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As línguas fino-úgricas ou fino-ugrianas são um grupo de línguas faladas por cerca de 25 milhões de pessoas, em áreas limitadas, desde a Finlândia, a Lapónia e a Hungria até à Sibéria oriental. Formam uma sub-família das línguas uralianas.[1] Ao contrário da maioria das línguas faladas na Europa, o grupo fino-úgrico não integra a grande família das línguas indo-europeias. Alguns linguistas usam os termos "fino-úgrico" e "uraliano" como sinônimos.[2]
As principais línguas fino-úgricas são o húngaro (13,6 milhões de falantes[3]), o finlandês (5,2 milhões[4]) e o estoniano (1,1 milhões[5]), todas elas com estatuto de língua nacional.
Outras línguas menores do grupo são as línguas lapônicas (ca. 30 000 falantes), o carélio (ca. 35 000), o mordoviano (ca. 800 000), o mari (ca. 400 000), a língua komi-permyak (ca. 116 000) e o udmurte (ca. 500 000).[2]
Embora o local de surgimento das línguas fino-úgricas não possa ser apontado com certeza, costuma-se presumir que sua origem seja o centro e o norte do território correspondente à atual Rússia a oeste dos montes Urais, possivelmente em torno do terceiro milênio a.C.
Todas as línguas fino-úgricas compartilham características estruturais e um vocabulário básico de cerca de 200 palavras. São, em sua maioria, línguas aglutinantes, com inflexões dadas por meio do acréscimo de sufixos (em vez de preposições, como em português) e com coordenação sintática de sufixos. Ademais, não possuem gênero gramatical.
Tais línguas costumam expressar o conceito de posse não com pronomes possessivos, mas por meio de declinações ou de sufixos.
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