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Abu `Abd Allah al-'Ahmar al-Ghâlib Muhammed ben Isma`il ou Abu Sai`id Muhammed ben Isma`il, mais conhecido como Maomé VI (1332 – Sevilha, 25 de abril de 1362) foi o décimo rei nacérida de Granada, que reinou entre 28 de junho de 1360 e abril de 1362. Ascendeu ao trono após mandar assassinar o seu cunhado Ismail II. Foi alcunhado de al-'Ahmar ("o Ruivo" ou "o Carmesim") ou al-'Asmar ("o Castanho). A sua alcunha em castelhano era “el Bermejo” ("o Ruivo"), devido à cor do seu cabelo.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Janeiro de 2013) |
Maomé VI de Granada | |
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Emir ou rei de Granada | |
Brasão do Reino de Granada | |
Reinado | 28 de junho de 1360 — 1362 |
Antecessor(a) | Ismail II |
Sucessor(a) | Maomé V |
Nascimento | 1332 |
Morte | 25 de abril de 1362 (30 anos) |
Sevilha | |
Nome completo | |
أبو عبد الله الأحمر "الغالب" محمد بن إسماعيل Abu `Abd Allah al-'Ahmar al-Ghâlib Muhammed ben Isma`il ou Abu Sai`id Muhammed ben Isma`il | |
Dinastia | Nacéridas |
Abu `Abd Allah al-Ghalib Muhammed era um membro da família real nacérida, primo em segundo grau de Ismail II e de Maomé V. Pertencia a um ramo colateral dos nacéridas através da sua bisavó Fátima, filha de Maomé II de Granada (r. 1273–1302). Era casado com a filha mais velha de Iúçufe I e da sua segunda esposa, Míriam, que também era mãe de Ismail II (Maomé V era filho da primeira esposa de Iúçufe). Iúçufe IV de Granada, 16º emir de Granada entre 1431 e 1432, era filho duma filha de Maomé VI.
Em 1359, conspira com a sua sogra Míriam para derrubar Maomé V. A 21 de agosto, após escalarem as muralhas do palácio real da Alhambra apanhando desprevenida a guarda, uma centena de conspiradores assassinam o hájibe Abu an-Nur Radhwan e Maomé V põe-se em fuga para Guadix, de onde parte para o exílio para Fez, a capital dos Merínidas. Ismail II assume então o poder.
O reinado de Ismail II seria breve: dez meses depois de subir ao trono, a 28 de junho de 1360, Mohammed al-'Ahmar manda matar Ismail, os seus irmãos e os seus vizires, e usurpa o trono. Não tarda em provocar o descontentamento na corte e no povo de Granada devido à sua brutalidade, grosseria e nervosismo (os cronistas mouros descrevem Maomé VI como pouco educado e grosseiro nas suas maneiras e vestir).
No política externa, Maomé VI recusou pagar o tributo pago pelos seus antecessores a Castela e aliou-se ao Reino de Aragão, então em guerra com Castela. Trocou de embaixadores com Pedro IV de Aragão, "o Cerimonioso", inimigo de Pedro I de Castela, "o Cruel", este último aliado e reconhecido como suserano por Maomé V.
Quando se deu o golpe de estado que derrubou Maomé V, Pedro, o Cruel não pôde socorrê-lo devido à guerra civil que o opunha a Henrique de Trastâmara (futuro Henrique II de Castela), mas no início de 1362 já se encontrava em condições de ajudar o seu aliado a recuperar o poder. Em janeiro de 1362 uma incursão de tropas castelhanas em Guadix é derrotada e vários Castelhanos são feitos prisioneiros. Entretanto, Maomé V já tinha regressado à Andaluzia e tinha tomado o controlo de Málaga, Loja, Antequera, Velez e Alhama. No final de fevereiro ou início de março, Pedro, o Cruel e Maomé V encontram-se em Castro del Río e marcham sobre Granada. Maomé VI foge para Sevilha, onde acabaria morto por dois soldados de Pedro, o Cruel a 25 de abril de 1362. Maomé V torna-se novamente rei de Granada, retomando o que seria um dos reinados mais longos dos nacéridas.
Precedido por Ismail II |
Rei de Granada 1360-1362 |
Sucedido por Maomé V |
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