Nelson Gonçalves

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Nelson Gonçalves
 Nota: Se procura o político homônimo, veja Nelson dos Santos Gonçalves.

Antônio Gonçalves Sobral, conhecido como Nelson Gonçalves (Sant'Ana do Livramento, 25 de junho de 1919Rio de Janeiro, 18 de abril de 1998[1][2]), foi um cantor e compositor brasileiro.

Factos rápidos Carreira musical, Assinatura ...
Nelson Gonçalves
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Nelson Gonçalves em imagem do Correio da Manhã
(imagem original sem data)
Nome completo Antônio Gonçalves Sobral
Pseudônimo(s) Nelson Gonçalves
Conhecido(a) por "Rei do Rádio"
"O Boêmio"
Nascimento 25 de junho de 1919
Sant'Ana do Livramento, RS
Morte 18 de abril de 1998 (78 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Cônjuge Elvira Molla (c. 1939; div. c.1949)
Lourdinha Bittencourt (c. 1952; div. 1959)
Carreira musical
Período musical 1941–1998
Gênero(s)
Extensão vocal Barítono Dramático
Gravadora(s) RCA Victor
Assinatura
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Gonçalves é o segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 79 milhões de cópias vendidas até março de 1998,[3] sendo superado apenas por Roberto Carlos, com mais de 120 milhões. Foi também o artista que mais tempo ficou em uma mesma gravadora: foram 59 anos com a RCA Victor/BMG Brasil.[3] Sua mais lembrada canção é "A Volta do Boêmio" (composição de Adelino Moreira), logo depois "Naquela Mesa" (composição de Sérgio Bittencourt), que chegou a ser primeiro lugar na Bélgica.[4]

Infância, primeiros empregos e iniciação na música

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Perspectiva

Nelson é filho de dois imigrantes portugueses: Manuel Gonçalves Sobral (nascido em Trás-os-Montes, tendo chegado ao Brasil em 1902 aos doze anos) e Libânia de Jesus (nascida em Viseu e chegada ao Brasil em 1911, aos dezessete anos).[5] Ambos moravam inicialmente no Rio de Janeiro, onde se conheceram, casaram-se e tiveram o primeiro filho, Joaquim.[6] Trabalhando no ramo dos tecidos, decidem migrar para o Rio Grande do Sul em 1918, buscando melhores oportunidades, e se estabelecem em Sant'Ana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, onde Nelson nasceu em 25 de junho de 1919 (o cantor costumava dizer que havia nascido no dia 19 ou ainda em 22 do mesmo mês)[7][6]

Em 1926, a família transfere-se para São Paulo, mais precisamente para uma casa na rua Almirante Barroso no bairro do Brás[6][8]).

Matriculado no Liceu Eduardo Prado, que equilibrava disciplinas tradicionais com uma convivência com o mundo rural. Lá, Nelson sofreu bullying dos colegas e golpes de palmatória da professora por sua dificuldade em falar.[6] Num desses castigos, sucumbiu à raiva e jogou um tinteiro na professora, provocando sua expulsão.[9]

Nesta época, passou a ajudar seu pai no sustento do lar, acompanhando-o em praças e feiras onde, enquanto o pai tocava violino, Nelson cantava, agradando os transeuntes e ganhando gorjetas.[10] Para sustentar a família, seu pai também vendia frutas na feira e fazia serviços de pedreiro.[11]

O pai, em dado momento, deixou o trabalho com tecidos para a esposa e foi tentar carreira musical, cantando fados em barbearias e bares. O dinheiro que ganhava, gastava em bebida com seus colegas. Nelson às vezes o acompanhava nos vocais e Manuel chegava até a se fingir de cego para sensibilizar os passantes.[12]

Para ajudar a sustentar o lar, Nelson trabalhou também como vendedor ambulantes de jornais, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro (atuou como este último por dois anos[13]).[14] Querendo ganhar mais dinheiro e seguir uma profissão, inscreveu-se em concursos de luta e venceu, tornando-se lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo, aos dezesseis anos de idade, o título de campeão paulista de luta. Após o prêmio, só ficou mais um ano lutando, pois queria investir em seu sonho de infância: ser artista.[14]

A real motivação para aprender a boxear, contudo, foi uma vingança: numa certa noite, envolveu-se em uma briga com um guarda de rua que praticava boxe e acabou levando uma surra. Decidido a desafiá-lo para uma revanche, foi praticar a luta antes em uma academia no Brás. O tal segundo embate não aconteceu, pois o guarda abandonou os ringues enquanto Nelson ainda treinava. O cantor, contudo, continuou praticando por dois anos.[15]

Carreira na música

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Perspectiva

Primeiros trabalhos em São Paulo

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Em 1960

Sua carreira musical começou a se desenhar com as apresentações ao lado do pai, e ganhou certo impulso quando o irmão mais velho abriu um bar/restaurante na esquina da avenida São João com a alameda Nothman, onde a família Gonçalves e outros representantes da música portuguesa no Brasil se apresentavam.[16]

Mesmo com a alcunha de "Metralha", por causa da gagueira,[17] tomou coragem e não se deixou levar pelos preconceitos, e decidiu ser cantor, após deixar os ringues de luta.[18] Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos.[19] Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois, passando a trabalhar como pedreiro.[20]

Por intermédio da família de Elvira, sua primeira esposa, foi apresentado à cantora Sônia Carvalho, que lhe sugeriu o nome artístico Nelson Gonçalves e lhe entregou uma carta de recomendação para a Rádio São Paulo. Lá, Nelson fez um teste com o maestro Gabriel Migliori e conseguiu um contrato de 300 mil-réis por mês.[21]

Ficou desempregado após o nascimento dos filhos, e após alguns dias procurando, começou a trabalhar como garçom no bar de seu irmão,[20] onde ganhava 65 mil-réis por mês.[21] Outra fonte diz que ele foi trabalhar lá concomitantemente ao trabalho na Rádio São Paulo a convite do irmão.[22] Fato é que Nelson perdeu o emprego na rádio quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial - os executivos demitiram todos os artistas por incerteza quanto ao futuro.[21]

Mudança para o Rio e primeiras gravações

Em 1941, em busca de uma vida melhor, partiu com a esposa e os filhos para o Rio de Janeiro, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros, apresentando-se em diversas emissoras. Foi reprovado novamente na maioria deles,[21] inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir e voltar aos ringues.[22] Mesmo muito desolado, não desistiria fácil do seu sonho de ser cantor.[23] Nelson chegou a dormir nas pedras do quebra-mar da Praia do Flamengo em alguns momentos pela falta de dinheiro.[21] Em duas semanas, decidiu voltar a São Paulo.[22]

Voltou a atender no bar do irmão e tentava a sorte cantando em outros boates e clubes do bairro. Um dia, os compositores Orlando Monello e Osvaldo França lhe ofereceram duas composições deles ("Se Eu Pudesse um Dia" e "Os Anos Carregam") para que ele gravasse um acetato na Rádio Record que seria oferecido a Vicente Caccere, dono de uma loja de discos da RCA Victor em São Paulo. Gostasse ele do trabalho, ele recomendaria Nelson à gravadora e compraria 500 cópias para sua loja - o que acabou se concretizando.[24]

Enquanto isso, nas horas vagas, começou a cantar por conta própria em bares, conseguindo gorjetas. Voltou a tentar se apresentar em programas de calouro, sendo enfim aprovado.[25] Foi chamado para gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público.[25]

Nelson voltou ao Rio para conversar com a RCA Victor. Sua gagueira causou má impressão,[24] mas Benedito Lacerda preparou um teste para ele e ficou muito impressionado com o desempenho do jovem. Assim, Nelson entrou em estúdio em 4 de agosto de 1941 para gravar seus dois primeiros discos: "Se Eu Pudesse um Dia" / "Sinto-me Bem" e "Formosa Mulher" / "A Mulher dos Meus Sonhos".[26] No mês seguinte, por intermédio de Carlos Galhardo, Nelson foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga a 600 mil-réis mais 100 réis por disco vendido,[24] iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.[25]

Aclamado pela crítica, Nelson lançou outros dois discos em 1941: "Quem Fala É o Coração" / "Fingiu que Não Me Viu" e "Podia Ser Pior" / "Baianinha". Em dezembro, levou os pais, a esposa e a filha para morar com ele no Rio em uma casa compartilhada com um casal na Rua Pedro Américo.[27] Os pais acabaram voltando para São Paulo acompanhados da filha Marilene e em 17 de fevereiro de 1942 nasceu o segundo filho de Nelson: Nélson Antonio Gonçalves.[28] Depois, a família mudou-se para outra casa compartilhada: um sobrado na Rua Paissandu, onde Nelson ocupava o andar superior.[28]

Auge

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Wilson Batista, Nelson Gonçalves, César Ladeira e Jorge de Castro

O cantor se estabeleceu como nome de sucesso na música brasileira, sendo requisitado em boates, rádios e turnês. Em 1942, gravou vinte músicas distribuídas em dez discos.[28]

Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram "Maria Bethânia" (Capiba), "Normalista" (Benedito Lacerda / Davi Nasser), "Caminhemos" (Herivelto Martins), "Renúncia" (Roberto Martins / Mário Rossi) e muitos outros.[29] Maiores ainda foram os êxitos na década de 50, que incluem "Última Seresta" (Adelino Moreira / Sebastião Santana), "Meu Vício É Você" e a emblemática "A Volta do Boêmio" (ambas de Adelino Moreira).[29]

Foi crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace).[25] O trabalho lhe rendia 9 contos de réis, o que lhe permitiu se mudar para a Rua Gustavo Sampaio, no Leme.[28]

Em 1952, iniciou uma bem-sucedida parceria com Adelino Moreira[30] Em 1955, o então interventor e governador de São Paulo Ademar de Barros, que planejava concorrer à presidência da república contra Juscelino Kubitschek, procurou por Nelson para gravar uma música denominada "Esperança do Brasil". Nelson aceitou, mas não quis que seu nome aparecesse; assim, a canção foi creditada a "Quincas Gonçalves" - nome de seu irmão.[31]

Na década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em países como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no Radio City Music Hall.[29] Após esta última apresentação, Frank Sinatra e disse que "sua voz é uma das melhores vozes que ouvi até hoje".[32][4]

Paulo César de Araújo relata em seu livro Eu Não Sou Cachorro Não, sobre o significado da música "brega" no Brasil, um episódio de 1966 em que Nelson, já com mais de 25 anos de música, foi rejeitado pelo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, que gravava depoimentos com artistas da música popular, cujo foco se deu em "personagens da velha guarda ligados à 'tradição': João da Baiana, Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Ataulfo Alves", apesar de chamar o jovem Chico Buarque, então com 22 anos. "(...) julgaram que a produção musical do cantor [Nelson Gonçalves] não justificava a gravação de seu depoimento naquela instituição" (ARAÚJO, 2002, p. 191). Magoado, anos mais tarde, quando o MIS quis o ouvir, Nelson se recusou a deixar depoimento.[33]

Segundo Araújo (2002, p. 191):[33]

Citação: Este episódio envolvendo Nelson Gonçalves e o MIS é mais um exemplo da dificuldade que um artista popular não totalmente identificado à “tradição” ou à “modernidade” encontra para ser “enquadrado” na memória da música popular brasileira. Afinal, o intérprete de A volta do boêmio nunca esteve identificado à “modernidade”, pois, ao contrário de artistas como Dick Farney e Johnny Alf, ele nunca revelou influências do jazz; como também nunca esteve totalmente identificado à “tradição”, visto que os seus sambas-canções, em grande parte de autoria do compositor Adelino Moreira, eram considerados abolerados, descaracterizados ou simplesmente de mau gosto.

Período pós-vício

Mesmo após seus problemas com drogas, continuou gravando regularmente nos anos 70, 80 e 90, reafirmando a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nélson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô ("Simples Carinho"), Kid Abelha ("Nada por Mim"), Legião Urbana ("Ainda É Cedo") e Lulu Santos ("Como uma Onda"). Gravou "A Deusa do Amor", que está no álbum Nós, em parceria com Lobão, em 1987, tocando com ele essa música no Globo de Ouro em 1988.[29] Também fez dueto em 1987 com Chico Buarque, na música "Valsinha" (Composição de Vinicius de Moraes e Chico Buarque).[34]

Ganhador de um prêmio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 75 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.[35]

Vida pessoal

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Perspectiva

Casamentos e outros relacionamentos

Em 1939, aos 20 anos (outra fonte diz que foi aos 19[21]), casou-se com sua noiva, Elvira Molla, paulistana de família de operários, descendente de italianos.[13][20] Com ela, teve um casal de filhos: Marilene Molla Gonçalves e Nelson Antônio Molla Gonçalves.[36] No final dos anos 40, o casamento estava abalado e ela se mudou para São Paulo.[37]

Sozinho no Rio, Nelson passou a acompanhar os malandros na Lapa[37] e conheceu Vera Alves Guimarães (conhecida como Betty White), cantora que não se sentiu correspondida e acabou se suicidando em 15 de abril de 1946.[38]

Em 1952, conheceu a cantora Lourdinha Bittencourt, com quem teve uma conturbada relação[30] que se encerraria em 1959 por conta de seu vício.[32]

Vício em cocaína

Nelson experimentou cocaína em 1956, ao retornar de uma turnê em Minas Gerais que o deixou exausto. Um conhecido lhe ofereceu a droga e Nelson se rendeu à sensação de euforia que o pó causava.[31] De 1958 a 1966, sua vida desandou. Lourdinha o deixou e o cantor ouvia comentários jocosos durante suas apresentações.[32] A imprensa sensacionalista, que descobrira seu vício por meio de Lourdinha, explorava ao máximo a desgraça do cantor, encontrando mais lenha para a fogueira no dia em que ele agrediu uma amante sua, a bailarina Nanci Montez.[32]

Em 1964 mudou-se para São Paulo com a nova companheira Maria Luísa e os filhos Ricardo e Jaime. Lá, foi preso em flagrante em 8 de maio de 1966[5] (no momento da prisão, é agredido verbal e fisicamente pelos policiais, que também vandalizaram sua casa, quebrando vários objetos[5]), por porte de drogas, e passou um mês na Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais.[39] Por todo esse tempo sua esposa o visitou no presídio, e juntava economias dela e do marido, que pagavam seu tratamento e seu advogado. Após este período, foi a julgamento e provou sua inocência - segundo ele, um traficante de quem parou de comprar o denunciara como retaliação, informando à polícia que Nelson mantinha 1 kg de cocaína em casa para fins de tráfico.[40]

Após sair da cadeia, internou-se numa casa de saúde e, depois, enfrentou quatro meses de abstinência em casa, isolado em seu quarto.[41] Deixou a cocaína, mas não o cigarro, que possivelmente afetou seu sistema respiratório e lhe causou dois enfartes - o último, definitivo.[41]

Em 1973 conseguiu abandonar de vez seu vício, sempre com o apoio de sua mulher e de seus filhos. Totalmente recuperado, retomou sua carreira, cada vez mais bem sucedida.[42]

Morte

Morreu em 18 de abril de 1998 devido a um infarto agudo do miocárdio,[43] no apartamento de sua filha Marilene no Rio de Janeiro, enquanto a visitava.[44][41] Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista, na capital fluminense.[45]

Homenagens

No seu centenário, em 2019, os Correios lançaram um selo em sua homenagem.[46] A Prefeitura de Resende, através da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, o recordou com edição do projeto ‘Arte na Capa’, no Museu da Imagem e do Som da cidade, e com o show "Nelson Gonçalves 100 Anos", na Praça do Centenário.[47][48] A Câmara dos Deputados realizou sessão solene em razão da data.[49] Também foi lembrado com o musical "Nelson Gonçalves, o Amor e o Tempo", no Teatro Clara Nunes.[50][51] 35 discos de Gonçalves foram disponibilizados em streaming pela Sony Music Brasil.[52][53]

Dramatizações

A vida de Nélson Gonçalves teve sua biografia dramatizada nas seguintes obras:

Discografia

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Perspectiva

Fontes:[55][56]

Álbuns dos anos 40

Mais informação Ano, Álbum ...
Ano Álbum Discografia Formato
1941 Se eu Pudesse um Dia/Sinto-me Bem Victor 78 RPM
1941 Formosa Mulher/A Nulher dos Sonhos Meus Victor 78 RPM
1941 Fingiu que não me Viu/Quem Fala é o Coração Victor 78 RPM
1942 Podía ser Pior/Baianinha Victor 78 RPM
1942 Os Anos Carregaram/Dorme que eu Velo por Ti Victor 78 RPM
1942 Madrugada Victor 78 RPM
1942 Quem Mente Perde a Razão/Saudade que Maltrata Victor 78 RPM
1942 Isso Aqui tem Dono/Renúncia Victor 78 RPM
1942 Ingrata/Ninguém vem Ouvir os Meus Ais Victor 78 RPM
1942 Marilu/Deusa do Maracanã RCA Victor 78 RPM
1942 O Homem da Capa Preta/Põe a Mão na Consciência RCA Victor 78 RPM
1942 Diga/A Mulher do seu José RCA Victor 78 RPM
1942 O Coração Reclama/Ai, Ai, Amor RCA Victor 78 RPM
1942 Não tenho Queixa/Renúncia RCA Victor 78 RPM
1942 Vem Surgindo a Avenida/O Diabo da Mulher RCA Victor 78 RPM
1943 Solidão/A Saudade é um Compasso Demais RCA Victor 78 RPM
1943 A V0alsa de Maria/Olhos Negros RCA Victor 78 RPM
1943 Cruz da Desilusão/Foi Tudo Ilusão RCA Victor 78 RPM
1943 Volta/Perfeitamente RCA Victor 78 RPM
1943 Noite de Lua/Não Sou Feliz nos Amores RCA Victor 78 RPM
1943 Sempre em meu Coração/Ai, Amor RCA Victor 78 RPM
1943 Quando a Saudade Vier/Mãe Maria RCA Victor 78 RPM
1943 Brasil, Coração da Gente/Meu Barco é Veleiro RCA Victor 78 RPM
1943 Eu Jurei/Vai, Amor RCA Victor 78 RPM
1943 Sabiá de Mangueira/Quase Louco RCA Victor 78 RPM
1944 Tudo é Nostalgia/Queira Deus RCA Victor 78 RPM
1944 Dos meus Braços tu não Sairás/Saudades do Rio RCA Victor 78 RPM
1944 Nossa Comédia/Casa de Sopapo RCA Victor 78 RPM
1944 Nadir/Primeira Mulher RCA Victor 78 RPM
1944 Uno/Ela me Beijou RCA Victor 78 RPM
1944 Lágrima Sentida/Eu Quero te ver Morena RCA Victor 78 RPM
1944 Eu não Posso Viver sem Mulher/No Céu é Assim RCA Victor 78 RPM
1944 Que Bom vai Ser! RCA Victor 78 RPM
1944 Não Agüento Mais RCA Victor 78 RPM
1944 Não Fique Louco/Covarde RCA Victor 78 RPM
1944 São Jorge/Meu Perdão não Terás RCA Victor 78 RPM
1945 Falsos Poemas/Tudo em Vão RCA Victor 78 RPM
1945 Voltarás/Valsa de Quem não tem Amor RCA Victor 78 RPM
1945 Santa/Sempre Juntos RCA Victor 78 RPM
1945 Meus Amores/Aquela Mulher RCA Victor 78 RPM
1945 Silêncio/Maria Betânia RCA Victor 78 RPM
1945 Alma que Chora/É Sempre Bom RCA Victor 78 RPM
1945 Tenho Outra em seu Lugar/Como Sofre essa Mulher RCA Victor 78 RPM
1945 Se Você Quer Deixar o meu Lar/Direito de Amar RCA Victor 78 RPM
1945 Segure no meu Braço RCA Victor 78 RPM
1945 Quando é Noite de Lua RCA Victor 78 RPM
1945 Menina-dos-olhos/Até que Enfim, Favela RCA Victor 78 RPM
1945 Dor da Saudade/Pela Primeira Vez RCA Victor 78 RPM
1945 Espanhola/Puxa os Cabelos Dela RCA Victor 78 RPM
1946 A Você/Acabou-se o Confete RCA Victor 78 RPM
1946 Seus Olhos na Canção/Coração RCA Victor 78 RPM
1946 História Joanina/Última Estrofe RCA Victor 78 RPM
1946 Cem Anos Atrás/Posso Sim RCA Victor 78 RPM
1946 Conselho/Pelas Lágrimas RCA Victor 78 RPM
1946 A Valsa do Amor/Mais uma Vez RCA Victor 78 RPM
1946 Não me Olhe Assim/A Alma do Tutu RCA Victor 78 RPM
1946 Muitos Amores/Pode Ir RCA Victor 78 RPM
1946 Ladrãozinho/Lamento RCA Victor 78 RPM
1946 Odalisca/Rosália RCA Victor 78 RPM
1946 O Relógio da Central/A Rainha do Mar RCA Victor 78 RPM
1946 Teu Retrato/Dona Rosa RCA Victor 78 RPM
1947 Ciúme/Sapoti RCA Victor 78 RPM
1947 Segredo/Marina RCA Victor 78 RPM
1947 Minha Revelação/Voltei à Residência RCA Victor 78 RPM
1947 Morena Cor de Canela/Que Será de Nós RCA Victor 78 RPM
1947 Não Sei Porquê RCA Victor 78 RPM
1947 As Covinhas de Iaiá RCA Victor 78 RPM
1947 Bem-te-vi RCA Victor 78 RPM
1947 Adeus Dona Folia RCA Victor 78 RPM
1947 Princesa de Bagdad/Perdôo, Sim RCA Victor 78 RPM
1947 Minha Morena/Tormento RCA Victor 78 RPM
1947 Foi Você/Pepita RCA Victor 78 RPM
1949 Normalista/Quem Será RCA Victor 78 RPM
1949 Você é Quem Pensa/Quando Voltares... RCA Victor 78 RPM
1949 Serpentina/Tanto Bate até que Fura RCA Victor 78 RPM
1949 A Hora é Boa/Meu Castigo RCA Victor 78 RPM
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Álbuns dos anos 50

Mais informação Ano, Álbum ...
Ano Álbum Discografia Formato
1950 Ave-Maria no Morro/Só Eu RCA Victor 78 RPM
1950 Amigo/Mulheres de Ninguém RCA Victor 78 RPM
1950 Bons Tempos Aqueles/Mensageira Dileta RCA Victor 78 RPM
1950 Restinho de Amor/A Beleza dos Meus Olhos RCA Victor 78 RPM
1950 Toureiro/Dama, Valete e Rei RCA Victor 78 RPM
1950 Ai, Morena RCA Victor 78 RPM
1950 Arrependida (Com Trio de Ouro)/Se Ela Perguntar por Mim RCA Victor 78 RPM
1951 Nem Coberta de Ouro/Fala por Mim, Violão RCA Victor 78 RPM
1951 Vem, Amor/Eu Sei RCA Victor 78 RPM
1951 Sem o teu Amor/Onde Estava Eu ? RCA Victor 78 RPM
1951 Ela tem que se Humilhar/Amor Perfeito RCA Victor 78 RPM
1951 Nem o Chope/Perambulando RCA Victor 78 RPM
1951 Confete Dourado/Desprezado RCA Victor 78 RPM
1952 Tudo Menos Carinho/Comentário RCA Victor 78 RPM
1952 Ficarás/Minha Dor RCA Victor 78 RPM
1952 Vai meu Baião/Cada um com seu Amor RCA Victor 78 RPM
1952 Meu Sonho de Amor (Violino Triste)/Última Seresta RCA Victor 78 RPM
1952 Sempre Vivemos em Paz/Arrependimento RCA Victor 78 RPM
1952 Telefonista/Quem Tem RCA Victor 78 RPM
1952 Redoma de Vidro/A Média Luz RCA Victor 78 RPM
1952 Sereno RCA Victor 78 RPM
1952 O Terceiro Homem/Minha Linda Hindu RCA Victor 78 RPM
1952 Madrileña/De Braço com Outro RCA Victor 78 RPM
1952 Simbad, o Marujo/Salve a Viúva RCA Victor 78 RPM
1953 Tantos Anos/A Camisola do Dia RCA Victor 78 RPM
1953 Só Vejo Você/Louquinho pra Casar RCA Victor 78 RPM
1953 Sempre é Carnaval/Manicure RCA Victor 78 RPM
1953 Datilógrafa/Brinquei com o Amor RCA Victor 78 RPM
1954 Suplício/Se Eu Fosse Getúlio RCA Victor 78 RPM
1954 Treze Listas/Porque Amo São Paulo RCA Victor 78 RPM
1954 Carlos Gardel/Francisco Alves RCA Victor 78 RPM
1954 Profeta/Hoje, Quem Sou RCA Victor 78 RPM
1954 Como eu Previa/Que Importa RCA Victor 78 RPM
1954 Fume um Cigarro-Fumei RCA Victor 78 RPM
1954 Quatro Amores/Estudante RCA Victor 78 RPM
1954 Tô Sentindo uma Coisa RCA Victor 78 RPM
1954 Lança-perfume/Ouro em Pó RCA Victor 78 RPM
1955 Hoje Quem Paga Sou Eu/Enfermeira RCA Victor 78 RPM
1955 Seu Nome não é Maria/Tortura Mental RCA Victor 78 RPM
1955 Nem por Compaixão/Escrava da Saudade RCA Victor 78 RPM
1955 O que é que Eu vou Dizer RCA Victor 78 RPM
1955 Italiana RCA Victor 78 RPM
1955 Meu Vício é Você/Esta Noite me Embriago RCA Victor 78 RPM
1955 Todo Vedete/Linda Romana RCA Victor 78 RPM
1955 Canção do Rouxinol/Natal Branco RCA Victor 78 RPM
1956 Vermelho Vinte e Sete/Lençol de Linho RCA Victor 78 RPM
1956 Mande Notícias/Estrelas na Lama RCA Victor 78 RPM
1956 Nossa Senhora das Graças/Dolores Sierra RCA Victor 78 RPM
1956 Amarga Confissão/Nasci para o Samba RCA Victor 78 RPM
1956 Quatro Fantasías RCA Victor 78 RPM
1956 Saudade RCA Victor 78 RPM
1956 Casamento é Loteria/Vou pra Goiás RCA Victor 78 RPM
1956 Grilo Seresteiro/Fracassei RCA Victor 78 RPM
1956 Meu Desejo/A Volta Do Boêmio RCA Victor 78 RPM
1956 Noel Rosa na Voz Romântica de Nelson Gonçalves ou Nelson Interpreta Noel RCA Victor LP-10"
1956 O Tango na Voz de Nelson Gonçalves RCA Victor LP-10"
1957 Pensando em Ti/Nega manhosa RCA Victor 78 RPM
1957 Que me Importa/História da Lapa RCA Victor 78 RPM
1957 Lili Analfabeta/Boêmia RCA Victor 78 RPM
1957 Arlequim/Depois que a Saudade Passou RCA Victor 78 RPM
1957 Escultura/Silêncio da Seresta RCA Victor 78 RPM
1957 Caminhemos RCA Victor LP-10"
1957 Pensando em Ti RCA Victor LP-10"
1958 Atiraste uma Pedra/Nova Copacabana RCA Victor 78 RPM
1958 Prece ao Sol/Se Ninguém te Ama RCA Victor 78 RPM
1958 Deixe que Ela se Vá/Destino RCA Victor 78 RPM
1958 Êxtase/Deusa do Asfalto RCA Victor 78 RPM
1958 Buquê de Melodías RCA Camden CD/LP-12"
1958 Escultura RCA Victor CD/LP-12"
1959 O Preço da Glória/Noite de Insônia RCA Victor 78 RPM
1959 Meu Triste Long-Play/Revolta RCA Victor 78 RPM
1959 Mariposa/Argumento RCA Victor 78 RPM
1959 Nosso Amor/O que Passou, Passou RCA Victor 78 RPM
1959 Nelson Gonçalves em Hi-Fi RCA Victor CD/LP-12"
1959 Êxtase RCA Victor CD/LP-12"
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Álbuns a partir dos anos 60

Mais informação Ano, Álbum ...
Ano Álbum Formato
1965 Dos Meus Braços Tu Não Sairás LP
1966 Nelson Gonçalves a Pedidos LP
1967 A Volta do Boêmio CD/LP
1967 Pensando em Ti LP
1968 Fala por Mim, Violão LP
1969 A Volta do Boêmio VOL. 2 LP
1989 Nelson Gonçalves & Convidados CD
1993 Mensagem - Isaura Garcia e Nelson Gonçalves CD
1994 Acervo - Nelson Gonçalves CD
1996 50 Anos de Boemia VOL. I CD
1996 50 Anos de Boemia VOL. II CD
1996 50 Anos de Boemia VOL. III CD
1998 O Rei do Rádio CD
1998 Seleção de Ouro CD/LP
1998 Seleção de Ouro Nº 3 CD/LP
2002 O Inesquecível CD
2003 Bacharel do Samba CD
2003 Sempre No Meu Coração CD
2004 Nelson: Moderno e Eterno CD
2005 Maxximum: Nelson Gonçalves CD
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Ver também

Referências

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Bibliografia

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