Mare é um termo latino (em português, 'mar'; plural maria: 'mares') utilizado em exogeologia para designar diversas configurações morfológicas presentes na superfície da Lua e em Titã, o maior satélite natural de Saturno.

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Os principais mares lunares assinalados na face visível da Lua.

Essas configurações foram chamadas maria pelo astrônomo Michael Florent van Langren que as confundiu com verdadeiros mares e oceanos[1]. O termo foi escolhido em razão da cor escura que distingue essas regiões, contrastando com as áreas do seu entorno. Trata-se na verdade de uma vasta planície basáltica, cuja origem está ligada a antigas erupções de material incandescente que se seguiram ao impacto de asteroides e meteoritos particularmente maciços sobre a superfície da Lua. O maior albedo das montanhas lunares (formadas por rochas mais antigas) deve-se à presença de regolito, que reflete mais luz do que o basalto, formado pelo impacto de inúmeros micrometeoritos no curso du centenas de milhões de anos de história lunar. Esses impactos, devidos às altas temperatura e pressão, metamorfizam o anortosito (parte branca), criando basalto (rocha negra e motivo pelo qual a Lua tem manchas negras). Como a Lua não tem atmosfera, a erosão é mínima, e por esse motivo as crateras negras permanecem.

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No centro, o Mare Humboldtianum

Os mares lunares (em latim: maria lunarium; no singular, mare lunaris) cobrem cerca de 16% da superfície lunar, sendo que a maioria deles está na face visível da Lua. Os poucos existentes na face oculta são muito menores. A nomenclatura lunar (em latim) proposta pela União Astronômica Internacional também prevê, além dos maria, a presença de oceanos (oceanus (semelhantes aos maria, porém maiores) assim como lagos (lacus), pântanos (palus) e baías (sinus), sendo os três últimos muito menores que os mares, embora morfologicamente semelhantes.

Existem também algumas formações de albedo de Marte cujo nome inclui o termo mare: Mare Acidalium, Mare Australe, Mare Boreum, Mare Chronium, Mare Cimmerium, Mare Erythraeum, Mare Hadriacum, Mare Serpentis, Mare Sirenum, Mare Tyrrhenum.[2][3]

Ver também

Referências

  1. "Lune : un monde à nommer". Por Philippe Henarejos. Ciel & Espace, julho-agosto de 2009, nº 12 (especial), p.19
  2. Atlas of Mars. Kavücs, Budapest, 2009.
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