Mário Melo
jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Mário Carneiro do Rego Mello[nota 1] (Recife, 5 de fevereiro de 1884 - 24 de maio de 1959)[2] foi um advogado, jornalista, historiador, geógrafo, filatelista, numismata, músico e político brasileiro.[3]
Mário Melo | |
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Nascimento | 5 de fevereiro de 1884 Recife |
Morte | 24 de maio de 1959 |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | jornalista |
Polêmico e inquieto são os melhores adjetivos que definem sua personalidade. Foi um ferrenho defensor da Torre Malakov, quando da tentativa de sua demolição.[2] Era um ferrenho defensor das coisas de sua terra, principalmente o folclore, o carnaval e o frevo[nota 2][1]
É interessante destacar que o trabalho desenvolvido pelo Mario Melo no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano foi tão representativo e importante que até hoje a diretoria desse órgão demonstra ser um capítulo expressivo na história dessa instituição. Mario Melo é considerado e reconhecido como um vigilante e constante estudioso da história de Pernambuco, das suas memórias e patrimônio público. Um dos trabalhos mais valiosos feito por ele e que pode ser destacado foi as comemorações do centenário da Confederação do Equador em 1924.
É uma personalidade tão presente que o próprio instituto reconheceu a sua grandeza e o declarou por muitos anos como Secretário Perpétuo do referido instituto. Vale salientar que por ser ele um devotado às manifestações culturais populares e pelo seu grande desejo em vê-las preservadas em sua autenticidade e tradicionalismo, livres das influências políticas e culturais trazidas pelo estrangeirismo e pela modernidade, foi um dos principais idealizadores da Federação Carnavalesca Pernambucana, criada em 1935, assumindo importante cargo nessa instituição.
Formação
Estudou em vários estabelecimentos de ensino de Campina Grande, Paudalho e Recife, incluindo o Ginásio Pernambucano. Estudou Direito na Faculdade de Direito do Recife.
Atuação profissional
- Telegrafista -Correios e Telégrafos[nota 3]
- Jornalista
Jornalista
Iniciou a atividade de jornalista no periódico O Álbum, de sua propriedade.[1]
Atuou depois nos seguintes periódicos:
- Correio do Recife
- Jornal Pequeno
- Diario de Pernambuco
- Jornal do Commercio (Recife)
- Folha do Povo
- O País
- Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro)
- O Estado de S. Paulo
- La Prensa (Buenos Aires - Argentina)
Pesquisador histórico, traçou sua trajetória jornalística permeando caminhos estreitos e rigorosos na pesquisa histórica.[6]
Participação em instituições culturais
Participou ativamente nas seguintes instituições:[1]
- Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco[4]
- Academia Pernambucana de Letras
- Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
- Associação de Imprensa de Pernambuco[nota 4]
- Sociedade de Geografia de Washington (Estados Unidos)
- Sociedade de Geografia de Lisboa (Portugal)
Participação na política
- Deputado estadual por Pernambuco, entre 1948 e 1950.[1]
Livros publicados
- A Maçonaria no Brasil (1909);
- A Maçonaria e a Revolução de 1817 (1912);
- Arquipélago de Fernando de Noronha (1916);
- Pau d´Alho: monografia histórico-geográfica (1918);
- A imprensa pernambucana em 1918 (1918);
- Rios de Pernambuco (1919);
- Ruas do Recife (1920);
- Oliveira Lima íntimo (1920);
- História da Loja Maçônica Seis de Março de 1817 (1921);
- Corografia de Pernambuco (1921);
- Esboço da literatura pernambucana (1922);
- Os Carnijós das Águas Belas (1929);
- Toponímia pernambucana (1931);
- Dentro da história (1931);
- Frei Caneca (1933);
- Aspectos da história (1935);
- Elementos da história do Brasil (1936);
- Aspectos de etnografia brasílica (1938);
- Como vi Portugal (1938);
- A Guerra dos Mascates (1941);
- Síntese cronológica de Pernambuco (1943);
- Onomástica pernambucana (1944);
- Relances da história (1956).
Notas
- Foi um de seus fundadores.
Referências
- Gaspar, Lúcia (2003). «Mário Melo». PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 29 de abril de 2023
- Ingrid Elihimas. «Mário Melo, o pivô da resistência». Resistência Malakov. Consultado em 29 de abril de 2023
- «Mário Melo - Um dos mais atuantes jornalistas brasileiros e o mais atuante de Pernambuco durante a sua época». UFPE. 24 de maio de 2020. Consultado em 29 de abril de 2023
- Amanda Cavalcanti (2017). «Cadê Mário Melo? : Um historiador do IAHGP pelas ruas do Recife». Unirio. Consultado em 29 de abril de 2023
- Lúcia Gaspar; Virgínia Barbosa (2012). «Mário Melo (1884-1959: uma bibliografia» (PDF). Fundação Joaquim Nabuco. Recife. Consultado em 29 de abril de 2023
- Amanda Cavalcanti (2016). «Mário Melo e suas histórias dentro da história». Intellectus. Consultado em 29 de abril de 2023
Ligações externas
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