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A "ovocitação" ou "ovulação" nos seres humanos, assim como na maioria dos mamíferos, é o processo em que o ovócito II (óvulo imaturo) segue do ovário para a tuba uterina, onde pode ser fecundado e ter início a gestação. Se isso não acontece, ocorre a menstruação. Noutras espécies em vez da célula atrás referida é liberado o óvulo.
Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo e um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente três horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II.
A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II. Alex Torezani
A ovulação é um processo de liberação que ocorre numa mulher adulta (ou não), em que um ovócito II sai do ovário, e após de deixá-lo entra em uma das tubas uterinas. Este processo ocorre mais ou menos uma vez por mês.[1] A ovulação ocorre mais ou menos na metade do ciclo da mulher. Esse ciclo pode variar, mas na maioria o cumprimento do mesmo é de cerca de 28 dias. Para mulheres com ciclos maiores ou menores, o ideal é utilizar testes de ovulação para saber quando ovulou, ou medir a temperatura basal[2] conhecer o dia da ovulação.
A maioria das mulheres que conseguem engravidar é fértil durante cerca de cinco dias antes da ovulação e um dia depois da ovulação.[3][4] Existem algumas provas de que, para os casais que estão a tentar engravidar há menos de 12 meses e que a mulher tem menos de 40 anos, as práticas sexuais cronometradas (sincronização das relações sexuais com a ovulação, utilizando testes de urina que prevêem a ovulação) podem ajudar a melhorar as taxas de gravidez e de nados-vivos.[5] O papel que o stress desempenha na ovulação, na fertilidade e na compreensão da base biológica da anovulação induzida pelo stress e do papel do cortisol não é totalmente claro.[6]
Algumas mulheres utilizam um calendário de ovulação para saberem quando é que ovulam.[7][8]
Os contraceptivos hormonais combinados suprimem o desenvolvimento dos folículos e impedem a ovulação como principal mecanismo de ação.[9][10] A dose inibidora da ovulação (DIO) de estrogénio ou progestagénio refere-se à dose necessária para suprimir consistentemente a ovulação nas mulheres.[11] A inibição da ovulação é um efeito antigonadotrópico e é mediada pela inibição da secreção de gonadotropinas, LH e FSH, pela glândula pituitária.
Nas tecnologias de reprodução assistida, incluindo a fertilização in vitro, os ciclos em que está planeada a recolha transvaginal de oócitos requerem normalmente a supressão da ovulação, uma vez que a recolha de oócitos após a ovulação é praticamente impossível.[12]
A indução da ovulação é uma tecnologia de reprodução assistida promissora para pacientes com doenças como a síndrome dos ovários poliquísticos (SOP) e a oligomenorreia.[13][14][15] Também é utilizado na fertilização in vitro para forçar os folículos a amadurecerem antes da recolha dos óvulos. Normalmente, a estimulação ovárica é utilizada em conjunto com a indução da ovulação para estimular a formação de vários óvulos. Algumas fontes incluem a indução da ovulação na definição de estimulação ovárica.
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