O Banco Montepio é a instituição financeira mais antiga de Portugal e única no panorama financeiro nacional pela sua origem e base mutualista e, consequentemente, pela sua vocação de instituição de poupança e de disponibilização de serviços financeiros universais para os clientes particulares, do setor empresarial e para as instituições da economia social e empreendedores sociais.

Factos rápidos
Banco Montepio
Caixa Económica Bancária
Fundação 1844 (180 anos)
Sede Lisboa
Acionistas Associação Mutualista Montepio (99,99%); Outros (<0,1%)
Website oficial www.bancomontepio.pt
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O Banco Montepio é uma entidade do Grupo Montepio em que a Associação Mutualista é a empresa-mãe.

História

1844

Caixa Económica de Lisboa — Instituição bancária detida pelo Montepio Geral Associação Mutualista, dotada de uma rede de retalho que apoia todas as entidades do Grupo Montepio. Em 1991 alterou a sua denominação para Caixa Económica Montepio Geral e em 2019 adotou o nome comercial — Banco Montepio.[1]

1940

Montepio Geral — Caixa Económica de Lisboa — Agraciado a 22 de outubro com a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência.[2]

1991

Montepio Gestão de Activos — É a gestora de patrimónios financeiros do Grupo Montepio. Concentra a actividade na gestão discricionária de carteiras e de fundos de investimento mobiliário.

1992

Montepio Geral — Caixa Económica de Lisboa — Feito a 20 de dezembro Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.[2]

2015

A auditoria conduzida pelo Banco de Portugal à Caixa Económica Montepio Geral não detectou irregularidades,[3] não existem consequências patrimoniais para o Montepio, associados e clientes na sequência desta auditoria.

O ‪‎Montepio‬ foi distinguido, pelos consumidores e por especialistas em branding, como ‪marca‬ de excelência‬ no âmbito da edição do Ranking ‪Superbrands‬ Born in Portugal‬ de 2015.[4]

A Caixa Económica do Montepio Geral ajuda a salvaguardar cerca de 1000 postos de trabalho, no âmbito do Plano de Revitalização dos HOTÉIS TIVOLI. Enquanto credor, Montepio vinha lutando contra o Plano Especial de Revitalização (PER) dos Tivoli, que pressupunha a venda aos tailandeses da Minor, no entanto acabou por ter um papel determinante que viabiliza a revitalização dos Tivoli.[5]

A Associação Mutualista Montepio foi autorizada pelos associados em abril de 2015 a promover uma alteração aos estatutos para separar a gestão da associação mutualista da da instituição financeira, numa assembleia geral.

2017

O ano de 2017 fica marcado pela transformação em Sociedade Anónima — de acordo com o Decreto-Lei n.º 190/2015 — passando o seu capital social a ser representado por ações.

2018

Em 2018 é efetuado o registo do nome Banco Montepio para utilização comercial.[6]

2019

A 16 de fevereiro de 2019, o Banco Montepio altera a sua imagem gráfica.[7]

Início da expansão geográfica

Uma das razões para o fortalecimento da então chamada Caixa Económica de Lisboa foi o seu alargamento para fora de Lisboa e Porto no período revolucionário. A partir dos anos 30, os bancos Portugueses alargaram a sua esfera de influência para além das principais praças financeiras, abrindo sucursais longe da casa-mãe. Em 1931 abriu a primeira filial no Porto que ganhou importância no final dos anos 30 e rapidamente ganhou emancipação em relação à casa-mãe.

A ideia de abrir balcões nas diferentes capitais de distrito foi aprovada em 1943, mais tarde do que a maioria dos outros bancos, no entanto o projeto levou anos a concretizar-se devido à dificuldade em obter a autorização do Governo.

A primeira autorização conseguida foi relativa à cidade de Évora e o balcão foi inaugurado em 1946 com competências para realizar operações de depósito, transferências e empréstimos hipotecários.

Três anos mais tarde, é inaugurado o Balcão de Faro e em 1953 o de Coimbra.

Consolidação e crescimento

Os anos que se seguiram foram anos de crescimento e no final de 1990 eram já 38 os balcões que recebiam os clientes da Caixa Económica, cobrindo os principais centros do Continente e da Região Autónoma da Madeira.

O ano de 1984 ficou marcado pelo lançamento da primeira rede de caixas automáticas de transferência de fundos (ATM) sob a designação de «Chave 24», que em 1990 contava com 58 unidades ATM, igualmente espalhadas por todo o país. 

Ao longo da sua história foram três as aquisições realizadas por esta instituição bancária: em 1970 dá-se a aquisição da Caixa Económica Madeirense, em 1995 da Caixa Económica Açoreana e mais recentemente, em 2010, a aquisição de empresas do grupo Finibanco, incluindo crédito especializado e gestão de fundos de investimento imobiliário.

O Banco Montepio — designação comercial adotada em 2019 — tem a sua sede em Lisboa e conta com uma rede de 255 balcões em território nacional e 5 escritórios de representação no Canadá, nos Estados Unidos da América, em França, na Alemanha e na Suíça, nas cidades de Toronto, Newark, Paris, Frankfurt e Genebra, respetivamente.

Denominação

Fundada em 1844 como Caixa Económica de Lisboa, em 1989 altera a sua denominação para Caixa Económica Montepio Geral.

Em 2019, oficializa a sua designação comercial para Banco Montepio.

Modelo de Governo

A transformação do Banco Montepio em Sociedade Anónima — ocorrida em 2017 de acordo com o Decreto-Lei n.º 190/2015 que aprova o regime jurídico das caixas económicas — marca a alteração dos seus estatutos e consequente modelo de governo.[8]

Antes da transformação em Sociedade anónima, o capital do Banco Montepio era constituído por Capital Institucional (2.020 milhões de euros) correspondente a entregas em dinheiro do Montepio Geral Associação Mutualista e Fundo de Participação (400 milhões de euros dos quais 85,4% detidos pelo Montepio Geral Associação Mutualista). No dia 14 de setembro de 2017, o Banco Montepio foi transformado em Sociedade Anónima, tendo o Fundo de Participação e o Capital Institucional sido convertidos em ações ordinárias representativas do capital social.

Seguiu-se a oferta pública de aquisição (OPA) do Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM) e a aquisição potestativa que permitiram ao MGAM deter os 100% das ações a partir de novembro de 2017.[9] Desde 31 de dezembro de 2018, representado por ações nominativas escriturais, detido em 99,99% por esta associação, estando o capital remanescente disperso por cerca de 40 entidades da economia social detentoras de uma participação no capital social inferior a 0,1%.

Grupo Banco Montepio

O Banco Montepio é detentor de um conjunto de participações de capital em entidades que não só permitem uma oferta abrangente e diversificada de produtos e serviços bancários e financeiros, como contribuem com os seus resultados para os fins mutualistas.

Imagem gráfica

O pelicano foi, desde sempre, o símbolo do Montepio Geral. Quando abriu as portas do Monte Pio dos Funcionários Públicos, já era o pelicano, debruçado sobre as suas crias, que acolhia os primeiros associados e, quatro anos mais tarde, os clientes da Caixa Económica. Mitologicamente, esta ave marinha sempre foi vista como o expoente máximo do altruísmo, retirando de si para dar aos filhotes.

A posição cabisbaixa que os pelicanos assumem quando alimentam as suas crias dá a sensação que é do peito que estão a tirar o alimento. Esta tradição — inspirada na iconografia cristã — está ligada ao pensamento altruísta, à fraternidade universal, ao solidarismo maçónico e fez com que a imagem do pelicano fosse usada por várias instituições dedicadas ao socorro mútuo.

Em 2019, o Banco Montepio mudou de imagem. O Pelicano — símbolo da instituição desde o primeiro dia — ficou cravado no futuro, mas pose protetora deu lugar a uma nova postura corporal. Na nova imagem, o pelicano evoluiu, levantou a cabeça, ergueu o peito, ganhou asas e assumiu uma nova postura e atitude, mais forte, confiante e de olhos postos no futuro.

A tradição centenária da marca Montepio e o orgulho pela sua singularidade no panorama nacional garante o posicionamento de instituição experiente, positiva e determinada, humana, próxima e solidária.

Ver também

Referências

  1. Eco, Jornal (16 de fevereiro de 2019). «Montepio tem nova cara. É esta a nova imagem do banco». Jornal Eco
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Montepio Geral — Caixa Económica de Lisboa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de agosto de 2015
  3. «Auditoria ao Montepio não detectou irregularidades». Económico. Consultado em 13 de novembro de 2015
  4. «Montepio viabiliza revitalização dos Tivoli». Económico. Consultado em 14 de novembro de 2015
  5. ECO (16 de fevereiro de 2019). «Montepio tem nova cara. É esta a nova imagem do banco». ECO. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  6. Jornal, Observador (14 de setembro de 2017). «Montepio já é uma sociedade anónima». Observador. Consultado em 19 de agosto de 2021
  7. Jornal, Público (17 de novembro de 2017). «Associação Mutualista Montepio volta a deter totalidade da Caixa Económica». Jornal Público. Consultado em 19 de agosto de 2021

Ligações externas

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