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Carl Sagan: "alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias" Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Padrão Sagan é um aforismo que diz que "alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias".[1][2]
Uma alegação extraordinária é uma alegação que não é embasada pelas evidências disponíveis, ou por evidências comuns. O apoio para essa alegação deve portanto vir de alguma evidência nova observada, ou um novo reconhecimento de evidências existentes, que seja extraordinário.
O aforismo foi popularizado pelo astrônomo Carl Sagan em seu programa de televisão dos anos 1980 Cosmos.[3] Dois artigos de 1978, um no U.S. News & World Report e outro por Koneru Ramakrishna Rao no Journal of Parapsychology ambos citam o físico Philip Abelson, então editor do Science, usando a mesma frase.[4][5]
Outros propuseram ideias muito parecidas, redigidas de forma diferente. Théodore Flournoy, em 1899, propôs o princípio de que "o peso da evidência para uma alegação extraordinária deve ser proporcional à sua estranheza",[6] atribuindo a ideia a Laplace. Ele cita Laplace como dizendo, em 1814, que "nós devemos examinar [fenômenos aparentemente inexplicáveis] com uma atenção tanto mais minuciosa quanto mais difíceis de admitir eles aparentemente sejam."[7] Em 1808, Thomas Jefferson também disse: "Mil fenômenos se apresentam todos os dias sem que possamos explicá-los, mas onde fatos sejam sugeridos, levantando uma analogia com as leis da natureza tais como hoje as conhecemos, a veracidade deles precisa de provas proporcionais à sua dificuldade."[8] Em "Sobre o Extraordinário: Uma Tentativa de Clarificação" (1978), o sociólogo Marcelo Truzzi disse: "uma alegação extraordinária requer uma prova extraordinária."[9]
Em 2004, o ciclista Lance Armstrong usou a frase "Alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias" para desacreditar acusações de doping feitas contra ele pelo jornalista David Walsh.[10] Depois, Armstrong foi perguntado: "O que há de especial em você que faz com que provas normais sejam insuficientes para derrubá-lo? Para assassinos, não procuramos provas extraordinárias, procuramos por provas. Mas você diz que elas precisam ser extraordinárias. Por quê?".[11] Armstrong posteriormente confessou o doping em 2013.[12]
O aforismo tem sido criticado tanto pelo seu apoio aparente à "ortodoxia" ao aumentar o padrão de evidências necessário para alegações que estão fora do atual consenso como por introduzir subjetividade e ambiguidade em determinar o que merece receber a classificação de "alegação extraordinária". David Deming escreve: "A ciência não contempla dois tipos de evidência. O mau uso da ideia de que alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias para reprimir a inovação e manter a ortodoxia deveria ser evitado uma vez que pode inevitavelmente atrasar a meta científica de estabelecer um conhecimento confiável."[2]
Philip H. Abelson, editor of the authoritative journal Science, agrees that parapsychological research has improved markedly, but he is dubious about the results. "These extraordinary claims require extraordinary evidence," he contends.
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