antigo mosteiro em Cabeceiras de Basto, Portugal. Atualmente, parte do edifício funciona como Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto Da Wikipédia, a enciclopédia livre
É classificado como "A Jóia do Barroco Português em Terras de Basto".[carecede fontes?]
Atualmente, nele está instalada a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.
A Igreja e Sacristia, assim como o tecto de uma das salas do antigo mosteiro que funcionou como sala de audiências do tribunal da comarca estão classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1933.[2]
Remove ads
História
O primeiro documento relativo ao Mosteiro data de 1122. Pouco mais tarde, em 1131, D. Afonso Henriques concedeu carta de couto ao mosteiro.[1]
As obras do atual edifício tiveram início em 1755, sendo acordadas entre o arquiteto bracarense André Soares e o então abade, Frei Francisco de São José. Na fase final das obras registou-se a chegada ao mosteiro de Frei José de Santo António Vilaça, que ali trabalhou de 1764 a 1770.[1]
Em 17 de setembro de 2022 foi inaugurado o Espaço Ilídio dos Santos – Acolhimento ao Visitante[3].
Remove ads
Características
Resumir
Perspectiva
A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:
Vista do interior do MosteiroPormenor do interior do MosteiroNa fachada dos lados direito e esquerdo estão colocadas as estátuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento – São Bento de Núrcia, e de Santa Escolástica.[1]
Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República.
Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja.
Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo. O órgão de tubos é da autoria de Francisco António Solha, mestre organeiro galego, radicado em Portugal na segunda metade XVII. Foi restaurado em 2009, por Pedro Guimarães da Oficina e Escola de Organaria[4].
Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano.
Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?).
Altar-Mor com credencia. Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783, a Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António.
A Sacristia seiscentista, hoje Núcleo Museológico, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. Os espelhos foram baseados num modelo inglês.
Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito.
Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda.
As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual consta o cadeiral, as sanefas e as portas das portadas, assim como, três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina.
A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).
Remove ads
O Zimbório
Zimbório do Mosteiro de S. Miguel de Refojos
É o único dos 29 mosteiros da Ordem Beneditina existentes em Portugal que possui um zimbório.
Este singular monumento arquitectónico eleva-se a 36 metros sobre o transepto. Obra notável de engenharia tem no exterior um varandim-balaustrada de granito, intersecionado por plintos que servem de base a 12 bustos de bispos e pontífices. A cúpula do lanternim serve de pedestal a uma grandiosa estátua do padroeiro, o Arcanjo S. Miguel.
Quando o Mosteiro se candidatou a Património da Humanidade, em 2014, o zimbório tornou-se símbolo turístico de Cabeceiras de Basto, estando o logótipo presente nas lojas de lembranças até nos transportes beneficiados pelo município.