Macus

Caçadores coletores da Amazônia Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Macus
 Nota: "Maku" redireciona para este artigo. Para a cidade iraniana, veja Macu (Azerbaijão Ocidental). Para o grupo linguístico, veja Línguas macus.

Os macus ou Maku são um conjunto de etnias indígenas caçadoras-coletoras pescadoras originarias da Amazônia brasileira e colombiana, que tinham uma forma de vida nómada no interior da floresta, dentro de seus respetivos territórios. Estas etnias se conhecem como Dâw, Hupdá, Iuhupde, Nadebe, Kãkwã e Nukak.[3]

Factos rápidos Maku, População total ...
Maku
População total

~3500

Regiões com população significativa
 Brasil (AM)2439[1]
 Colômbia979[2]
Línguas
Religiões
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Povos de língua macu

O termo, contudo, pode remeter ainda a um grupo indígena que habitava o estado brasileiro de Roraima e que se teria fundido com os iecuanas no século XX. Segundo Jorge Pozzobon (1955-2001) é comum na região a distinção entre os chamados "índios do rio", de fala tucano e Arawak, e os "índios do mato", de fala macu. Os cerca de três mil Maku (1999) se distribuem num território entre o Brasil e a Colômbia numa área de aproximadamente 20 milhões de hectares, onde se dispersam pelas manchas de floresta, limitada a noroeste pelo rio Guaviare (afluente colombianos do rio Orinoco), ao norte pelo rio Negro, ao sul pelo rio Japurá e a sudeste pelo rio Uneiuxi (afluente brasileiro do Negro).

Xamanismo

Possuem um sofisticado sistema etnomédico fundamentado numa cosmologia que divide o universo no "mundo das sombras" (de onde vêm os males e de onde vieram os brancos), a floresta (mundo em que vivemos) e o "mundo da luz". Os Xamãs curam através de reza realizada pelos "bididu" e através da extração do mal por meio de sucção feita pelos "homens-onça" (nyaam hupdu). (Pozzobon o.c.)

Conhecem e utilizam diversas plantas psicoativas em diversos rituais, diferentes segundo a etnia, a exemplo do Jurupari onde utilizam algumas variedades do caapi (carpi) e do ipadu ou patu com o qual preparam um pó misturando com as cinzas da embaúba e o Xenhet ou Epená, um pó vermelho feito da resina dos árvores do gênero Virola (os Hupda e Kãkwã distinguem duas espécies: Virola elongata e Epená)

Ver também

Referências

  1. Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 3 de outubro de 2019
  2. DANE (2019). Población Indígena de Colombia (PDF). Censo 2018. Bogotá: Departamento Nacional de Estadística, 16 de septiembre de 2019. Consultado em 3 de outubro de 2021
  3. Mahecha, Dany; Carlos Franky & Gabriel Cabrera (1996–1997). «Los Makú del Noroeste Amazónico». Revista Colombiana de Antropología (em espanhol). XXXIII. pp. 86–132

Bibliografia

Ligações externas

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