense na Ligue 2, foi anunciada a injeção financeira pelo governo do Bahrein, gerando-se expectativa de uma ascensão análoga à que o PSG logrou na década de 2010 em parceria com o vizinho Qatar.[5]
História
Inícios
O Paris FC foi criado no intuito de estabelecer um clube forte de futebol na capital francesa, diante das campanhas ruins do trio Red Star, Racing Club de France e Stade Français ao longo da década de 1960 - todos rebaixados em algum momento naquele período, com Red Star e Racing recorrendo a fusões para retornarem à primeira divisão ao fim da década. Os fundadores do Paris também enxergaram a necessidade de uma fusão, unindo-se ao longevo Stade Saint-Germain em 1970 para formar o Paris Saint-Germain. A união rendeu um imediato título na Ligue 2 da temporada 1970-71, mas a campanha decepcionante de estreia do PSG na elite (dividindo-se com o Red Star a última colocação acima dos rebaixados) colocou o novo clube em complicada situação financeira. O governo municipal concordou em ajudar desde que a equipe voltasse a adotar o nome mais atrativo de Paris FC.[1]
A imposição governamental foi atendida, mas em contrapartida dissidentes descontentes desfizeram a união clubística. Mantendo-se o nome de Paris Saint-Germain, eles recriaram este clube na terceira divisão da temporada 1972-73 enquanto o Paris FC disputou a primeira.[1] Contando com o astro Jean Djorkaeff,[6] remanescente do projeto do PSG,[7] o Paris foi 12º em sua primeira temporada como clube independente na primeira divisão. Na segunda, o time foi antepenúltimo e rebaixado, enquanto ao mesmo tempo o PSG conseguia dois acessos seguidos para voltar à Ligue 1.[1]
Desde então, o Paris FC só esteve uma vez mais na primeira divisão, na temporada 1978-79. Embora reforçado com um atacante pré-convocado à Seleção Argentina de Futebol da Copa do Mundo FIFA de 1978, Humberto Bravo, o clube foi logo rebaixado,[1] ainda que saísse invicto nos dois duelos com o PSG: 1-1 como mandante e 2-2 como visitante.[4]
Anos 80 a 2000
Na temporada 1982-83, chegou a realizar outra fusão, com o tradicional Racing Club de France, cedendo-lhe o plantel profissional, embora mantivesse um elenco amador próprio. A perda da condição formal de profissional, contudo, rebaixou administrativamente o Paris à terceira divisão, e em campo seus amadores terminaram rebaixados à quarta ao fim daquela mesma temporada - e à quinta divisão ao fim da temporada 1984-85. O clube conseguiu acesso de volta à quarta na temporada 1988-89 e à terceira na seguinte.[8]
O Paris permaneceu na terceira divisão ao longo da década de 1990, tendo sua melhor campanha com dois terceiros lugares (em 1991-92 e em 1996-97), mas sem obter o acesso. Ao fim da temporada 1999-2000, voltou a ser rebaixado à quarta, retornando à terceira na temporada 2005-06 ao liderar o Grupo D.[8]
2010-Atualmente
Na temporada 2009/10, já na 3ª divisão, o time ficou com a sexta posição do campeonato. Mas na de 2010/11 o time regrediu bastante e ocupou apenas a décima segunda posição, com 49 pontos. Após bela campanha no Championnat National (terceira divisão), conseguiu o acesso para a Ligue 2 na temporada 2014/15, com 19 vitórias e 66 pontos. Existia asso, grande expectativa para boa participação da equipe, mas o resultado inicial foi um desastre: o Paris ocupou a última colocação com apenas 4 vitórias, decretando assim, o retorno à terceira divisão. Porém, pôde voltar à Ligue 2 graças ao banimento do SC Bastia de competições profissionais francesas.
No seu novo retorno à Ligue 2, a equipe conseguiu uma campanha excepcional, ocupando a oitava posição com 61 pontos, ficando bem próximo da zona de playoffs do campeonato. Contudo, na edição de 2019/20 da segunda divisão francesa, ocupou apenas a 17ª posição,[8] com 28 pontos, dois acima do primeiro time na zona de rebaixamento (o Niort).
Referências
- BRANDÃO, Caio (12 de agosto de 2020). «Muito além do PSG: os outros clubes de Paris, através de seus argentinos». Futebol Portenho. Consultado em 19 de agosto de 2020 }}
- VIGNOLI, Leandro (2017). 11. Red Star - Paris é uma festa. À sombra de gigantes: uma viagem ao coração das mais famosas pequenas torcidas do futebol europeu. São Paulo: L. Vignoli, 2017, pp. 121-128.
- PAPINI, Filipe Frossard (21 de dezembro de 2018). «Hoje é dia de clássico em Paris. E não, não tem jogo do PSG!». Sportv. Consultado em 20 de agosto de 2020
- OLIVEIRA, Alexandre; VIEIRA, Colin; CERQUEIRA, Rodrigo (30 de março de 2018). «Lado B: em outra "galáxia", Paris FC sonha com elite e duelo contra o PSG». Sportv. Consultado em 21 de agosto de 2020
- STEIN, Leandro (27 de julho de 2020). «Bahrein adquire 20% do Paris FC na segundona francesa e projeta levar clube à Ligue 1 em três anos». Trivela. Consultado em 19 de agosto de 2020 }}
- «Grandes Equipes Paris FC». Pari et Gagne. Consultado em 3 de julho de 2020
- «Grandes Equipes Paris SG». Pari et Gagne. Consultado em 3 de julho de 2020
- «Paris Football Club». Pari et Gagne. Consultado em 21 de agosto de 2020
Ligações externas
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