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antigo palácio real em Marraquexe, Marrocos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Palácio el Badi (em árabe: قصر البديع, "palácio do incomparável", também grafado Palácio el Badiî e Palácio el Badia) é um palácio em ruínas em Marraquexe, Marrocos. Foi construído pelo sultão saadiano Amade Almançor pouco depois de ter subido ao trono em 1578, para comemorar a sua vitória na Batalha de Alcácer-Quibir. A construção foi em grande parte financiada pelo avultado resgate pago pelos portugueses depois daquela batalha.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Maio de 2015) |
Palácio el Badi | |
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Informações gerais | |
Nomes alternativos | Palácio el Badiî • Palácio el Badia |
Início da construção | 1578 |
Fim da construção | 1594 |
Proprietário inicial | Amade Almançor Saadi |
Função inicial | palácio real |
Função atual | museu |
Geografia | |
País | Marrocos |
Cidade | Marraquexe |
Coordenadas | 31° 37′ 06″ N, 7° 59′ 09″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Após a queda dos saadianos e da ascensão da dinastia alauita, o palácio entrou rapidamente em decadência. Mulei Ismail despojou o edifício e o seu recheio, tendo usado materiais de construção e decoração na edificação do seu palácio na sua nova capital Mequinez. Atualmente é uma atração turística famosa, apesar de pouco mais restar do um grande amplo pátio cercado por muros altos, com jardins om laranjeiras e algumas ruínas dos edifícios do palácio. Tem também um museu onde está exposto um mimbar do século XII restaurado que outrora esteve na Mesquita Cutubia. Durante alguns anos, o Festival de Folclore de Marraquexe foi realizado no palácio. Desde 2011 que ali se realiza o Festival do Riso, organizado pelo comediante franco-marroquino Jamel Debbouze.
O palácio foi erigido no canto nordeste da casbá, perto dos apartamentos privados de Amade Almançor. As obras decorreram entre 1578 e 1594, embora houvesse trabalhos que só ficassem concluídos em 1603, ano em que o sultão morreu. Símbolo do poder, o conjunto palaciano exprimia o fausto do soberano, tanto aos seus súbditos como aos embaixadores estrangeiros. Era nele que se realizavam as audiências solenes e as festas. Considerado uma joia da arte islâmica, a sua construção foi influenciada pela Alhambra de Granada.
Pouco resta do esplendor original do palácio. Em 1696, o sultão alauita Mulei Ismail ordenou que fosse demolido. A demolição durou cerca de dez anos, o que dá uma ideia da grandiosidade do palácio, que ainda hoje é patente no que dele resta. Uma grande parte dos materiais demolidos foram reutilizados em Mequinez, a cidade que o novo soberano escolheu para a capital do seu império em 1672.
Em 1953 foram realizadas escavações arqueológicas. Além de fragmentos de vários materiais, foi revelada a estrutura geral do palácio. O recinto do conjunto palaciano, onde numerosas cegonhas têm os seus ninhos, está atualmente aberto ao público.
O acesso principal do palácio era feito pela porta Bab al-Rokham ("de mármore"). A planta ordenava-se em volta de um vasto pátio retangular com 135 por 110 metros. No centro deste pátio havia um tanque com 90 por 20 m no centro do qual se encontrava uma fonte monumental. Nos lados oriental e ocidental erguiam-se dois pavilhões — o "de cristal" e o "de audiências" — com plantas praticamente idênticas. No lado norte erguia-se o "pavilhão verde" e no lado sul o chamado "do tornassol", ambos com duas galerias cobertas.
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