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Marobóduo (em latim: Maroboduus; c. 30 a.C. - 37 d.C.) foi rei dos marcomanos, povo germânico da Antiguidade, célebre por enfrentar militarmente os romanos.
Marobóduo | |
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Nascimento | 35 a.C. |
Morte | 37 Ravena |
Ocupação | chefe tribal |
Nascido em família nobre da tribo germânica dos marcomanos, Marobóduo viveu sua juventude na península Itálica, gozando dos favores do imperador Augusto.[1] Os marcomanos haviam sido derrotados fragorosamente pelos romanos em 10 a.C.; no ano seguinte Marobóduo retornou à Germânia e tornou-se o soberano daquele povo. Para lidar com a ameaça da expansão do Império Romano rumo à bacia dos rios Reno e Danúbio, levou o povo para a área conhecida posteriormente como Boêmia, para ficar fora do alcance da influência romana. Lá, assumiu o título de rei e organizou uma confederação de diversas tribos germânicas vizinhas.[2] Historicamente, foi o primeiro governante da Boêmia.
Augusto planejou, no ano 6 d.C., destruir o poderoso reino de Marobóduo, que era considerado muito perigoso pelos romanos. O imperador seguinte, Tibério, liderou doze legiões para atacar os marcomanos; porém o início da Grande Revolta Ilíria bem na retaguarda dos romanos, forçou Tibério a assinar um tratado de paz com Marobóduo e reconhecê-lo como rei.[3]
A rivalidade entre ele e Armínio, líder dos queruscos que infligiu a derrota devastadora aos romanos, liderados por Públio Quintílio Varo na batalha da Floresta de Teutoburgo, em 9 d.C., não permitiu um ataque conjunto aos territórios romanos além do Reno, liderados ao norte por Armínio e ao sul por Marobóduo. No entanto, de acordo com o historiador romano do primeiro século depois de Cristo, Marco Veleio Patérculo, Armínio teria enviado a cabeça de Varo para Marobóduo; o rei dos marcomanos, por sua vez, teria a enviado para Augusto.[4] Na guerra de vingança travada por Tibério e Germânico contra os queruscos, Marobóduo permaneceu neutro.
Em 17 d.C., após Armínio ter forçado os romanos a abandonarem seus esforços de conquistar o norte da Germânia, eclodiu a guerra entre Armínio e Marobóduo; após uma batalha sem vencedores, Marobóduo recuou para a Boêmia no ano seguinte.[5] No ano seguinte, Catualda, um nobre que havia sido exilado por Marobóduo, muito provavelmente - possivelmente apoiado pelos romanos - e derrotou Marobóduo. O rei deposto teve de fugir para a Itália, onde foi preso por Tibério e passou 18 anos em Ravena, onde morreu em 37.[6]
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