Lúcio Fúrio Medulino (em latim: Lucius Furius Medullinus) foi um político da gente Fúria nos primeiros anos da República Romana eleito tribuno consular por três vezes, em 432, 425 e 420 a.C. Lúcio Fúrio Medulino, cônsul por duas vezes, em 413 e 409 a.C., e tribuno consular por sete, em 407, 405, 398, 397, 395, 394 e 391 a.C., Espúrio Fúrio Medulino, tribuno consular em 400 a.C., e o grande Marco Fúrio Camilo eram seus filhos[1].
Lúcio Fúrio Medulino | |
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Tribuno consular da República Romana | |
Tribunato | 432 a.C. 425 a.C. 420 a.C. |
Tribuno consular (432 a.C.)
Lúcio Fúrio foi eleito tribuno pela primeira vez com Espúrio Postúmio Albo Regilense e Espúrio Postúmio Albo Regilense, os três patrício romano, exatamente com já havia acontecido no anterior[2].
Durante seu mandato, enquanto Roma enfrentava uma epidemia e a fome decorrente, a plebe se enfurece com o fato de os três membros da magistratura máxima de Roma eram três patrícios. Lívio comenta ainda tensões com os vizinhos etruscos, volscos e équos[2].
Tribuno consular (425 a.C.)
Foi eleito novamente em 425 a.C., desta vez com Aulo Semprônio Atratino, Lúcio Quíncio Cincinato e Lúcio Horácio Barbato[3].
Neste ano foi firmada uma trégua de vinte anos com Veios, derrotada no ano anterior por Mamerco Emílio Mamercino à frente das muralhas de Fidenas, e uma outra de três anos com os équos[3].
Tribuno consular (420 a.C.)
Em seu terceiro tribunato, teve como colegas Marco Mânlio Vulsão e, novamente, e Aulo Semprônio Atratino e Lúcio Quíncio Cincinato[4].
Neste ano não houve conflitos com os povos vizinhos, mas, na cidade, a tensão foi grande por causa da eleição dos questores, uma posição que até então era um apanágio dos senadores e que, com base numa nova lei, podia ter membros eleitos inclusive da plebe[4]. O processo, conduzido por Aulo Semprônio, leva à eleição de candidatos todos patrícios[4], o que provoca a ira dos tribunos da plebe Aulo Antíscio, Sexto Pompílio e Marco Canuleio[5]. Eles conseguem então condenar o primo de Aulo Semprônio, Caio Semprônio Atratino, cônsul em 423 a.C., pela má condução da guerra contra os volscos em 423 a.C. e obrigam-no a pagar uma multa de 15 000 asses[4].
Foi também em 420 a.C. que o processo contra virgem vestal Postúmia, acusada de má conduta, foi finalmente encerrado com sua absolvição[6].
Ver também
Tribuno consular da República Romana | ||
Precedido por: Marco Fábio Vibulano |
Lúcio Pinário Mamercino 432 a.C. com Espúrio Postúmio Albo Regilense |
Sucedido por: Tito Quíncio Peno Cincinato |
Precedido por: Tito Quíncio Peno Cincinato III com Marco Postúmio Albo Regilense |
Lúcio Quíncio Cincinato II 425 a.C. com Aulo Semprônio Atratino |
Sucedido por: Ápio Cláudio Crasso com Lúcio Sérgio Fidenato II, |
Precedido por: Numério Fábio Vibulano |
Lúcio Quíncio Cincinato III 420 a.C. com Aulo Semprônio Atratino II |
Sucedido por: Agripa Menênio Lanato com Espúrio Náucio Rutilo |
Referências
- Plutarco, Vidas Paralelas: Vida de Camilo (wikisource) (em inglês).
- Lívio, Ab Urbe condita libri IV, 2, 25.
- Broughton 1951, p. 70.
- Lívio, Ab Urbe condita IV, 44, 11-12
Bibliografia
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