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O modernismo catalão (em catalão: modernisme català) é um estilo arquitetônico que se desenvolveu na Catalunha (Espanha), principalmente em Barcelona, durante cerca de cinquenta anos, entre 1880 e 1930. Apesar do nome modernismo, alguns consideram que este estilo seja uma variação catalã do art nouveau[1].
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Outros autores afirmam que ele teve influência de dois movimentos culturais e intelectuais: o romantismo nacional (retomada da arquitetura catalã) e o progressismo (busca da ciência e tecnologia na construção de uma sociedade moderna), o que o faz ser confundido com o art nouveau, pela semelhança visual entre os estilos. Antoni Gaudí, pela sua arquitetura de caráter fantástico se tornou sinônimo do modernisme.[2][3]
Nos finais do século XIX, surgiram, na Europa, tendências arquitetônicas que romperam com os critérios tradicionais e que buscaram novas formas de edificar com olhos ao século XX que deram grande relevância à estética. Este movimento é consequência da Revolução Industrial, que foi se arraigando nos diversos países e dos avanços derivados dela, como a eletricidade, a ferrovia e a motor a vapor, que mudaram completamente a forma de viver das populações e originaram um crescimento das cidades, nas quais se foram estabelecendo indústrias que regem um número crescente de burgueses. O modernismo é, pois, um estilo urbano e burguês.
O modernismo catalão recusou o estilo pouco atrativo da arquitetura industrial da primeira metade do século XIX e desenvolveu novos conceitos arquitetônicos baseados na natureza, que consistem nos materiais de construção que se empregam, nas formas dos edifícios e nas figuras das suas fachadas. Os arquitetos e os escultores colocam no exterior dos edifícios pássaros, borboletas, folhas e flores como elementos decorativos, quer como figuras encostadas quer como adorno da pedra ou cerâmica. Também se colocam figuras de tamanho maior, animais fabulosos ou pessoas, e nas cornijas elementos de cerâmica de cor. As janelas e as varandas dispõem de grades de ferro forjado, que são lavradas artisticamente e contêm motivos inspirados na natureza.
No movimento vê-se as teorias estruturais do arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc, que apontava para uma retomada da Idade Média e que recomendava a adoção de novas técnicas para reconstrução gótica e emprego diretivo do metal.[2]
O desenvolvimento do modernismo foi fomentado na Catalunha pela burguesia, que se sentia catalã e era culta e sensível à arte. Essa burguesia viu, nesta nova arquitetura, a maneira de satisfazer as suas ânsias de modernização, de expressar a sua identidade catalã e de dar ao manifesto de maneira discreta a sua riqueza e a sua distinção.
Foram mais de cem arquitetos os que realizaram edifícios em estilo modernista catalão. Destacam-se entre eles três: Antoni Gaudí, Lluís Domènech i Montaner e Josep Puig i Cadafalch.
Algumas das obras do modernismo catalão foram catalogadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura como o Patrimônio Cultural da Humanidade:
O modernismo catalão expandiu a sua influência a outras zonas da Espanha que, como a Catalunha, viveram um grande desenvolvimento econômico nos princípios do século XX. Destaca-se, neste senso, o modernismo em Cartagena, primariamente por obra do arquiteto catalão Víctor Beltrí.
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