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Rapper, indigena, brasileira, compositora, activista Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Kaê Guajajara, nome artístico de Aline Silva de Lira (nome civíl) (Mirinzal, 10 de agosto de 1993),[1] é uma cantora, compositora, atriz, autora e ativista indígena brasileira.[2][3] Kaê é fundadora da Azuruhu, selo musical voltado ao desenvolvimento de artístas indígenas.
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Novembro de 2023) |
Kaê Guajajara | |
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Nascimento | Aline Silva de Lira 10 de agosto de 1993 (31 anos) Mirinzal, MA |
Nacionalidade | brasileira |
Filho(a)(s) | 1 |
Ocupação | |
Carreira musical | |
Período musical | 2019–presente |
Instrumento(s) | vocais |
Kaê cresceu no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, tendo deixado o Maranhão aos sete anos porque as condições de vida de sua mãe não eram boas. “Vim de uma aldeia não demarcada, onde o conflito com os madeireiros era constante”, relembra.[4][5] Lá, ela fundou um grupo de rap "Crônicos", que denunciava nas letras as violências vividas na comunidade. Ao seguir carreira solo, pensou em fugir das questões indígenas em seu trabalho, mas logo percebeu que sua arte poderia fazer alguma diferença. "Foi quando comecei a pensar e escrever sobre todas as violências sofri como mulher indígena no contexto urbano", diz. [6]
Kaê tem uma filha, chamada Diana.
Kaê é fundadora do Coletivo Azuruhu e autora do livro Descomplicando com Kaê Guajajara – O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista.
Unindo hip-hop, instrumentos tradicionais e elementos de sua língua materna Ze'egete ("a fala boa"), Kaê faz música sobre a realidade dos povos indígenas urbanizados e o apagamento das identidades indígenas. Referente ao processo de escrita a artista revelou “Eu sonho, gravo no meu celular a melodia que veio e junto com todas as coisas que eu já tinha escrito”, Para as letras, ela anota casos de preconceito que vive no dia a dia. “Quando tenho que preencher alguma coisa e só dão as opções ‘pardo, branco, preto’, por exemplo”.[7][8]
Seu primeiro EP foi Hapohu lançado em 2019, em um vídeo no YouTube, a página descreve o EP com as seguintes palavras: “Tecendo uma linha entre ancestralidade e futurismo indígena, Hapohu vem quebrando o silêncio e as correntes impostas pelo racismo e a colonização, trazendo à tona gritos de resistência que atravessam e ecoam meio milênio. Uma ótima oportunidade disponível em vários meios digitais pra conscientizar não indígenas sobre quem são os verdadeiros donos dessa terra e a que pé estamos.”[9] No ano de 2020 lançou dois EPs, o primeiro Uzaw em janeiro e Wiramiri em setembro, o segundo gira em torno do autocuidado, do amor-próprio, da resistência indígena e da pandemia do COVID-19.[10]
Foi uma das atrações musicais da cerimônia de entrega do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2023, ao lado de BK', Owerá, MC Soffia, Linn da Quebrada, Liniker e Jonathan Ferr.[11]
Kaê foi vencedora do Prêmio Arcanjo de Cultura na categoria melhor álbum "Kwarahy Tazyr" ("Filha do Sol") em 2021, foi indicada como melhor show do ano pelo Womens Music Event nos anos de 2022 e 2023, foi mencionada na Forbes Mulher entre as 10 novas e promissoras cantoras brasileiras.
Em 2022, a artista lançou o primeiro álbum visual indígena da música brasileira, Kwarahy Tazyr. É autora do livro "Descomplicando com Kaê Guajajara – O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista", a ser lançado em 2024 pelo Grupo Editorial Record, Selo BestSeller.
Kaê tem ampliado os caminhos para a Música Popular Originária apresentando o seu show em Teatros e Festivais como Theatro Municipal de São Paulo, Festival Rock The Mountain, Teatro do Parque, Festival do Futuro, SIM São Paulo, Central Park NY, Meca Festival, Festival Mulheres do Mundo e ciclo de shows educativos em redes municipais de educação.
Em reconhecimento à sua colaboração para cultura brasileira, Kaê foi homenageada pela câmara municipal do Rio de Janeiro em 2021 e pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2023 como "amigos da juventude carioca" sendo préstimos à Azuruhu, selo musical fundado pela artista e co-fundado por Kandu Puri para o desenvolvimento e lançamento de novos artistas indígenas, Moção pela Vereadora Mônica Benício na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo reconhecimento da relevância de atuação no território de favelas e na construção de outra perspectiva favelada.
As obras musicais da artista integram a trilha de abertura de “No Limite - Amazônia”, da Rede Globo, em parceria com Tropkillaz e Owerá, bem como a sonoplastia do programa com as músicas "Guerreira" e "Rio"
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