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empresa dos Estados Unidos de informática Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A International Business Machines Corporation (em tradução livre: Corporação Internacional de Máquinas de Negócios, sigla: IBM) é uma empresa dos Estados Unidos voltada para a área de informática.
IBM | |
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Sede da IBM em Armonk | |
Razão social | International Business Machines Corporation |
Nome(s) anterior(es) | Computing-Tabulating- Recording Company (1911–1924) |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | |
Atividade | Computação |
Fundação | 16 de junho de 1911 (113 anos) |
Fundador(es) | Charles Ranlett Flint Thomas John Watson |
Sede | Armonk, Nova Iorque, Estados Unidos |
Presidente | Jim Whitehurst |
Pessoas-chave | Arvind Krishna (CEO e Presidente) |
Empregados | 282 100 (2021)[1] |
Ativos | US$ 132.00 bilhões (2021)[2] |
Lucro | US$ 5.74 bilhões (2021)[2] |
LAJIR | US$ 6.86 bilhões (2021)[2] |
Faturamento | US$ 57.35 bilhões (2021)[2] |
Significado da sigla |
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Website oficial | ibm.com |
A empresa é uma das poucas na área de tecnologia da informação (TI) com uma história contínua que remonta ao século XIX. A IBM fabrica e vende hardware e software, oferece serviços de infraestrutura, serviços de hospedagem e serviços de consultoria nas áreas que vão desde computadores de grande porte até a nanotecnologia. Foi apelidada de "Big Blue" por adotar o azul como sua cor corporativa oficial, em português "Grande Azul".
Com mais de 398 455 colaboradores em todo o mundo, a IBM é a maior empresa da área de TI no mundo. A IBM detém mais patentes do que qualquer outra empresa americana baseada em tecnologia e tem 15 laboratórios de pesquisa no mundo inteiro. A empresa possui cientistas, engenheiros, consultores e profissionais de vendas em mais de 150 países. Funcionários da IBM já ganharam cinco prêmios Nobel, quatro Prêmios Turing (conhecido como o Nobel da computação), dentre vários outros prêmios.[3]
Herman Hollerith, um inventor de diversas máquinas elétricas para a soma e contagem de dados que eram representados sob a forma de fitas de papel perfuradas. Através dessas perfurações, os dados que elas representavam podiam ser computados de uma forma rápida e automática, através de circuitos elétricos. Com esse processo, os Estados Unidos puderam acompanhar de perto o crescimento de sua população. Os resultados do censo de 1890 foram fornecidos três anos depois, economizando-se vários anos de trabalho.
Em 1896, Hollerith criou a Tabulating Machine Company e introduziu inovações em sua descoberta: a fita de papel foi substituída por cartões. Estes viriam a ser o elemento básico das máquinas IBM de processamento de dados de algumas décadas atrás. Já em 1911, duas outras companhias, a Internacional Time Recorde Co. (de registradores mecânicos de tempo), e a Computing Cale Co. (de instrumentos de aferição de peso), uniram-se a ela, por sugestão do negociante e banqueiro Charles R. Flint, formando-se então a Computing Tabulating Recording Co - a CTR.
Três anos mais tarde, em 1914, Thomas J. Watson (líder industrial que foi um dos homens mais ricos do seu tempo) assumiu a presidência da organização e estabeleceu normas de trabalho absolutamente inovadoras para a época. Naquele tempo, a CTR contava com menos de 1 400 funcionários e as constantes pesquisas de engenharia resultaram na criação e no aperfeiçoamento de novas máquinas de contabilidade, exigidas pelo rápido desenvolvimento industrial. Antes do ano de 1924, aquele pequeno grupo de homens havia aumentado e diversificado muito sua experiência. Os produtos ganharam maior qualidade, surgiram novas máquinas e com elas novos escritórios de vendas e mais vendedores.
Em fevereiro de 1924 a CTR muda seu nome para INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES, hoje mundialmente conhecida pelo seu acrônimo, IBM.
No início do século XX, a IBM era a única empresa do mundo que dispunha da tecnologia de cartões perfurados, aplicado em quase todas as áreas que utilizavam máquinas para cadastro, identificação, arquivo e regulação de informações. O equipamento desenvolvido pela IBM foi também utilizado para fins menos nobres durante o período da 2ª Guerra Mundial, quando o Terceiro Reich firmou uma parceria com a empresa para automatizar o sistema de identificação,[4] controle e transferência de prisioneiros, segundo o jornalista Edwin Black no seu livro “Nazi Nexus: America's Corporate Connections to Hitler's Holocaust”, de 2009. Os serviços prestados pela IBM ao governo alemão rendeu o equivalente a US$ 200 milhões. O número de identificação tatuado no braço dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz relacionava-se ao número de cartão perfurado dos registros da IBM.[5]
Em consequência do constante e rápido desenvolvimento, a International Business Machines Corporation criou em 1949 a IBM World Trade Corporation, uma subsidiária inteiramente independente, cujo objetivo era aumentar vendas, serviços e produção fora dos Estados Unidos.
As fábricas e laboratórios da IBM funcionam em 15 diferentes países. Essas fábricas estão integradas aos laboratórios de desenvolvimento na França, Alemanha, Espanha, Itália, Holanda, Suécia, Inglaterra, Brasil, Argentina, Colômbia, México, Canadá, Austrália e Japão.[6]
A IBM é uma das principais empresas que investe em pesquisa e desenvolvimento mantendo-se na liderança do ranking de publicação de patentes há 16 anos consecutivos - a IBM publicou 4 914 patentes norte-americanas em 2009, estabelecendo um recorde histórico para a "Big Blue", mantendo sua liderança contra competidores como a Samsung (3 611 patentes) e a Microsoft (2 906 patentes).
Nos últimos anos, a IBM transformou completamente seu modelo de negócio. A empresa se desfez de várias atividades que já tinham se transformado em "commodities", como os segmentos de PCs e impressoras, e ampliou os investimentos nas áreas de prestação de serviços, que possuem um superior valor agregado, como consultoria, informação sob demanda e serviços. Em 2005, sua divisão de PCs foi vendida para a empresa chinesa Lenovo.[7]
A IBM Brasil (Indústria, Máquinas e Serviços Ltda.) é uma das subsidiárias da IBM World Trade Corporation.
Em 1917, a IBM surgiu no Brasil, ainda funcionando com o nome de Computing, Tabulating & Recording Company (CTR). O Brasil foi o primeiro país do mundo a receber uma filial da IBM. Nesse mesmo ano, foi firmado o primeiro contrato para a prestação de serviços com a Diretoria de Estatística Comercial.
Com os resultados obtidos, o Governo Brasileiro resolveu contratar a CTR para o censo demográfico de 1920. Nesse mesmo ano chegaram ao Brasil as primeiras máquinas impressoras.
O ano de 1924 marcou o estabelecimento definitivo da IBM Brasil.
Presente em mais de 170 países, a IBM opera no modelo de empresa globalmente integrada e emprega 386 mil pessoas em todo o mundo. Em 2008, a empresa atingiu um faturamento global de US$ 103,6 bilhões.
Hoje, o Brasil possui o segundo maior centro de prestação mundial de serviços da IBM. Para poder atender clientes de qualquer lugar do mundo, a IBM Brasil faz parte do que a empresa define como "Global Delivery Model", modelo integrado de prestação de serviços que garante custos competitivos, excelência e padronização de processos.[8]
A IBM tem uma das maiores forças de trabalho do mundo, e os funcionários da Big Blue são chamados de "IBMers" nos Estados Unidos ou de IBMistas,[9] no Brasil. A empresa foi pioneira em conceder benefícios aos funcionários nos Estados Unidos como seguro de vida em grupo (1934), treinamento para mulheres (1935), férias remuneradas (1937), e treinamento para pessoas com deficiências (1942).
Nome | Período |
---|---|
Thomas J. Watson | 1914 - 1956 |
Thomas Watson, Jr. | 1956 - 1971 |
T. Vincent Learson | 1971 - 1973 |
Frank T. Cary | 1973 - 1981 |
John R. Opel | 1981 - 1985 |
John Fellows Akers | 1985 - 1993 |
Louis V. Gerstner, Jr. | 1993 - 2002 |
Samuel J. Palmisano | 2002 - 2012 |
Ginni Rometty | 2012 - 2020 |
Arvind Krishna | 2020 - atualmente |
Em 21 de setembro de 2004 a IBM e a People Soft (que mais tarde foi adquirida pela Oracle) anunciaram — conforme o press release[13] — "a mais importante aliança na história das duas empresas". Esta parceria visava a plataforma de infraestrutura e as soluções empresariais mais abrangentes e integradas do setor. A People Soft padronizaria seus aplicativos líderes de mercado na plataforma líder de middleware da IBM, e as duas empresas passariam a comercializar as soluções conjuntas.
O logo atual de oito barras foi projetado em 1972 pelo designer gráfico Paul Rand.[18]
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