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Livro de Ivan Turguêniev Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Pais e Filhos é a obra-prima do escritor russo Ivan Turguêniev, publicada originalmente em 1862, uma época de grande perturbação social e política em seu país.
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Pais e Filhos | |
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Autor(es) | Ivan Turgueniev |
Idioma | Russo |
País | Rússia |
Lançamento | 1862 |
Edição portuguesa | |
Tradução | João Gaspar Simões |
Editora | Presença |
Lançamento | 1963 |
Páginas | 285 |
Edição brasileira | |
Tradução | Ivan Emilianovitch |
Editora | Cultura Brasileira |
Lançamento | 1935 |
Foi nesta obra que se popularizou o termo niilismo, aplicado ao protagonista Bazárov, para descrever uma espécie de rebeldia que "não se inclina a nenhuma autoridade nem aceita nenhum princípio sem exame". Bazárov é um jovem intelectual materialista, que nega o amor, a arte, a religião e a tradição, e diz acreditar apenas em verdades cientificamente comprovadas pela experiência. O personagem teria sido inspirado num médico que o próprio escritor conheceu pessoalmente.[carece de fontes]
"O lugar insignificante que ocupo é tão minúsculo em comparação com o resto do espaço em que não estou e onde não se importam comigo. A parcela de tempo que hei de viver é tão ridícula em face da eternidade, onde nunca estive e nunca estarei... Neste átomo, neste ponto matemático, o sangue circula, o cérebro trabalha e quer alguma coisa... Que estupidez! Que inutilidade!"- Bazárov refletindo sobre a inutilidade da vontade de viver.[carece de fontes]
No decorrer da obra, Bazárov se apaixona e dessa forma o livro apresenta uma crítica ao niilismo, fato que fez com que fosse criticado pelos intelectuais da época, militantes do niilismo. No livro, Turguêniev coloca em choque a juventude (geração de 60) e os conservadores (geração de 40), estes descritos pelo jovem personagem Bazárov como "cartas fora do baralho", o que evidentemente desagradou a quem se identificava com a geração dos "pais".[carece de fontes]
Turguêniev enfatiza sua crítica ao niilismo demonstrando seu caráter destrutivo nas relações sociais. Bazárov, indiferente e frio com todos que o amam, causa-lhes sofrimento e, por fim, acaba negando ao pai o cristianismo e a própria importância.[1]
Personagens principais:
Dostoiévski, também russo, teve toda a sua obra permeada pelo ideário niilista, mas sempre de outra perspectiva, em oposição a Turguêniev, tentando expor a decadência moral da negação de todos os valores, tal como defendia Bazárov. Em sua obra Os Demônios (1862), Dostoiévski insere o seu próprio protótipo de Turguêniev: o escritor e livre-pensador Karmazínov, um personagem bastante caricato, que flerta com a juventude revolucionária presente nessa obra, o que já demonstra a rivalidade entre os dois escritores. Existem também algumas alusões ao livro de Turguêniev no livro Crime e Castigo.[carece de fontes]
Mais tarde, o filósofo Martin Heidegger, intitulou Nietzsche como sendo "o último niilista". Apesar de não ter citado Turguêniev em suas obras, é crível que Nietzsche tenha sido influenciado diretamente por Bazárov e seus contemporâneos.[carece de fontes]
O dramaturgo canadense George F. Walker escreveu a peça de 1988 Nothing Sacred, uma adaptação teatral de Pais e Filhos.[2]
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