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Manuel Arruda da Câmara (Pombal, 1752 — Goiana, 2 de outubro de 1810) foi um cientista, médico e religioso brasileiro. Notabilizou-se como um dos grandes naturalistas do fim do século XVIII.[1]
Manuel Arruda Câmara | |
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Nascimento | 1752 Pombal, Capitania da Paraíba Brasil Colonial |
Morte | 2 de outubro de 1810 (58 anos) Goiana, Capitania de Pernambuco Brasil Colonial |
Alma mater | Universidade de Coimbra |
Campo(s) | botânica |
Arruda Câmara foi um dos fundadores da primeira loja maçônica do Brasil: o Areópago, em Itambé (Pernambuco).[2][3]
Filho de Francisco Arruda Câmara e de Maria Saraiva da Silva, Manuel Arruda da Câmara nasceu em Pombal, na então Capitania Geral de Pernambuco, em área que corresponde ao atual estado da Paraíba. Provinha de uma família de cristãos-novos - judeus convertidos ao cristianismo, a fim de evitar as perseguições da Inquisição.
Em 23 de novembro de 1783 professou a fé dos Carmelitas Calçados, no Convento de Goiana, em Pernambuco. Posteriormente, Arruda Câmara e seu irmão, Francisco Arruda da Câmara, viajaram à Europa, para fins de estudos. Lá formou-se em Filosofia Natural, pela Universidade de Coimbra. Mais tarde, recebeu o grau de doutor em Medicina pela Universidade de Montpellier, na França.
Retornou em 1793 a Pernambuco, estabeleceu-se em Goiana, tendo sido incumbido, pela Coroa portuguesa, de realizar diversos levantamentos naturais na região Nordeste do Brasil. Entre março de 1794 e setembro de 1795 empreendeu uma expedição mineralógica entre Pernambuco e Piauí, levantando a ocorrência de diversos minerais. Já entre dezembro de 1797 e julho de 1799 viajou entre a Paraíba e o Ceará. Também realizou viagens ao vale do rio São Francisco.
No conjunto dessas expedições científicas, realizou levantamentos mineralógicos, botânicos e zoológicos, por ele próprio sistematizados. Produziu escritos sobre agricultura e a flora de Pernambuco (Centúrias dos novos gêneros e espécies das plantas pernambucanas), os quais contêm desenhos feitos por ele e pelo Padre João Ribeiro.
Como maçom foi fundador do Areópago de Itambé, loja maçônica de tendência liberal, cujas ideias teriam influenciado a suposta Conspiração dos Suassunas (1801).[4]
Em sua homenagem há em João Pessoa, capital paraibana, um parque zoobotânico com seu nome, o Parque Arruda Câmara, popularmente conhecido como "Bica". Além disso, é também patrono de uma das cadeiras da Academia Paraibana de Letras.
É patrono da cadeira de número 2 da Academia Paraibana de Letras, que tem como fundador o médico Eugênio Carvalho.
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