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escritora brasileira (1938-2022) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nélida Cuíñas Piñón (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1934 – Lisboa, 17 de dezembro de 2022)[1] foi uma escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual já presidiu.[2] Foi uma das escritoras brasileiras mais conhecidas e traduzidas internacionalmente.
Nélida Piñon | |
---|---|
Nascimento | 3 de maio de 1934 Rio de Janeiro, Distrito Federal |
Morte | 17 de dezembro de 2022 (88 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | brasileira espanhola |
Progenitores | Mãe: Olivia Carmen Cuíñas Piñón Pai: Lino Piñón Muíños |
Ocupação | escritora |
Prêmios | Lista
|
Magnum opus | A Casa da Paixão
A República dos Sonhos |
Segundo Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida foi "provavelmente, a maior escritora viva do país".[3][4]
Filha de Lino Piñón Muíños e Olivia Carmen Cuíñas Morgado, de origem galega, do concelho de Cotobade. Seu nome é um anagrama do prenome de seu avô materno Daniel Cuiñas Cuiñas.[5]
Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tendo sido editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal.
Estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.
No romance A República dos Sonhos, baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil.
Nélida Piñon foi também ligada a outras instituições culturais. Era académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e, em outubro de 2014, entrou na Real Academia Galega. Foi a primeira ocupante da cadeira de número 51 da Academia Brasileira de Filosofia.[6][7]
Nélida morreu em Lisboa em 17 de dezembro de 2022, aos 88 anos. Estava internada em um hospital na capital portuguesa para tratamento na vesícula. Havia sido submetida a uma cirurgia, da qual se recuperava, mas sofreu complicações e não resistiu.[8]
Eleita em 27 de julho de 1989 para a cadeira que tem por patrono Pardal Mallet, da qual é a quinta ocupante. Tomou posse em 3 de maio de 1990, recebida por Lêdo Ivo.
Foi a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997.[2]
Sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Asturias das Letras de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo. Concorreram a este prêmio escritores de fama mundial, como os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth, e o israelense Amos Oz; ao todo, mais de dezesseis países estavam representados no concurso.
Ano | Prêmio | País | Categoria | Indicação |
---|---|---|---|---|
1970 | Prêmio Walmap de Literatura | Brasil | Fundador | |
1973 | Troféu APCA | Brasil | Melhor Prosa de Ficção | A casa da paixão |
1985 | Troféu APCA | Brasil | Literatura - Ficção | A república dos sonhos |
Prêmio PEN Clube do Brasil | ||||
1987 | Prêmio José Geraldo Vieira | Brasil | Melhor Romance do Ano | A doce canção de Caetana |
1990 | Prêmio Golfinho de Ouro | Brasil | Romance | conjunto da obra |
1991 | Prêmio Bienal Nestlé de Literatura Brasileira | Brasil | − | conjunto da obra |
1992 | Prêmio Simon Daro Dawidowicz | Estados Unidos | ||
1994 | Prêmio Alejandro José Cabassa | Brasil | O pão de cada dia: fragmentos | |
1995 | Prêmio de Literatura Latinoamericana y del Caribe Juan Rulfo | México | − | conjunto da obra |
1996 | Prêmio Adolpho Bloch[10] | Brasil | Cultura | |
1997 | Prêmio Rotary Club do Rio de Janeiro | Brasil | Honra ao Mérito | |
2001 | Prêmio Iberoamericano de Narrativa Jorge Isaacs[11] | Colômbia | − | conjunto da obra |
2002 | Prêmio Rosalía de Castro do Centro PEN Galiza[12] | Espanha | Língua Portuguesa | conjunto da obra |
2003 | Prêmio Internacional Menéndez Pelayo | Espanha | ||
2004 | Prêmio Puterbaugh Fellow[13] | Estados Unidos | ||
2005 | Prêmio Príncipe das Astúrias[14] | Espanha | Letras | |
Prêmio Jabuti[15] | Brasil | Livro do Ano de Ficção | Vozes do deserto | |
Romance | ||||
2010 | Prêmio Casa de las Américas[16] | Cuba | Literatura Brasileira | Aprendiz de Homero |
Prêmio Internacional Terenci Moix[17] | Espanha | Livro do Ano de Ficção | Coração andarilho | |
2013 | Prêmio Cátedra Enrique V. Iglesias de Cultura e Desenvolvimento[18] | Estados Unidos | ||
2014 | Prêmio El Ojo Crítico[19] | Espanha | Prêmio Iberoamericano | |
2018 | Prémio Vergílio Ferreira[20] | Portugal | − | conjunto da obra |
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