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Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota (em alemão: Ludwig August Maria Eudes von Sachsen-Coburg und Gotha; Eu, 9 de agosto de 1845 – Karlsbad, 14 de setembro de 1907), foi um príncipe alemão da Casa de Saxe-Coburgo-Gota, Oficial da Marinha Austro-Húngara e Almirante da Marinha Imperial Brasileira, marido da princesa Leopoldina do Brasil, filha do imperador Dom Pedro II.
Luís Augusto | |
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Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota Duque de Saxe | |
Nascimento | 9 de agosto de 1845 |
Castelo d'Eu, Eu, França | |
Morte | 14 de setembro de 1907 (62 anos) |
Karlsbad, Boêmia, Áustria-Hungria | |
Sepultado em | St. Augustinkirche, Coburgo |
Nome completo | Luís Augusto Maria Eudes |
Cônjuge | Leopoldina do Brasil |
Descendência | Pedro Augusto, Príncipe de Koháry Augusto Leopoldo de Saxe José Fernando de Saxe Luís Gastão de Saxe |
Casa | Saxe-Coburgo-Koháry |
Pai | Augusto, Príncipe de Koháry |
Mãe | Clementina de Orléans |
Religião | Catolicismo |
Após passar a infância entre França, Bélgica, Alemanha e Império Austro-Húngaro, Augusto ingressou na marinha austro-húngara, em 1861, aos dezesseis anos de idade. Dois anos depois, em 1863, ele e seu irmão, Fernando Felipe, foram indicados pelas representações das potências europeias como herdeiros de seu tio Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota, no plebiscito que elegeria o novo rei da Grécia, vago em virtude da deposição de Oto, no ano anterior. Entretanto o projeto fracassou e Augusto continuou sua carreira na marinha, participando da Guerra dos Ducados do Elba, em 1864.
Poucos meses após o conflito, a vida do príncipe tomou um rumo diferente. Sua família, pretendendo casá-lo com a Princesa Isabel, herdeira do trono do Império do Brasil, enviou-o em viagem para conhecer a jovem. Para desespero dos Saxe-Coburgo, Augusto casou-se com a princesa Leopoldina, irmã mais nova de Isabel, em 15 de dezembro de 1864. Nomeado almirante da Marinha Imperial, participou com seu sogro, o imperador dom Pedro II, da Guerra do Paraguai (1864-1870). Com a vitória brasileira ele e sua esposa, que já havia dado à luz três filhos, fizeram várias viagens à Europa, onde Leopoldina morreu em 1871. O príncipe, então, decidiu instalar-se definitivamente na Áustria, confiando a criação de seus dois filhos mais velhos - à época herdeiros presuntivos à coroa do Brasil devido à falta de filhos da princesa Isabel - aos sogros.
Livre da responsabilidade de criar e educar dois possíveis herdeiros do Império, dedicou a maior parte de seu tempo à caça, sua grande paixão. Seus últimos anos foram marcados pela morte de um de seus filhos mais novos, pela queda da monarquia constitucional no Brasil e pela loucura de seu filho mais velho, internado em 1891. Augusto morreu poucos meses depois de sua mãe, a princesa Clementina de Orléans, em 1907.
Segundo filho do príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e da princesa Clementina de Orléans, Augusto nasceu no Chateau d'Eu, na França, onde sua mãe optou por dar à luz seus filhos.[1][2] Seus padrinhos de batismo foram seu tio materno, o Luís de Orléans, Duque de Nemours, e sua tia-avó paterna, a Duquesa de Saxe-Coburgo-Gota.[3] Seus avós paternos foram o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e a princesa Maria Antônia de Koháry[4] e seus avós maternos foram o rei Luís Filipe I da França e Maria Amélia de Nápoles e Sicília.[5] Foi sobrinho do rei Fernando II de Portugal (consorte da rainha dona Maria II),[4] primo do Conde d'Eu e irmão do czar Fernando I da Bulgária.[5]
Ainda criança excursionou pela Europa, passando sua infância entre França, Bélgica, o Ducado de Saxe-Coburgo-Gota e o Império Austro-Húngaro.[6] Durante uma de suas viagens à França, o jovem príncipe presencia a Revolução de 1848, que pôs fim à monarquia e forçou sua família a fugir para o Reino Unido.[7]
Ao contrário do costume da época, Augusto e Clementina encarregaram-se pessoalmente da criação dos filhos, sendo descritos como muito atenciosos.[8] Seu pai iniciou-o nas artes da caça, que tornou-se uma das grandes paixões do príncipe na idade adulta.[9]
A educação do príncipe ficou a cargo de preceptores,[10] mas seu progresso era monitorado por professores da Escola de Schatten, em Viena. Fascinado pelo mar e pelos navios, o jovem desejava seguir carreira na Marinha. Aos quinze anos de idade, seus pais matricularam-no no curso preparatório para que ele pudesse ingressar na escola de marinha austríaca, no ano seguinte.[11]
Em outubro de 1861, Augusto foi aprovado no exame de admissão para a Academia Naval, sendo nomeado aluno da primeira classe. Em seguida, partiu para Trieste para dar início ao seu treinamento.[12]
Em 1863, Augusto encontrava-se a bordo da fragata Novara quando seu nome e o de seu irmão Fernando Felipe foram cogitados pelas potências europeias na questão do plebiscito que escolheria o novo rei da Grécia. Seu tio, o Ernesto II, era um dos potenciais candidatos ao trono do deposto Oto e, por não ter filhos, considerou-se nomear um de seus sobrinhos mais velhos como seu herdeiro presuntivo.[13]
No entanto, o duque de Saxe-Coburgo-Gota impõe uma série de condições para aceitar a coroa e, diante da recusa das grandes potências em satisfazer suas exigências, Ernesto foi forçado a desistir do trono grego. Por outro lado, os pais de Augusto e Fernando consideraram inaceitável que seus filhos, membros do ramo católico Saxe-Coburgo-Koháry, se convertessem à fé Ortodoxa Grega em troca de ocupar um trono estrangeiro. Finalmente, em junho de 1863, o príncipe Jorge da Dinamarca foi eleito rei da Grécia.[13]
Em fevereiro de 1864, Augusto foi aprovado no exame para oficial da Marinha,[14] sendo promovido a segundo-tenente.[15] A bordo do Elizabeth, toma parte da Guerra dos Ducados, em que tropas austro-húngaras e prussianas lutaram contra a Dinamarca pela posse dos Ducados de Schleswig e Holstein.[16] A experiência bem sucedida rendeu ao príncipe várias condecorações concedidas pelo Império Austro-Húngaro e pelo Reino da Prússia.[17]
No início de 1860, o imperador dom Pedro II do Brasil, que não tinha herdeiros masculinos, procurava casar suas filhas Isabel e Leopoldina, para garantir sua sucessão. Voltando-se para as cortes europeias pediu à sua irmã, D. Francisca de Bragança, Princesa de Joinville, e ao cunhado auxílio para encontrar dois jovens príncipes que pudessem desposar suas filhas. De todos os nomes disponíveis, dom Pedro escolheu seu sobrinho, o príncipe Pedro de Orléans, Duque de Penthièvre, e o príncipe Filipe da Bélgica, Conde de Flandres (filho do rei Leopoldo I da Bélgica). Entretanto, os dois jovens recusaram a proposta e a escolha do imperador finalmente recai sobre o príncipe Augusto e seu primo, Gastão de Orléans, Conde d'Eu.[18][19]
Ao contrário de seus primos, Gastão e Augusto aceitam a proposta de casamento. Além disso, os Saxe-Coburgo animaram-se em imaginar um de seus descendentes desposando a filha mais velha do imperador e assumindo o trono do Brasil. Entretanto, dom Pedro II recusa-se categoricamente a casar as princesas sem que estas possam opinar sobre os pretendentes. Ele então impõe como condição aos matrimônios uma visita prévia dos príncipes ao Brasil para conhecer a família imperial.[20] Após muita procrastinação, Augusto e Gastão embarcam em Lisboa em agosto de 1864, chegando ao Rio de Janeiro em 2 de setembro. No mesmo dia, reuniram-se à família imperial no Palácio de São Cristóvão e conheceram as duas princesas. Outras reuniões foram realizadas nos dias que se seguiram, até que dom Pedro informasse aos príncipes que a princesa Isabel escolhera o conde d'Eu para seu marido e que a princesa Leopoldina escolhera Augusto.[21][22][23]
Enquanto na Europa os Saxe-Coburgo estavam decepcionados com a escolha da Princesa Imperial, Augusto - a quem a noiva passou a tratar carinhosamente como Gusty - sentia-se aliviado. Jovem e ambicioso mas, ao mesmo tempo, amante da vida mundana, ele não escondeu sua alegria com a perspectiva de voltar ao velho continente e livrar-se do papel ingrato de príncipe consorte.[24] O noivado de ambos os casais ocorreu em 18 de setembro. O casamento de dona Isabel e o conde d'Eu foi celebrado em 15 de outubro e o de dona Leopoldina e Augusto em 8 de dezembro de 1864.[25][26]
Em 18 de fevereiro de 1865, o casal assina um contrato no qual se compromete a residir parte do ano no Brasil e, caso dona Leopoldina engravidasse antes da irmã, que seus filhos nasceriam em território brasileiro.[27] Em troca, receberiam uma subvenção do governo imperial, no período em que estivessem no Brasil.[27] Os Saxe-Coburgo-Koháry comprometeram-se a acrescentar um milhão de francos ao patrimônio do príncipe, que já recebia uma pensão mensal de sua família para manutenção do casal.[27][28]
Após seu casamento, Augusto recebeu o posto de almirante da Armada Imperial e tornou-se grã-cruz de todas os ordens imperiais.[15][29][30]
Em maio de 1865 eclode a Guerra do Paraguai, unindo Brasil, Argentina e Uruguai contra o ditador paraguaio Francisco Solano López. Disposto a atuar na defesa de sua nova pátria, o príncipe participou do conflito ao lado de seu sogro e de seu cunhado.[31] Durante a campanha ele passou mais de 500 horas montado a cavalo, a maior parte delas galopando, comportamento combativo que muito satisfez o imperador. Ainda assim, o príncipe era mais dado aos prazeres que ao trabalho e o monarca logo percebeu que a personalidade encantadora do genro escondia uma grande dose de inconstância.[32][33]
Após a Rendição de Uruguaiana, em 18 de setembro de 1865,[15] a guerra se define favoravelmente à Tríplice Aliança e Pedro II, Augusto e o conde d'Eu deixam o teatro de operações, retornando ao Rio de Janeiro.[34]
De volta do front, Augusto instala-se com sua esposa no Palácio Leopoldina, nos arredores do Palácio de São Cristóvão. Naquela época, o relacionamento do casal com a princesa Isabel e seu marido, apesar de cordial, não era muito próximo.[35] As relações eram mais complicadas com o imperador, que temia as ambições da Casa de Saxe-Coburgo-Gota[36] e considerava seu genro demasiadamente superficial.[33][37] Tal sentimento também parecia ser compartilhado por muitos brasileiros. O visconde de Taunay, político e escritor, descreveu Augusto como um homem completamente indiferente ao seu novo país, interessando-se apenas pela caça e pelos prazeres da Europa.[38]
Em 19 de março de 1866, a princesa Leopoldina deu à luz seu primeiro filho, um menino chamado Pedro em homenagem ao seu avô materno. Poucas semanas depois, em 9 de maio, eles embarcariam para a Europa, onde visitaram familiares de Augusto no Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Áustria.[39]
O retorno do príncipe para Viena coincidiu com a eclosão da Guerra Austro-Prussiana, que resultaria na derrota dos Habsburgo na Batalha de Königgrätz. Para escapar do conflito e suas possíveis consequências, Augusto e sua família seguiram para a Hungria, onde os Saxe-Coburgo-Koháry possuiam vastos domínios.[40]
Com a restauração da paz, o príncipe pôde reencontrar seus pais e manifestar seu desejo de se estabelecer permanentemente na Áustria. Porém, a nova gravidez de dona Leopoldina o obrigou a retornar ao Brasil em julho de 1867.[41]
Em 6 de dezembro de 1867, dona Leopoldina deu à luz seu segundo filho, um menino chamado Augusto, como seu pai e seu avô paterno.[41] O terceiro filho, José, viria dois anos depois, em 21 de maio de 1869.[42] Enquanto isso, a Princesa Imperial ainda não havia gerado nenhum herdeiro, o que colocava os Saxe-Coburgo-Koháry no topo da linha de sucessão ao trono do Império.[41]
No final de 1869, Augusto e sua família retornam à Europa e, quando descobrem que Leopoldina está novamente grávida, no início de 1870, decidem não voltar para o Brasil. Assim, em 15 de setembro, nasce Luís, quarto e último filho do casal, no Castelo de Ebenthal, na Baixa Áustria. No entanto, o nascimento da criança não foi tão celebrado quanto os demais, pois dona Leopoldina contraiu febre tifóide poucas semanas após o parto, morrendo em 7 de fevereiro de 1871.[42]
Viúvo, o príncipe Augusto decide instalar-se definitivamente na Áustria. Apesar disso, manteve os laços com o país de sua esposa, mantendo os cargos de presidente do Conselho Supremo da Marinha Imperial e de presidente honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Até a queda da monarquia em 1889, o príncipe viajaria várias vezes ao Brasil.[43][44]
Dom Pedro II aceita a decisão do genro, mas pede a ele a guarda de seus netos para criá-los como seus possíveis herdeiros. Um conselho de família decidiu que os dois filhos mais velhos do príncipe, dom Pedro Augusto e dom Augusto Leopoldo, deveriam ser criados pela Família Imperial, enquanto os dois mais novos ficariam sob a guarda do pai.[45] Para que a separação não fosse traumática para as crianças, Augusto acompanhou-os em sua viagem ao Brasil, em março de 1872, entregando-os aos cuidados dos avós maternos.[46]
De volta à Áustria, Augusto passa a viver com seus pais, e sua mãe, Clementina de Orléans, substitui dona Leopoldina na educação de seus filhos. Livre da maior parte de suas funções oficiais, o príncipe dedica-se à caça com paixão. O recorde mundial de caça à Camurça ainda pertence a ele, que abateu 3.412 animais em suas caçadas.[43] Também passou a viajar regularmente a Paris, onde passava longas temporadas na companhia de belas jovens.[43]
Augusto também empreendeu viagens ao redor do mundo. Em julho de 1872 iniciou, com seu irmão Fernando Filipe, uma turnê que durou nove meses e o levou a lugares como a Índia e as ilhas do Havaí.[47] Em 1876 foi caçar nos Estados Unidos, onde reencontrou seus sogros. Em 1879, visitou o Brasil juntamente com outro irmão, o futuro Fernando I da Bulgária e, e em 1882, foi para a África para uma nova expedição de caça.[48]
O príncipe também realizou algumas missões a serviço de dom Pedro II, como presidir a representação brasileira na Exposição Universal de Viena, em 1873.[44][49]
Em agosto de 1888, o príncipe José, seu terceiro filho, morre de pneumonia na Academia Militar de Wiener Neustadt, próximo a Viena, aos dezenove anos de idade.[50] Augusto ficou arrasado e sua mãe fez inúmeros esforços para confortá-lo. Entretanto, este não foi o único infortúnio a afetar os filhos do príncipe.[51]
Desde 1875, dom Pedro Augusto e dom Augusto Leopoldo foram preteridos na sucessão ao trono brasileiro. Após vários anos de aparente esterilidade, a Princesa Imperial finalmente deu à luz três filhos: dom Pedro de Alcântara (1875), dom Luís (1878) e dom Antonio (1881), primeiros representantes da dinastia de Orléans e Bragança.[52] Apesar disso, os dois filhos de dona Leopoldina continuaram vivendo com os avós no Brasil. Dom Augusto Leopoldo, a exemplo de seu pai, ingressou na Marinha Imperial - onde chegou a segundo-tenente[53]-, enquanto dom Pedro Augusto cursou a Escola Polytechnica.[54]
Com a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, toda a família imperial é forçada a partir para o exílio.[55] Durante a travessia do Atlântico, dom Pedro Augusto, um dos mais afetados pelos acontecimentos, apresentou os primeiros sintomas dos distúrbios mentais que o acompanhariam até o fim da vida. Ao tentar esganar o capitão do navio, o príncipe foi detido e isolado em sua cabine, onde foi acometido de delírios persecutórios. Seu irmão, que encontrava-se a bordo do Cruzador Almirante Barroso em viagem com a armada imperial, foi deixado em Colombo, no Ceilão, tão logo tomou-se conhecimento do golpe de Estado, levando várias semanas para juntar-se à família na Europa.[56][57][58]
Em janeiro de 1891, dom Augusto Leopoldo consegue, por intermédio de seu pai, permissão do imperador Francisco José I para ingressar na Marinha Austro-Húngara.[59][60] Tendo resolvido a colocação de seu segundo filho, Augusto envia dom Pedro Augusto em uma viagem pela Europa, a fim de fazê-lo esquecer os acontecimentos no Brasil. No entanto, o príncipe mostra-se o tempo todo muito preocupado com a situação política no antigo império.[60]
Em 1 de dezembro de 1891, dom Pedro II morre em Paris, abalando profundamente seu neto mais velho. Já desorientado pela queda do Império do Brasil, dom Pedro Augusto afunda em depressão e tenta o suicídio. Perante esta situação, seu pai decide interná-lo num sanatório,[61] onde permaneceu até sua morte, em 1934.[62]
Após a queda do império, Augusto foi reintegrado à Marinha Austro-Húngara. No entanto, passou a dividir a maior parte de seu tempo entre sua propriedade em Schladming, nos Alpes austríacos, e Paris, onde tentava esquecer sua condição de viúvo.[63] No restante do tempo, continuava a praticar a caça e passou a colecionar relógios.[15][63] Também viajou para outros lugares, como a Bulgária,[64] onde seu irmão mais novo, Fernando, havia sido eleito czar em 1887.[65]
Em 16 de fevereiro de 1907, Clementina de Orléans morre em Viena, aos 90 anos de idade.[64] Bastante abalado pela perda de sua mãe, Augusto morreu poucos meses depois, em 14 de setembro, em Karlsbad. De acordo com seu último desejo, seu coração foi embalsamado e depositado em uma urna de ouro de Minas Gerais.[44] Quanto ao seu corpo, foi vestido com a farda de almirante da Marinha do Brasil e enterrado ao lado de sua esposa,[44] na cripta da St. Augustinkirche, em Coburgo.[43][66]
Somente seus dois filhos mais novos permaneceram com a nacionalidade alemã, os mais velhos ficaram com nacionalidade brasileira.[67][68] Os descendentes de Augusto Leopoldo formam o ramo de Saxe-Coburgo e Bragança.[69][70]
Nome | Foto | Nascimento | Falecimento | Notas |
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Pedro | 1866 | 1934 | Príncipe do Brasil e de Saxe-Coburgo-Gota. Começou a apresentar distúrbios mentais logo após o banimento da família imperial brasileira em decorrência da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Morreu em um hospício nos arredores de Viena. | |
Augusto | 1867 | 1922 | Príncipe do Brasil e de Saxe-Coburgo-Gota. Casado (1894) com a arquiduquesa Carolina de Áustria-Toscana, com descendência. | |
José | 1869 | 1888 | Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota. Não se casou. | |
Luís | 1870 | 1942 | Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota. Casado em primeiras núpcias (1900) com Matilde da Baviera e, em segundas núpcias (1907), com Ana de Trauttmansdorff-Weinsberg. Ambas as uniões geraram descendência. |
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