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Filantropa brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Maria Lúcia da Silva Araújo, mais conhecida como Lucinha Araújo (Vassouras, 2 de agosto de 1936),[1][2][3] é uma filantropa e ex-cantora brasileira, fundadora, juntamente com o marido, o produtor musical João Araújo, da ONG Sociedade Viva Cazuza, criada após o falecimento do filho, o cantor Cazuza, vítima da AIDS. Lucinha também foi cantora e lançou o single "Como Se Fosse" em 1978, e os álbuns "Do Mesmo Verão" em 1980 e "Tal Qual Eu Sou" em 1982.
Lucinha Araújo | |
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Nome completo | Maria Lúcia da Silva Araújo |
Nascimento | 2 de agosto de 1936 (88 anos) Vassouras, RJ, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | João Araújo (c. 1957; v. 2013) |
Filho(a)(s) | Cazuza |
Ocupação |
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Maria Lúcia da Silva Araújo nasceu na cidade de Vassouras, no estado do Rio de Janeiro em 2 de agosto de 1936.[1][2] Filha do meio de Alice da Costa Torres e Thomaz Portella da Silva, ela tem mais duas irmãs.[2]
Lucinha conheceu seu primeiro namorado, o produtor musical João Araújo, enquanta passava férias em Vassouras.[2] Após quase cinco anos de namoro, eles se casaram em 16 de março de 1957 na Igreja de Santa Margarida Maria, no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro.[4] Em 4 de abril de 1958, nasceu o primeiro e único filho do casal, Agenor de Miranda Araújo Neto, apelidado como Cazuza.[5]
Lucinha teve uma curta carreira como cantora. Em 1978, foi lançado o single Como Se Fosse pelo selo RCA Especial, que contava com duas faixas; "Como Se Fosse" e "Neste Mesmo Lugar".[6] Em 1980 foi lançado pelo selo RCA Victor o primeiro LP de Lucinha, Do Mesmo Verão, com 10 faixas.[6] O segundo e último álbum de Lucinha, Tal Qual Eu Sou, foi lançado em 1982.[6] Lucinha também teve uma canção na trilha sonora da novela Água Viva de 1980, "Peito Vazio".[6]
Em 7 de julho de 1990, Cazuza morreu aos 32 anos vítima da AIDS.[5] No mesmo ano, Lucinha e o marido João fundaram a ONG Sociedade Viva Cazuza para dar assistência a crianças e adolescentes carentes portadores do vírus da AIDS.[7]
Em 1997, foi publicada a biografia Cazuza: Só as Mães São Felizes, escrita por Regina Echeverria através de histórias narradas por Lucinha.[8] Em 2001, foi publicado o livro Cazuza: Preciso Dizer que Te Amo, também escrito por Regina Echeverria em colaboração com o jornalista Mauro Ferreira a partir de material cedido a ela por Lucinha.[9]
A cinebiografia Cazuza - O Tempo Não Para, baseada no livro "Só as Mães São Felizes", foi lançada em 2004. No filme, Lucinha foi interpretada pela atriz Marieta Severo.[10] Cazuza costumava dizer que a atriz era parecida com sua mãe.[11] Lucinha também apareceu brevemente no filme jogando uma rosa no palco na cena em que Cazuza (interpretado por Daniel de Oliveira) canta a canção-título.[12]
Em outubro de 2004, Lucinha recebeu o Prêmio Unesco de Cidadania por seu trabalho com a Sociedade Viva Cazuza.[13]
Em 2011 foi lançado o livro O Tempo Não Para – Viva Cazuza, escrito por Lucinha, que reúne histórias de crianças atendidas pela Sociedade Viva Cazuza e depoimentos de pessoas que fizeram parte da vida do cantor, como Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Frejat, Ezequiel Neves, Nilo Romero e George Israel.[14]
Após 56 anos de casamento, Lucinha ficou viúva quando seu marido, o produtor musical João Araújo morreu vítima de um infarto aos 78 anos em 30 de novembro de 2013.[15]
Em 2018, Lucinha foi homenageada no prêmio Trip Transformadores da Revista Trip.[16]
Em 15 de outubro de 2020, a filantropa anunciou o fim das atividades da Sociedade Viva Cazuza — que oficialmente se encerrou em dezembro daquele ano —, e deu, à Prefeitura do Rio de Janeiro, a casa que abrigava a instituição.[17]
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