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A morte de Muammar al-Gaddafi (7 de junho de 1942 - 20 de outubro de 2011) ocorreu no dia 20 de outubro de 2011, quando o chefe de Estado da Líbia tinha 69 anos de idade. Ele foi morto em Sirte, o último reduto de resistência de seus partidários.
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Muammar Al-Gaddafi foi um ditador, político, militar, ideólogo e governante absoluto da Líbia, sendo de facto chefe de Estado do seu país de 1 de setembro de 1969 até 20 de outubro de 2011, quando foi deposto após a Guerra Civil Líbia e morto na batalha de Sirte. Durante seus mais de 40 anos como ditador, Gaddafi adquiriu o status de ditador de seu país e impôs leis que favoreciam seus partidários e companheiros e que oprimiam com forte violência a seus opositores.[1] Também adquiriu ilegalmente uma fortuna estimada em mais de 20 bilhões de dólares.[2]
No início de novembro de 2011, Mansour Daou, que foi uma figura proeminente do regime deposto e chefe de guarda pessoal de Muammar al-Gaddafi, concedeu uma entrevista à CNN,[3] enquanto aguardava julgamento em um centro de detenção da cidade de Misrata, na qual relatou que:
Às 08:30h (horário local), setenta e cinco veículos que transportavam Muammar al-Gaddafi, seu filho Mutassim e o comandante militar Abu-Bakr Yunis Jabr, tentaram fugir de Sirte em alta velocidade. No entanto, foram atingidos por um avião de guerra francês a aproximadamente 3 a 4 km a oeste da cidade, perto da rotunda ocidental.
Este primeiro ataque destruiu apenas um veículo e o comboio se dispersou em vários grupos, o grupo onde estava Gaddafi mudou a direção de fuga ao sul, sendo atingido por um segundo ataque que destruiu 11 veículos, inclusive o que conduzia o líder deposto, que tentou continuar a fugir a pé, procurando refúgio em dois tubos de drenagem, mas foram cercados por forças rebeldes. Gaddafi foi capturado por volta do meio-dia.[5]
Segundo o primeiro ministro Mahmoud Jibril, Gaddafi estava bem de saúde por ocasião de sua captura, mas enquanto ele estava sendo colocado em um caminhão pick-up, ocorreu uma troca de tiros entre forças do novo regime e apoiadores do líder deposto, e foi durante esse tiroteio que Gaddafi foi baleado na cabeça.[6] Essa versão foi confirmada por Omran al-Oweib, comandante da brigada que capturou Gaddafi.[7] Todavia, vídeos feitos com telefones celulares mostravam que tanto Gaddafi quanto seu filho Mutassim estavam vivos ao serem capturados. Diante dessas circunstâncias, que aumentou a pressão aliada ocidental, o CNT prometeu que iria investigar como Gaddafi e seu filho foram mortos.[8]
Muammar al-Gaddafi foi declarado oficialmente como morto após o Conselho Nacional de Transição da Líbia dar uma nota à Al Jazeera.[9][10] De acordo com algumas fontes, Gaddafi teria sido encontrado em um bueiro e ferido nas pernas ou teria levado dois tiros no peito.[11][12] Outros acreditam ter sido subjugado pelas forças de oposição. Imagens de um vídeo amador mostram o corpo cheio de sangue do ex-ditador, ainda vivo, sendo carregado como um troféu em Sirte.[13] Jornais e portais de notícias pelo mundo também levantaram a hipótese de participação estrangeira na morte. Falando sobre as eleições parlamentares no seu país, o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou, sem mostrar nenhuma evidência, que a ação teria sido realizada por aviões americanos não-tripulados.[14] Outras fontes, de países da África do Norte, denunciaram que Gadaffi teria sido supostamente assassinado por um agente do serviço secreto francês agindo sob ordens do então presidente daquele país, Nicolas Sarkozy.[15] Todas as teorias foram negadas por ambas as partes envolvidas.[15]
Cerca de um ano após o evento, o Human Rights Watch publicou um relatório com as seguintes conclusões[16]:
Após a morte o corpo foi colocado em uma câmara frigorífica na cidade de Misrata, ao lado do corpo de seu filho Mutassim e do comandante militar Abu-Bakr Yunis. O enterro foi adiado em meio a disputas para determinar onde os corpos seriam enterrados. Na época debatia-se se o enterro ocorreria em Misrata, Sirte (cidade natal do líder morto) ou em outro lugar. No final decidiu-se enterrá-los em um lugar secreto para evitar que o local do enterro se convertesse em um santuário.[17]
Em 23 de outubro de 2011, foi revelado o testamento de Muammar Gaddafi, no qual ele revelava o desejo de ser enterrado no túmulo de sua família em Sirte e pedia aos seus partidários que continuassem a resistir e a lutar contra qualquer agressão estrangeira contra a Líbia,[18][19] mas seu desejo de ser enterrado na sua cidade natal não foi atendido, apesar dos apelos de sua tribo, que também queria enterrar seu patrono e líder em Sirte, pois em 25 de outubro, Muammar Gaddafi, seu filho Mutassim e o comandante Abu-Bakr Yunis foram enterrados em um local secreto no deserto líbio, antes do enterro houve uma cerimônia religiosa, presidida por três líderes religiosos que apoiaram o líder deposto até o fim: Khaled Tantoush, Medina Shwarfa e Samira Jarousi, que contou também com a presença de: Sharif al-Gaddafi, sobrinho neto de Gaddafi; de dois primos: Mansour Daou e Ahmed Ibrahim; Huneish Nasr, motorista pessoal por um longo período; e de dois filhos de Younes, todos capturados no dia 20 de outubro.[8][17]
Após sua morte em 20 de outubro, as Nações Unidas pediram uma investigação para saber se o ditador líbio foi morto em combate ou se foi executado. O que seria um crime, pois se fosse capturado vivo, deveria ser julgado oficialmente. Seu corpo foi enterrado em 25 de outubro, em algum lugar secreto do deserto líbio. Gaddafi assim que foi morto foi levado para uma câmara fria e ficou exposto para visitas públicas, com o corpo de seu filho Motassim e do chefe militar do regime Abu Bakr Yunis Jaber, durante 4 dias.[30] Isto deu fim ao governo autoritário do ditador líbio. Segundo Mahmoud Jibril, primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT), a autópsia determinou que o líder deposto foi morto por um ferimento de bala na cabeça. Existem dúvidas se Gaddafi foi capturado vivo e executado ou se foi morto após os últimos dias da batalha de Sirte.
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