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A Paixão de Joana d'Arc (em francês: La Passion de Jeanne d'Arc) é um filme mudo e P&B [4]francês de 1928, dirigido por Carl Theodor Dreyer e reconhecido mundialmente como um marco na história do cinema.[5]
La Passion de Jeanne d'Arc | |
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A Paixão de Joana d'Arc[1] (prt) O Martírio de Jeanne d'Arc[2], ou A Paixão de Joana d'Arc[3] (bra) | |
Cartaz de divulgação nos EUA | |
França 1928 • p&b • 110 min | |
Género | drama histórico biográfico religioso arte experimental vanguarda mudo |
Direção | Carl Theodor Dreyer |
Roteiro | Carl Theodor Dreyer Joseph Delteil |
Elenco | Renée Jeanne Falconetti Eugene Silvain Maurice Schutz |
Idioma | língua francesa (legendas) |
O roteiro é baseado na peça teatral Saint Joan, do dramaturgo, romancista, censaísta e jornalista irlandês George Bernard Shaw, e em documentos históricos do julgamento de Joana.
Foi o primeiro filme produzido sobre a heroína francesa Joana D'Arc, interpretada por Renée Jeanne Falconetti.[6] A renomada crítica de cinema da revista The New Yorker, Pauline Kael, considerou o trabalho de Falconetti como 'talvez a melhor interpretação de um ator já gravada em película.[7]
O cineasta dinamarquês Carl Theodor Dreyer mostra o grande sofrimento interior da jovem frente as acusações e o abandono tanto dos membros da Igreja Católica quanto de seus compatriotas. Os cenários e figurinos são simples e há muitos close-ups no rosto dos atores.
O filme detalha as últimas horas de vida de Joana e ocorre após ela ter sido capturada pelos ingleses, cobrindo a prisão, tortura, julgamento e execução da heroína. O que mais chamou a atenção do filme em seu lançamento, foi o trabalho de câmera, inovador na época, e o método de trabalho de Dreyer, que impediu que seus atores usassem maquiagem no filme, de maneira que suas expressões faciais, tomadas em close, sobressaíssem mais.[8]
Falconeti recebeu vários prêmios por sua multifacetada performance como Joana, neste que foi seu segundo e último papel no cinema.[9] Dreyer tentou usar em seu filme a nova tecnologia de som, que no ano anterior surgiu em O Cantor de Jazz, o primeiro filme sonoro, mas com um orçamento insuficiente para tal, o fez mudo, com legendas.
O filme foi banido na Inglaterra, por mostrar cenas em que Joana é atormentada por soldados ingleses que lembravam graficamente a tortura de Cristo pelos romanos e seu negativo original dado como perdido durante décadas, até a fita master ser encontrada num sanatório para doentes mentais em Oslo, na Noruega, em 1981. Esta versão é hoje disponível em DVD e Blu-Ray. No Brasil o DVD foi lançado pela Versátil Home Vídeo, já a edição em Blu-Ray foi remasterizada e distribuída pela empresa norte-americana The Criterion Collection.[5]
A revista Sight and Sound, uma das mais reverenciadas sobre cinema por críticos e cineastas, colocou 'A Paixão de Joana D'Arc' como um dos dez maiores filmes de todos os tempos em suas listas de 1952, 1972 e 1992.[10] [11] [12] e Falconetti é colocada como a 26ª maior interpretação do cinema e a primeira da era do cinema mudo, na lista da Premiere, a mais importante dos Estados Unidos
Diz o autor Érico Veríssimo, no prefácio da edição de 1960 de seu livro A Vida de Joana d'Arc, que se apaixonou pela personagem quando assistiu ao filme.
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