Maria Ana Leonor Guilhermina Josefa de Habsburgo (em alemão: Maria Anna Eleonore Wilhelmine Josepha; Viena, 18 de setembro de 1718 - Bruxelas, 16 de dezembro de 1744) foi Arquiduquesa da Áustria e princesa da Lorena, irmã mais nova da imperatriz Maria Teresa da Áustria.[1] Através do seu pai, Maria Ana era sobrinha de Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal.
Maria Ana | |
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Arquiduquesa da Áustria | |
Governadora dos Países Baixos Austríacos | |
Reinado | 24 de março de 1744 a 16 de dezembro de 1744 |
Antecessor(a) | Frederico Augusto de Schloss Rohrau |
Sucessor(a) | Carlos Alexandre de Lorena |
Nascimento | 18 de setembro de 1718 |
Palácio de Hofburg, Viena, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 16 de dezembro de 1744 (26 anos) |
Bruxelas, Países Baixos Austríacos, Sacro Império Romano-Germânico | |
Sepultado em | Cripta Imperial, Viena, Áustria |
Nome completo | |
Maria Anna Eleonore Wilhelmine Josepha von Österreich | |
Marido | Carlos Alexandre de Lorena |
Casa | Habsburgo (por nascimento) Lorena (por casamento) |
Pai | Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico |
Mãe | Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel |
Biografia
Maria Ana nasceu no Palácio Imperial de Hofburg, em Viena. Ela e Maria Teresa foram as únicas filhas sobreviventes do imperador Carlos VI, e de Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern. As duas irmãs foram criadas no Palácio Imperial de Hofburg, em Viena.
Durante sua juventude, ela conheceu seu futuro cunhado, Francisco Estêvão de Lorena, e o irmão mais novo deste, Carlos Alexandre de Lorena. Os dois príncipes estavam na Áustria para terem uma boa educação; a mãe deles, Isabel Carlota de Orleães, estava na França.
Em 1725, negociações com a rainha da Espanha, Isabel Farnésio, tiveram Maria Ana como possível esposa de Filipe I de Parma, que na época tinha apenas cinco anos de idade. Supunha-se que este arranjo estabilizasse as relações com a Espanha. Uma aliança entre a Espanha e a Áustria foi assinada em 30 de abril de 1725 e, deste modo, garantiu-se a Sanção Pragmática dos Habsburgos (que permitia o direito de Maria Teresa de suceder às terras de seu pai como sua filha mais velha), a qual foi declarada primeiramente em 1713. Baseado nos termos do tratado, a Monarquia de Habsburgo abdicava de todos os direitos ao trono espanhol. Também foi acordado que a Espanha invadiria Gibraltar com a ajuda dos austríacos. Apesar disto, a Guerra Anglo-Espanhola pôs fim às ambições de Isabel de Parma e, com o Tratado de Sevilha (9 de novembro de 1729), viu o abandono dos planos de casamento austro-espanhóis.
Maria Ana apaixonou-se por Carlos Alexandre de Lorena,[1] o irmão mais novo do esposo de Maria Teresa, Francisco Estêvão. Havia muita resistência a um casamento, não menos que o desejo de seu pai de um genro politicamente mais importante.
O futuro esposo de Maria Ana era seu primo-terceiro, ambos bisnetos do imperador Fernando III, através de dois de seus filhos, o imperador Leopoldo I e Leonor Maria da Áustria.
Foi só depois da morte de Carlos VI que Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern deu sua aprovação para o casamento, o qual foi concluído na Igreja de Santo Agostinho, em Viena, em 7 de janeiro de 1744. O casamento foi reconhecido por carta-patente assinada no dia seguinte após a cerimônia.
Semanas depois do matrimônio, o casal foi escolhido para serem governadores dos Países Baixos Austríacos em sucessão à arquiduquesa Maria Isabel, tia de Maria Ana, falecida em 1741. Eles deixaram Viena em 3 de fevereiro e chegaram a Westwezel em 24 de março, onde foram recebidos por Carlos Fernando de Königsegg-Erps, um membro do Conselho Supremo dos Países Baixos. O casal de príncipes foi saudado com muita celebração. Uma cerimônia fora organizada para sua chegada; esta incluía um Te Deum e muitos bailes e banquetes.
Eles passaram apenas um mês juntos nos Países Baixos, pois Carlos teve que participar da guerra contra o Reino da Prússia, enquanto que Maria Ana, grávida pela primeira vez, permaneceu em Bruxelas. Carlos partiu oficialmente em 4 de maio. Durante sua estadia em Bruxelas, Maria Ana foi assistida por um estadista austríaco, o conde Venceslau Antônio, Príncipe de Kaunitz-Rietberg.
Em outubro de 1744, no Palácio de Carlos Alexandre da Lorena, Maria Ana deu à luz uma criança natimorta; sem conseguir se restabelecer, ela faleceu em 16 de dezembro do mesmo ano, devido às consequências daquele parto difícil. Tanto o corpo dela quanto o de seu filho foram sepultados na Cripta Imperial de Viena. Carlos Alexandre não mais se casou e permaneceu no cargo de governador até sua morte, em 1780. Ele foi muito popular e faleceu em Bruxelas, como sua esposa.
Referências
- Whitehead, Maurice (2016). English Jesuit Education: Expulsion, Suppression, Survival and Restoration, 1762-1803 (em inglês). Abingdon-on-Thames: Routledge. p. 54. ISBN 9781317143055
- Levy, 122.
Bibliografia
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