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região administrativa especial de Timor-Leste Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Região Administrativa Especial de Oe-Cusse Ambeno, também conhecida por Oecussi-Ambeno, Ocussi-Ambeno, Oecússi-Ambeno ou simplesmente Oecusse ou Ocussi, Oecússi ou Ambeno (em tétum Oe-Kusi Ambenu) é um região administrativa especial de Timor-Leste,[1] localizado na costa norte da metade ocidental da ilha de Timor, constituindo um exclave de Timor-Leste, uma vez que está separado do resto do país pela província indonésia de Timor Oeste, que rodeia o pequeno enclave por todas as direcções, excepto a norte, onde é banhado pelo Mar de Savu.
Região Administrativa Especial de Oe-Cusse Ambeno | |
Capital | Pante Macassar |
População | 64025 habitantes |
Censo | 2010 |
Área | 815 km² |
Densidade | 79 hab/km² |
Localização em Timor-Leste | |
Mapa do município | |
Oe-Cusse Ambeno é uma palavra composta com os nomes dos dois reinos originais que formam a actual região administrativa especial.
O território conta com 64.025 habitantes (censo de 2010) e tem área de 815 km². Sua capital é a cidade de Pante Macassar que, no tempo dos portugueses, era conhecida como Vila Taveiro.
O região administrativa especial de Oe-Cusse Ambeno é idêntico ao concelho de Oecússi do tempo do Timor Português, a última circunscrição timorense a ser elevada a concelho em Agosto de 1973, e inclui os postos administrativos[2] de:
Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, no região administrativa especial de Oe-Cusse Ambeno grande parte da população expressa-se em baiqueno. O bahasa é também amplamente falado e conhecido.
Oe-Cusse Ambeno foi o primeiro ponto da ilha de Timor em que os portugueses se estabeleceram, pelo que é usualmente considerado o berço da nação Timor-Leste. Em 1556, um grupo de frades dominicanos estabeleceu o primeiro povoado em Lifau, a meia dúzia de quilómetros a oeste de Pante Macassar. Em 1702, Lifau tornou-se capital da colónia ao receber o primeiro governador enviado por Lisboa, estatuto que manteve até 1767, quando os portugueses decidiram transferir a capital para Díli, como resultado das frequentes incursões das forças holandesas.
Foi só em 1859, com o Tratado de Lisboa, que Portugal e Países Baixos dividiram a ilha entre si: Timor Ocidental para os holandeses, com sede em Kupang, e Timor-Leste para os portugueses, com sede em Díli, reconhecendo região Oe-Cusse Ambeno como um enclave português no espaço holandês.
A invasão indonésia do até então Timor Português ocorreu em Oecússi uma semana antes de no resto do território — foi em 29 de Novembro de 1975 que Pante Macassar foi ocupada pela quinta coluna do exército indonésio.
Contudo, mesmo sob ocupação indonésia, Oe-Cusse Ambeno continuou a ser administrado como parte da província de Timor Timur (a designação de Timor-Leste na língua bahasa), tal como sucedia no tempo dos portugueses. Por conseguinte, quando do reconhecimento da independência do novo estado, em 2002, Oe-Cusse Ambeno tornou-se parte integrante da jovem república.
Recentemente, o enclave tem experimentado um grande crescimento económico, graças a obras de infra-estrutura do governo e ao investimento de empresas portuguesas na região. Em 2015, foram mais de 90 milhões de dólares (82,6 milhões de euros) investidos no região administrativa especial[3]. Em 2017, foi inaugurada a ponte de Noefefan, conectando as regiões mais afastadas de Oe-Cusse Ambeno à capital regional, Pante Macassar.
A Região Administrativa Especial de Oe-Cusse Ambeno (RAEOA) já recebeu oficialmente a obra do novo aeroporto internacional do enclave timorense, o mais avançado de Timor-Leste, com um custo total de quase 120 milhões de dólares.
A obra arrancou em março de 2015 e foi adjudicada à empresa indonésia PT Wijaya Karya com um valor inicial de 79,8 milhões de dólares, revisto em junho de 2016 para 119,9 milhões, o seu valor final.
Esse aumento de preço surgiu depois de uma revisão ao projeto inicial realizado pela empresa ISQ que obrigou a "alterações profundas" no projeto que se não tivessem sido feitas, como foi anunciado na altura pelos responsáveis timorenses, teria inflacionado a obra para um custo de entre 140 e 160 milhões.[4]
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