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Mauricio Assumpção Souza Júnior (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1962 — 6 de junho de 2023) foi um cirurgião-dentista, filiado ao PMDB[1] e ex-presidente do Botafogo de Futebol e Regatas, exercendo o cargo de 1.º de janeiro de 2009 a 25 de novembro de 2014.[2][3][4] Formado pela Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, além de ser mestre em odontopediatria,[5] especialista em ortodontia e possuir um MBA em Gestão e Marketing Esportivo pela Trevisan Escola de Negócios, sendo a sua última formação iniciada enquanto presidia o Botafogo.[6] Já atuou como professor de diversas disciplinas, com destaque para a Odontopediatria. Foi Coordenador de Ensino e Pesquisa na FONF durante 4 anos e Coordenador de Odontologia do Município de Nova Friburgo. Após sua eleição como presidente do Botafogo, Assumpção prometeu reformular todos os departamentos do Botafogo através de um modelo de gestão que se dizia profissional, mas o fim de sua gestão foi marcado por controvérsias e resultados ruins esportivos e financeiros do clube.[7]
A neutralidade deste artigo foi questionada. (Janeiro de 2022) |
Na gestão de Assumpção, a sede social de General Severiano passou por uma série de reformas estruturais, dando mais conforto e opções de lazer ao associado. A fachada do casarão histórico foi revitalizada, assim como o ginásio poliesportivo e a piscina semiolímpica.[8][9] Também construiu um parque infantil, sauna e uma nova portaria. O complexo sócio-esportivo recebeu paisagismo e a administração reformou as quadras externas. Ainda construiu, em 2011, o Memorial dos Fundadores, o Túnel do Tempo,[10] o Pavilhão Alvinegro e a Loja Oficial, que deram uma nova cara à sede.
Em novembro de 2011, foi reinaugurada a sede do Mourisco Mar,[11] hoje um dos complexos aquáticos mais modernos do Brasil. No total, três milhões de litros d'água estão disponíveis aos atletas de pólo aquático e natação. Nas instalações, uma estrutura que conta com uma piscina olímpica (25 m/50 m) e uma arquibancada coberta capaz de receber 1200 pessoas. O Mourisco Mar está dentro dos padrões de exigência da FINA, com blocos de partida, raias oficiais e modernos sistemas de cronometragem.
Entre as diversas promessas da gestão de Mauricio Assumpção destaca-se a Escola de Futebol, no lugar do antigo CT de Marechal Hermes.[12] O projeto inicial previa uma reformulação geral do CT, com uma área ainda maior que a atual por conta da cessão de terreno anexo pelo Exército Brasileiro. Enquanto a ocorrem as obras na Escola de Futebol, as quatro categorias de formação (mirim, infantil, juvenil e juniores) treinam no Caio Martins, onde segundo o ex-mandatário, há uma estrutura provisória para abrigar os jovens talentos, com alojamentos, sala de musculação, vestiários e refeitório. Prometeu a construção do CT desde 2009. Nos anos seguintes ratificava a futura construção do CT sempre que o time de futebol do Botafogo passava por momentos de crises. A obra não chegou a ser iniciada na época prevista, que era no 1º semestre de 2011,[13] iniciando em setembro de 2012 com a demolição do local,[14] e que contou com muitos atrasos após o início das obras, com o clube chegando até a receber uma ajuda do então governador do estado, Luiz Fernando Pezão, para que a reforma fosse de fato iniciada.[15] Atualmente, o antigo CT de Marechal Hermes é um local de acúmulo de entulho, onde está crescendo um matagal, devido às obras estarem paradas.[16]
Na gestão de Assumpção, o clube saltou de um prejuízo de R$ 1,9 milhão em 2009 a um lucro de R$ 7,4 milhões em 2011. O Estádio Nilton Santos, cujo mandante é o Botafogo, é uma das principais arenas esportivas do Rio de Janeiro, caiu no gosto do carioca e ampliou a sua atuação também para grandes eventos musicais. Um bom exemplo é que o Botafogo fechou com a Ambev em 2011 o mais abrangente contrato de patrocínio da história da empresa com um clube de futebol e o maior contrato de patrocínio a um estádio no país. A parceria já rendeu duas modernas salas de imprensa, a qualificação do som e do telão e o apoio na manutenção do gramado, trazendo melhorias para o torcedor e o espetáculo. No entanto, a empresa fez um intervenção muito criticada pelos torcedores do time alvinegro, já que mudou as cores das cadeiras do setor sul do estádio por poltronas vermelhas e brancas, cor alusiva ao Flamengo, um dos maiores rivais esportivos do Botafogo.[17] Em 2013, o contrato foi suspenso com a interdição do estádio.[18]
Fora do âmbito esportivo, 2011 viu a realização de grandes shows internacionais no estádio. Em apresentações de Paul McCartney[19] e Justin Bieber,[20] a operação do estádio foi aprovada por órgãos públicos, imprensa e fãs. Em 2012, houve show de Roger Waters[21] e o Rio Verão Festival.[22]
Por fim, ele ainda construiu um centro odontológico em 2011, para atender aos atletas profissionais do time, bem como os jogadores da base alvinegra.[23]
Em decorrência de crescentes dívidas e o não cumprimento de diversos compromissos financeiros, o Botafogo foi excluído do Ato Trabalhista em 2013, durante a gestão de Assumpção, por ocultar receitas -- tendo, por consequência, 100% das suas receitas retidas.[24] Em agosto de 2014, o clube mantinha um permanente atraso de três meses de salário e cinco meses de direito de imagem, a todo o elenco do futebol.[25] Também nessa ocasião, Assumpção confessa[26] o não pagamento de impostos durante um período de oito meses. As dívidas do clube triplicaram no período de sua presidência, saltando de R$ 230 milhões para R$ 700 milhões ao fim de seus quase seis anos à frente do Botafogo.[27][28] Chegando ao final do ano de 2014, após o segundo rebaixamento do time, ele deixa a presidência do clube, além de conseguir 5% do dinheiro de todo o patrocínio pago pela empresa Viton 44, dona das marcas Guaravita, Guaraviton e Carioquinha, que patrocinou o time de 2010 até o fim daquele ano.[29] Mesmo com a conquista do Campeonato Carioca em 2010 sobre o Flamengo, a volta da convocação de um jogador do time para a seleção brasileira após 16 anos - o goleiro Jefferson,[30] a volta do time à Libertadores após 17 anos[31] e a badalada contratação do holandês Clarence Seedorf,[32] a gestão de Maurício Assumpção é considerada por muitos como a pior da história do Botafogo.[33]
Em agosto de 2016, Maurício foi expulso do quadro social do clube, com base em acusações de improbidade administrativa, prejuízo ao patrimônio do clube, favorecimento a amigos e empréstimo sem destino especificado, entre outras.[34] Assumpção foi reintegrado ao quadro de sócios do Botafogo dois meses antes de sua morte.[35]
No dia 6 de junho de 2023, foi confirmada a morte de Mauricio Assumpção, devido a um câncer no sistema linfático.[36]
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