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futebolista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo César Araújo, mais conhecido como Pagão (Santos, 27 de outubro de 1934 — 4 de abril de 1991), foi um futebolista brasileiro.
Paulo César Araújo com uniforme do Santos FC. | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Paulo César de Araújo | |
Data de nascimento | 27 de outubro de 1934 | |
Local de nascimento | Santos (SP), Brasil | |
Data da morte | 4 de abril de 1991 (56 anos) | |
Local da morte | Santos (SP), Brasil | |
Apelido | Pagão | |
Informações profissionais | ||
Posição | atacante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1955–1963 1963–1966 1967 |
Santos São Paulo Portuguesa Santista |
59 (48) ? (6) | 345 (176)
Seleção nacional | ||
1957 | Brasil | 2 (1) |
O apelido surgiu pelo fato de seu pai não tê-lo batizado nos primeiros anos de vida, como tradicionalmente ocorre no catolicismo, e sim quando o garoto jogava peladas com os garotos no bairro de Vila Mathias, onde residia em Santos.[1][2][3][4]
Filho de Benedicto Luiz de Araújo e Perpétua Rodrigues,[2] começou jogando em times amadores da cidade. Primeiro na AA Americana, clube fundado em 1914 por dissidentes do Santos FC, e, aos dezesseis anos, em 1951, passou para o CA Lanus.[4] O primeiro técnico no profissional foi Arnaldo de Oliveira, o velho "papa" da equipe do Jabaquara, mas, insatisfeito com seu baixo rendimento, passou a treinar na Portuguesa Santista, levado por seu tio Osvaldo Rodrigues, o Vadico.[1][3][4]
Um ano depois, em 1955, já estava no Santos.[5] Com vinte anos, fez sua primeira partida no Santos na Vila Belmiro, em jogo do Campeonato Paulista, no dia 20 de novembro de 1955, uma vitória por 5 a 0 diante do Guarani.[2][3][4] Pagão conquistou a vaga de titular na campanha do bicampeonato paulista, em 1956, quando foi o artilheiro santista da temporada, com 38 gols.[2][4] Ele, Pelé e Pepe formaram um trio que os torcedores consagraram como “PPP”.[1][2][3][4]
Em 26 de maio de 1957, marcou o gol de número 4 000 da história do Santos, no empate com o Fluminense por 2 a 2, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo.[6]
A partida de despedida pelo Alvinegro Praiano foi no dia 15 de junho de 1963, em gramados europeus, numa das excursões do time santista. O time venceu a equipe da Roma pelo placar de 4 a 3, com dois gols de Coutinho e dois de Pelé.[1][2] Marcou 176 gols em 345 jogos pelo clube santista, entre os anos de 1955 e 1963.[1]
Ainda em 1963, transferiu-se para o São Paulo,[7][8] por quinze milhões de cruzeiros.[3][4] Pagão era um dos atacantes do São Paulo na tarde de 14 de agosto de 1963, no Pacaembu, quando o Tricolor goleou o Santos por 4 a 1, com o Peixe abandonando o campo no segundo tempo porque perdia de quatro e atuava só com nove jogadores depois que Armando Marques expulsou Pelé e Coutinho, ainda na primeira etapa.[9]
Em meados de 1965, Pagão tentou voltar ao Santos, mas, sem condições físicas ideais, apenas participou de alguns treinamentos e não jogou mais nenhuma partida pelo seu clube de coração.[1][3]
Em 1967, ainda voltou à Portuguesa Santista, para encerrar a carreira.[5]
Sofreu muitas contusões ao longo da carreira, o que fez com que perdesse lugar para Coutinho, então um novo centroavante que viria a fazer parceria com Pelé,[8] e recebesse por parte de alguns torcedores o apelido de "canela de vidro".[2][10][11]
Sobre o seu estilo de jogo, o radialista Walter Dias registrou: "Classe como a dele, leveza e graciosidade como a dele, nem Pelé. O Rei possui mil qualidades, que Pagão não as tem, mas, em matéria de futebol ritmo, de futebol enredo, de futebol arte, nisso, nesses detalhes, o Rei teria de fazer uma porção de continências ao gênio criador de Paulo César de Araújo. Se houvesse uma Academia de Futebol, a cadeira de 'Estilo' teria de ser regida por Pagão."[10]
Segundo Pelé em entrevista em 1993: "Eu poderia comparar com os mais jovens, o Pagão é o Palinha de hoje, só que o Pagão pegou o Coutinho, Pelé, Doval, Pepe, Zito do lado, que era um excelente jogador, então o Pagão tinha mais apoio. Mas é o tipo do Palinha: metia bem bola, muito inteligente para jogar, muito rápido, mas não era um jogador de choque. Por isso, acredito que o Coutinho se sobressaiu mais que o Pagão quando passaram a jogar. Porque quando jogava eu e o Pagão, eu jogava na frente e o Pagão fazia a ligação. Quando jogava o Coutinho, o Coutinho jogava na frente e eu fazia a ligação, porque o Pagão não era jogador de choque". [12]
Em 1985, o escritor, cantor e compositor Chico Buarque de Holanda organizou uma partida do seu time de artistas, o Politheama, contra os veteranos do Santos, no Estádio Ulrico Mursa, e pôde realizar o sonho de jogar ao lado de seu ídolo.[3][4]
Paulo César ficou internado na UTI da Santa Casa de Santos durante quinze dias. Veio a morrer em uma quinta-feira, 4 de abril de 1991, por “falência múltipla de órgãos”. Tinha 56 anos. Foi velado no Salão Nobre da Santa Casa. O enterro ocorreu no Cemitério da Filosofia, no bairro do Saboó.[1][2]
Pagão era casado com Irene Ogea de Araújo e com ela teve os filhos Paulo César e Luiz Antônio.[1][2]
Em 2004, em homenagem ao craque que vestiu a camisa dos três times tradicionais da cidade, a Prefeitura de Santos batizou com o seu nome, o estádio municipal inaugurado no bairro Santa Maria, na zona noroeste de Santos.[1][2]
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