Mediunidade, ou canalização, é a prática de supostamente mediar a comunicação entre os espíritos dos mortos e pessoas vivas. Os praticantes são conhecidos como "médiuns".[1][2] Entre as formas mais conhecidas de mediunidade estão o transe, as mesas girantes e o tabuleiro ouija.
Apesar de ser uma crença disseminada pela maioria das sociedades ao longo da história humana, foi a partir do século XIX que a mediunidade começou a ser um objeto de intensa investigação científica. Investigações durante este período revelaram grande número de fraudes, com alguns praticantes empregando técnicas conhecidas de ilusionismo, e a prática começou a perder credibilidade.[3][4] Apesar de não haver consenso da comunidade científica acerca dos fenômenos mediúnicos,[5] a prática ainda é popular ao redor do mundo.[6]
Espiritualistas alegam que quando espíritos desejam comunicar-se, podem entrar em contato com a mente do médium ativo, e, assim, se comunicar por várias formas, como oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se fazendo visível ao médium (vidência). Também afirmam existir a mediunidade de psicometria, que consiste em um médium ler impressões e recordações pelo contato com objetos comuns; e a mediunidade de cura, que se refere ao alegado poder de curar ou aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece.[7][8]
Objeto de estudo da pseudociência da parapsicologia, o consenso científico atual não suporta as alegações deste e de outros supostos fenômenos paranormais.[9]
Ver também
Referências
- Webster M. Webster's Comprehensive Dictionary of the English Language. Naples: Trident Press International; 1996.
- Carroll, Bret E. (1997). Spiritualism in Antebellum America. (Religion in North America.). [S.l.]: Bloomington: Indiana University Press. 248 páginas. ISBN 0-253-33315-6
- Brandon, Ruth (1983). The Spiritualists: The Passion for the Occult in the Nineteenth and Twentieth Centuries. [S.l.]: Alfred E. Knopf. ISBN 978-0-394-52740-6
- Christopher, Milbourne (1979). Search for the Soul. [S.l.]: T. Y. Crowell. ISBN 978-0-690-01760-1
- Ensaio, Tubo de. «Tubo de Ensaio: Há vida após a morte? A ciência acredita que pode dizer algo a respeito». Gazeta do Povo. Consultado em 16 de maio de 2024
- Terence Hines. (2003). Pseudoscience and the Paranormal. Prometheus Books. ISBN 978-1-57392-979-0
- Dia, O. (23 de setembro de 2023). «Sou médium? | Além da Vida». O Dia. Consultado em 16 de maio de 2024
- joaobidu. «Mediunidade: treinamento, farsa ou dom?». Terra. Consultado em 16 de maio de 2024
Bibliografia
- MONROE, John W (2008). Laboratories of faith: mesmerism, spiritism, and occultism in modern France (em inglês). Ithaca: Cornell University Press. 293 páginas. ISBN 9780801445620. Consultado em 11 de Março de 2015
- Pigliucci, Massimo; Boudry, Maarten (eds.) (2013). «Goode, Erich. Paranormalism and Pseudoscience as Deviance». Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem (em inglês). Many observers refer to the field as a "pseudoscience". When mainstream scientists say that the field of parapsychology is not scientific, they mean that no satisfying naturalistic cause-and-effect explanation for these supposed effects has yet been proposed and that the field's experiments cannot be consistently replicated. 1 ed. Chicago: The University of Chicago Press. p. 145-163. ISBN 978-0-226-05182-6. Consultado em 19 de novembro de 2014
- Stoll, Sandra Jacqueline (2003). Espiritismo à Brasileira. São Paulo: EDUSP. ISBN 978-85-314-0807-5 Verifique
|isbn=
(ajuda). Consultado em 2 de agosto de 2015 - Tanner, Amy (1910). Studies in spiritism (em inglês). Nova Iorque: D. Appleton and Company. 461 páginas. Consultado em 2 de Agosto de 2015
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