O Metropolitano de Paris, Metrô de Paris ou Metro de Paris, conhecido localmente por Métropolitain ou pela abreviatura Métro de Paris, é o sistema de metropolitano de Paris e cidades vizinhas. Antigamente era chamado de Chemin de Fer Métropolitain ("Estrada de ferro metropolitana").
Metropolitano de Paris | |||
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Informações | |||
Local | Paris | ||
Tipo de transporte | metropolitano | ||
Número de linhas | 16 (4 em planejamento) | ||
Número de estações | 308 | ||
Website | www.ratp.fr | ||
Funcionamento | |||
Início de funcionamento | 1900 | ||
Operadora(s) | Régie Autonome des Transports Parisiens | ||
Dados técnicos | |||
Extensão do sistema | 226,9 km | ||
Bitola | 1435 mm | ||
Velocidade máxima | 70 km/h (80 km/h na linha 14) | ||
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O sistema consiste em 16 linhas, identificadas por números de 1 a 14, com duas linhas menores, a 3 bis e a 7 bis, que se separam das linhas originais 3 e 7, respectivamente. É o quarto maior sistema de metropolitano da Europa, após o Metropolitano de Londres, o Metropolitano de Moscou e o Metropolitano de Madrid.
Tem 226,9 km de linhas, com mais de 300 estações. A distância média entre uma estação e outra é de aproximadamente 300 m.[carece de fontes] As linhas 1 e 14 do sistema são completamente automáticas, ou seja, não têm condutor de cabine. Um único preço de passagem é aplicado em todos os horários, com conexões ilimitadas. O único limite é o uso por, no máximo, duas horas.[carece de fontes]
Uma segunda rede de linhas expressas regionais, o RER (Réseau Express Régional), complementa a rede original do metrô desde a década de 1960.
História
Premissas
O projeto inicial incluía uma linha circular Étoile-Nation-Étoile e quatro linhas transversais, duas Norte-Sul (Porte de Clignancourt - Porte d'Orléans e Gare de l'Est - Place d'Italie) e duas Leste-Oeste (Porte de Vincennes - Porte Dauphine e Avenue Gambetta - Porte Maillot).
1900 - 1930: Nascimento do metrô
A Linha 1 (Porte de Vincennes - Porte Maillot) foi inaugurada em 19 de julho de 1900, para servir os ensaios dos Jogos Olímpicos de Verão de 1900 no Bosque de Vincennes. Pequenas seções das linhas 2 e 6 (na época 2 sud) foram completadas no mesmo ano para servir a Feira Mundial.
As linhas de 1 a 10 foram construídas pela Ville de Paris (Cidade de Paris) e administradas pela CMP (Compagnie du Chemin de Fer Métropolitain de Paris). Acredita-se que o nome do metropolitano parisiense veio da Metropolitan Railway em Londres, que mais tarde tornou-se parte do sistema metropolitano londrino.
Uma segunda empresa, a Nord-Sud (Société du Chemin de Fer Electrique Nord-Sud de Paris), foi criada em 31 de janeiro de 1904 com o projeto da linha entre Montmartre (na verdade Notre-Dame-de-Lorette) e Porte de Versailles. A inauguração desta, em 4 de novembro de 1910 foi adiada pela inundação do rio Sena de janeiro de 1910. A empresa construiu duas linhas nomeadas A e B (agora parte das linhas 12 e 13).
As duas empresas, CMP e Norte-Sul coexistiram até 1930, data em que foram unidas na CMP. Eles usaram materiais compatíveis mas eram diferenciadas pelas diferentes decorações de seus ramais como de suas estações. Estações diferentes portavam o mesmo nome nas duas redes (duas estações Grenelle, por exemplo). Em 1913, o metrô já tinha 10 linhas: oito da CMP e duas da Nord-Sud (a atual linha 12 e a linha 13 ao norte da estação Saint-Lazare). De 55 milhões em 1901, o número anual de passageiros subiu para 467 milhões em 1913. A rede continuou a crescer durante a Primeira Guerra Mundial. Durante o período entre guerras, as linhas 9, 10 e 11 foram abertas.
A Nord-Sud juntou-se com a CMP em 1930 (a linha 11 e a primeira linha 14 foram completadas após a fusão). A CMP virou empresa estatal em 1948 e ganhou um novo nome, RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens).
1930 - 1939: Primeiras extensões no subúrbio
Em 1929, as autoridades da Prefeitura do Sena decidiram a extensão do metrô ao subúrbio próximo com quinze eixos para permitir o transporte de uma população que então era quase tão numerosa para residir nos subúrbios (2,5 milhões) do que na Paris intramuros (3 milhões). A construção de três novas linhas também é decidida.
1939 - 1945: Segunda Guerra Mundial
Em 1939, várias estações estão fechadas por razões de economia no contexto da Segunda Guerra Mundial, o que não impediu o metrô de transportar um milhão e meio de pessoas em 1941, a escassez de gasolina e de pneus imobilizando os ônibus na garagem.
Em 1949, no âmbito do plano de 1929, a rede incluía novas extensões nos subúrbios: a Linha 1 alcançou Neuilly a Oeste e Vincennes a Leste, a linha 3 chegou a Levallois-Perret, a linha 5 a Pantin, a linha 7 a Ivry-sur-Seine, a linha 9 a Boulogne-Billancourt a Oeste e a Montreuil a Leste, a linha 11 a Les Lilas e a linha 12 a Issy-les-Moulineaux.
Em 1 de Janeiro de 1942, a CMP do barão Empain se funde com a Société des Transports en Commun de la Région Parisienne (STCRP), que geria os transportes de superfície; sua rede será incluída em 1949 pela RATP, criada por uma lei de 21 de Março de 1948.[1] A RATP opera também o funicular de Montmartre, linhas de ônibus, o tramway, e parte das linhas A e B da Rede expressa regional da Ilha de França.
1945 - 1970: Modernização do pós-guerra
O número de linhas de metro foi então aumentando apenas devido ao isolamento do ramal menos frequentado da linha 7 e o desvio da linha 3, que assim se tornam linhas independentes: a linha 7 bis (em 1967) e a linha 3 bis (em 1971); então esse número foi reduzido para 15 devido à fusão, na década de 1970, das linhas 13 (parte norte da atual linha 13) e 14 (antiga linha que ligava Invalides a Porte de Vanves) após a conclusão da ligação entre Saint-Lazare e Invalides.
1970 - 2000: Desenvolvimento da rede
Extensões destinadas a fornecer um melhor serviço aos subúrbios próximos foram gradualmente sendo colocadas em serviço. Na década de 1970, várias extensões foram colocadas em serviço.
- A linha 8 foi estendida de Charenton - Écoles para Maisons-Alfort - Stade em 1970, depois para Maisons-Alfort - Les Juilliottes em 1972, e em seguida para Créteil - L'Échat em 1973 e finalmente para Créteil - Préfecture em 1974;
- A linha 3 foi estendida em 1971, de Gambetta para Gallieni;
- A linha 13 foi estendida em todas as suas extremidades. Em 1976, o terminal de Carrefour Pleyel passa para Saint-Denis - Basilique. Em 1976, a ex-linha 14 acabou de ser integrada na linha 13 pela criação de um trecho central entre Saint-Lazare e Invalides, é estendido para Porte de Vanves para Châtillon - Montrouge. Finalmente, em 1980, o terminal Porte de Clichy foi passado para Gabriel Péri - Asnières - Gennevilliers;
- A linha 7 foi estendida em 1979 de Porte de la Villette para Fort d'Aubervilliers. A parada Maison Blanche permitiu se estender a Le Kremlin-Bicêtre graças à ramificação em 1982; ramal estendido para Villejuif - Louis Aragon em 1985. O terminal de Fort d'Aubervilliers foi finalmente transferido para La Courneuve - 8 Mai 1945 em 1987;
- A linha 10 foi estendida de Porte d'Auteuil para Boulogne - Jean Jaurès em 1980, depois para Boulogne - Pont de Saint-Cloud em 1981;
- Em 1985, a linha 5 foi estendida de Église de Pantin para Bobigny - Pablo Picasso.
Em 1992, a linha 1 foi estendida de Pont de Neuilly para La Défense. O rio foi atravessado.
1998: Primeira linha automática
Dois eventos marcaram o ano de 1998: a extensão da linha 13 de Basilique de Saint-Denis (anteriormente Saint-Denis - Basilique) para Saint-Denis - Université, e a abertura da linha 14 de Madeleine para Bibliothèque François-Mitterrand. Esta linha foi estendida ao norte até Saint-Lazare em 2003, e ao sul até Olympiades em 2007.
A linha 14 foi a primeira linha do Metrô de Paris a implementar a condução automatizada.
2010 - 2020: Automatização
A linha 13 foi estendida novamente em 2008, de Gabriel Péri (anteriormente Gabriel Péri - Asnières - Gennevilliers) para Les Courtilles. Em 2011, o terminal da linha 8 de Créteil - Préfecture foi transferido para Pointe du Lac. A linha 12 se estendeu de Porte de la Chapelle em direção a Front Populaire em 2012, enquanto que em 2013, a linha 4 foi estendida de Porte d'Orléans para Mairie de Montrouge.
Segundo dados de 2007 da RATP, a utilização diária do Metropolitano de Paris cifra-se em 5 milhões de pessoas.
O sistema de transporte por metrô foi bastante reduzido com início da Segunda Guerra Mundial; várias estações foram fechadas e algumas nunca reabertas, dando origem a estações-fantasma.
Para aumentar sua capacidade, a linha 1, que é a mais movimentada da rede, foi automatizada para se tornar totalmente automática, ou seja, sem motorista. Decidida em 2005 pela RATP, esta automatização foi realizada apenas com raras interrupções de tráfego, o que é uma performance para uma linha muito movimentada e em operação.[2][3]
Século XXI: Modernização
De maio de 2011 a março de 2013, a RATP transferiu os trens MP 89 CC da linha 1 para a linha 4 à medida que os trens automáticos MP 05 foram colocados em serviço, beneficiando assim do processo de automatização da linha 1 em curso. O objectivo buscado é substituir as composições MP 59 da linha.
De novembro de 2011 a fevereiro de 2013, a RATP está colocando em serviço gradualmente novas composições automáticas, encomendadas da Alstom para garantir a operação totalmente automática da linha 1.
Em 2022 o metrô está gradualmente a eliminar a emissão de bilhetes em papel, que são 550 milhões emitidos por ano, correspondentes a 50 toneladas de papel, prevendo-se uma mudança total ao longo de 2023[4].
A linha 12 foi estendida para Mairie d'Aubervilliers em 31 de maio de 2022.
A linha 4 foi estendida para Bagneux-Lucie Aubrac em 13 de janeiro de 2022.
A linha 11 foi estendida para Rosny-Bois-Perrier em 13 de junho de 2024 com um novo trecho construído no âmbito da Société du Grand Paris.
Linhas
Frota
Atualmente, o Metropolitano de Paris conta com 700 unidades, sendo elas tendo mais de 60 anos de operação:
Frota | Máscara | Fabricante | Ano de Fabricação | Operações | Notas adicionais |
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MF 67 | Brissonneau & Lotz
CIMT |
1967 - 1975 | Linha 3 | ||
MF 77 | Alstom
Indústrias ANF Creusot-Loire Jeumont-Schneider CEM-Oerlikon |
1976 - 1986 | Linha 7 |
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MF 88 | Alstom
Indústrias ANF Faiveley |
1990 - 1992 | Linha 7 bis | ||
MF 01 | Alstom | 2007 - 2017 | Linha 2 |
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Frota | Máscara | Fabricante | Ano de Fabricação | Operação | Notas Adicionais |
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MP 59 | Alstom
CEM Jeumont-Schneider |
1963 - 1974 | Linha 4 |
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MP 73 | Alstom | 1974 | Linha 6 |
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MP 89 CC | GEC-Alshtom | 1997 | Linha 4 |
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MP 89 CA | GEC-Alshtom | 1998 | Linha 14 |
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MP 05 | Alstom | 2011 | Linha 1 |
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MP 14 | Alstom | 2015 | Linha 14 |
Arquitetura
Um dos aspectos mais famosos do Metropolitano de Paris são suas entradas em estilo art nouveau de Hector Guimard, que simbolizam Paris, apesar de poucas permanecerem em uso (86 entradas por Guimard ainda existem).
Extensões
O desenvolvimento da rede de metrô inclui a extensão e a renovação das linhas. Atualmente há um projeto de extensão do tramway, do RER e do metropolitano.
Extensões planejadas ou em curso
O projeto do SDRIF em 2030 votado em 25 outubro de 2012 propõe a realização de um certo número de outras extensões do Metrô em 2030:[5]
- Linha 1 a Val de Fontenay via Les Rigollots[6]
- Linha 5 a Place de Rungis
- Linha 5 a Drancy
- Linha 7 a Le Bourget RER
- Linha 9 a Montreuil - Hôpital
- Linha 10 a Ivry - Place Gambetta
- Linha 11 a Rosny-Bois-Perrier e Noisy - Champs. Este projeto está incluído no Grand Paris Express.
- Linha 12 a Issy RER
Outros projetos propostos pelo SDRIF incluem as extensões das seguintes linhas:
- Linha 1 a Nanterre - La Folie
- Linha 3 a Bécon-les-Bruyères
- Linha 4 a Les Docks de Saint-Ouen via Mairie de Saint-Ouen
- Linha 7 a Cité de l’air et de l’espace via Le Bourget RER
- Fusão da Linha 3 bis com a Linha 7 bis formando uma nova linha entre Louis Blanc e Gambetta
- Linha 10 a Saint-Cloud e a Les Ardoines
- Linha 12 a La Courneuve — Six Routes
- Linha 12 além de Issy RER provavelmente para Meudon
- Linha 13 a Port de Gennevilliers ou Argenteuil
- Linha 13 a Stains — La Cerisaie
- Linha 14 a Mairie de Saint-Ouen e Saint-Denis Pleyel ao norte, e a Maison Blanche e Orly-Ouest ao sul (projeto incluído no Grand Paris Express).
- Linha E do RER a La Défense e Mantes-la-Jolie.
- Criação da Linha F do RER
- Extensão das outras linhas do RER
Grand Paris Express
O Grand Paris Express é um projeto que prevê, entre outros, a implementação de extensões da linha 14 ao norte de Mairie de Saint-Ouen para Saint-Denis Pleyel, continuando a extensão de Saint-Lazare já planejado, e ao sul de Olympiades ao Aeroporto de Orly.[7] Ele prevê a criação de uma linha circular em torno de Paris, que leva o nome de linha 15, e de três linhas adicionais que levam os números 16, 17 e 18.
Estes trabalhos serão realizados em conjunto pela Société du Grand Paris (SGP) e o Syndicat des transports d'Île-de-France (STIF).
- Linha 15: Champigny Centre ↔ Noisy - Champs
- Linha 16: Saint-Denis Pleyel ↔ Noisy - Champs
- Linha 17: Saint-Denis Pleyel ↔ Le Mesnil-Amelot
- Linha 18: Aéroport d'Orly ↔ Versailles-Chantiers
Ver também
Referências
- Uma operação análoga diz respeito à linha 2 do Metrô de Nuremberga convertida desta forma entre 2008 e 2010. Railway Gazette International.
- Societedugrandparis.fr - « L'Acte Motivé » p. 62 à 66 Arquivado em 26 de dezembro de 2011, no Wayback Machine.
Ligações externas
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