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Substância cinzenta, matéria cinzenta ou massa cinzenta é um importante componente do sistema nervoso central, consistindo de corpos de células nervosas, células da glia (astroglia e oligodendrócitos), capilares, axônios e dendritos. A substância cinzenta contém o corpo celular do neurônio, em contraste com a substância branca, a qual não contém e, em sua maioria, contém tratos de axônios mielíticos. A diferença de cores provém principalmente da brancura da mielina. Em tecidos vivos, na prática, a substância cinzenta tem uma cor mais cinza-amarronzada, a qual vem dos vasos sanguíneos capilares e dos corpos celulares dos neurônios.
A substância cinzenta é composta de corpos celulares de neurônios, e é responsável por interpretar os impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsos e coordenar atividades musculares e reflexos. A substância cinzenta inclui regiões do cérebro envolvidas no controle muscular, percepção sensorial - como visão e audição, memória, emoções e fala.
A substância cinzenta está distribuída na superfície dos hemisférios cerebrais e do cerebelo, assim como nas profundidades do cérebro, do cerebelo, da haste cerebral e da substância cinzenta espinhal. Agrupamentos de corpos celulares no encéfalo e na medula espinal são conhecidos como núcleos, em geral, sendo identificados nomes específicos, como núcleo geniculado lateral, onde a informação é processada.
Correlações significativas e positivas têm sido encontradas entre o volume de substância cinzenta em idosos e medições de memória curta e semântica. Nenhuma correlação significativa foi encontrada com o volume da substância branca. Esses resultados sugerem que a variação individual em funções cognitivas específicas que são relativamente bem preservadas com o envelhecimento é justificada pela variação do volume de substância cinzenta em idosos saudáveis.[1]
Algumas diferenças estruturais na substância cinzenta têm sido relacionadas com transtornos psiquiátricos. Não houve diferença na totalidade da substância cinzenta entre pacientes com transtorno bipolar tipo I e saudáveis. Pessoas com transtorno bipolar tipo I tiveram menores volumes no lóbulo parietal inferior esquerdo, giro temporal superior direito, giro frontal médio direito e caudato esquerdo. Somente o volume no giro médio direito foi correlacionado com a duração da doença e o número de episódios em pacientes.[2]
Fumantes mais velhos perdem substância cinzenta e função cognitiva numa velocidade maior do que não fumantes. Fumantes crônicos que abandonaram o cigarro durante o estudo perderam menos células nervosas e retiveram melhor função intelectual do que aqueles que continuaram a fumar.[3]
Adolescentes que foram vítimas de abuso e negligência parecem ter menor quantidade de substância cinzenta no cortex prefrontal.[4]
Um estudo conduzido por Simone Kühn e Jürgen Gallinat do Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano em Berlim, reuniu 64 homens com idades entre 21 a 45 anos. Os pesquisadores lhes questionam no que tange ao consumo semanal de pornografia e submeteram esses indivíduos a Imagem de ressonância magnética (MRI), logo foi apresentado a eles, imagens eróticas e, de acordo com os dados da ressonância magnética, os cientistas associaram o uso em horas da pornografia com a redução do volume de matéria cinzenta, além de prejuízo em uma área do cérebro associada ao sistema de recompensa. [5]
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