Operação Mártir Soleimani

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Operação Mártir Soleimani

Em 8 de janeiro de 2020, mísseis balísticos atingiram as bases aéreas de Al Asad e Erbil, no Iraque, na chamada Operação Mártir Soleimani.[4][5][6][7] Segundo a mídia iraniana, foi relatado que os mísseis foram lançados pelo Irã em retaliação pela morte de Qasem Soleimani no ataque aéreo anterior ao Aeroporto Internacional de Bagdá em 2020.[6]

Factos rápidos Parte de Crise no Golfo Pérsico e Guerra Fria do Oriente Médio ...
Operação Mártir Soleimani
Parte de Crise no Golfo Pérsico e Guerra Fria do Oriente Médio
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Operação Mártir Soleimani
Áreas danificadas (circuladas) em pelo menos cinco instalações na Base de Ayn al-Asad após os ataques iranianos
Tipo Ataque com mísseis
Localização Base aérea de Al Asad, província de Ambar, Iraque
Base aérea de Erbil, Iraque
Planejado por Irã
Comandado por Hossein Salami
Alvo Base aérea de Al Asad
Aeroporto Internacional de Erbil
Data 8 de janeiro de 2020
Executado por Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica
Baixas 110 militares americanos feridos (tratados com traumatismo cranioencefálico);[1][2][3]
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Imagem feita por um drone do ataque de mísseis contra a Base de Al Asad.
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Militares americanos analisando os danos causados na Base Al Asad.

Segundo a Agência de Notícias Estudantil Iraniana (ISNA), o Irã disparou "dezenas de mísseis terra a terra" nas bases americanas em território iraquiano e o governo do país rapidamente assumiu a responsabilidade pelo ataque.[6] As autoridades americanas confirmaram que esses mísseis balísticos foram disparados de dentro do Irã para vários alvos no Iraque. A ISNA afirmou que os ataques eram uma abertura para uma operação militar conhecida como "Mártir Soleimani".[8][9][6] A mídia iraniana também disse que "Oh Zahra" foi a palavra código usada para lançar os mísseis.[6] O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, foi avisado previamente do ataque pelos iranianos.[10]

Segundo informações, entre 6 e 10 mísseis Fateh-313, de curto alcance, foram disparados pelos iranianos contra as instalações militares ocidentais na Base aérea de Al Asad e no Aeroporto Internacional de Erbil. Um míssil Qiam 1 atingiu o aeroporto de Erbil mas não explodiu, com três outros Qiam 1 falhando no ar e um outro explodiu a cerca de 20 milhas do aeroporto. De acordo com o exército iraquiano, cerca de 22 mísseis balísticos foram disparados de duas localidades entre as 01h45 e 02h15 da manhã contra as instalações de al-Asad e Erbil. Eles afirmaram que dezessete foram lançados contra Ayn al-Asad e cinco contra Erbil.[11][12]

Relatórios iniciais divulgados pelos americanos mostraram que os ataques dos mísseis iranianos em Erbil e na base de Al Asad não causaram baixas ou danos extensos.[13] Contudo, uma semana após o incidente, foi reportado que mais de 100 militares dos Estados Unidos foram evacuados e tratados com sintomas de concussão e traumatismo cranioencefálico.[2][14] Já a mídia iraniana afirmou que ao menos 80 soldados inimigos foram mortos nos seus ataques, mas esta informação não foi verificada de forma independente.[15][16]

No Irã, o líder supremo do país, Ali Khamenei, afirmou que ações militares "não seriam o bastante" e que a "presença corruptiva" dos Estados Unidos no Oriente Médio precisava acabar.[17] Já o presidente americano, Donald Trump, afirmou que não iria retaliar militarmente pois ninguém ficou ferido nos ataques iranianos e as perdas materiais foram mínimas. Porém, Trump anunciou que buscaria ampliar as sanções econômicas ao Irã até que eles "mudassem seu comportamento".[18]

Analistas sugerem que o fato do ataque iraniano não ter causado mortes nas bases americanas foi deliberado, com o propósito de não escalar o conflito ao provocar uma resposta militar americana.[19][20] Contudo, Mike Pompeo, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que o ataque tinha sim intenção de matar.[21]

Ver também

Referências

  1. Ali, Idrees (10 de fevereiro de 2020). «Exclusive: More than 100 U.S. troops diagnosed with brain injuries from Iran attack - officials». Reuters.com. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
  2. Gibbons-Neff, Thomas (30 de janeiro de 2020). «More American Troops Sustain Brain Injuries From Iran Missile Strike in Iraq». The New York Times
  3. «Iran launches missiles into US air bases in Iraq: US official». ABC News (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2020
  4. Sharman, Jon; Buncombe, Andrew (7 de janeiro de 2020). «Iran crisis: Rockets strike Iraq air base used by US forces». The Independent. Consultado em 7 de janeiro de 2020
  5. «Iran warns US not retaliate over missile attack in Iraq». AP NEWS. 7 de janeiro de 2020. Consultado em 7 de janeiro de 2020
  6. Miles, Frank. «Iran launches 15 ballistic missiles into Iraq targeting US, coalition forces, officials say». Fox News (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020
  7. Baker, Peter (8 de janeiro de 2020). «Trump Backs Away From Further Military Conflict With Iran». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 24 de janeiro de 2020
  8. Safi, Michael (8 de janeiro de 2020). «Iran's assault on US bases in Iraq might satisfy both sides». The Guardian
  9. Kamal Ayash; John Davison (13 de janeiro de 2020). «Hours of forewarning saved U.S., Iraqi lives from Iran's missile attack» (em inglês). Reuters. Consultado em 24 de janeiro de 2020

Ligações externas

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