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futebolista brasileiro (1945–2016) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Roberto Marques, também conhecido por Zé Roberto ou Gazela (São Paulo, 31 de maio de 1945 — Serra Negra, 7 de maio de 2016), foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante.[1][2] Atuando como atacante, meia ou ponta de lança, jogou em grandes clubes do Brasil e participou da Olimpíada de 1964.[3][4][5]
Informações pessoais | ||
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Nome completo | José Roberto Marques | |
Data de nascimento | 31 de maio de 1945 | |
Local de nascimento | São Paulo, São Paulo, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 7 de maio de 2016 (70 anos) | |
Local da morte | Serra Negra, São Paulo, Brasil | |
Apelido | Gazela | |
Informações profissionais | ||
Posição | atacante | |
Seleção nacional | ||
1964 | Brasil |
Zé Roberto é um dos poucos ídolos de duas torcidas rivais, pois jogou com destaque no Atlético Paranaense e no Coritiba.[6]
Filho de Jerônimo, que defendeu o Corinthians na década de 1940, sua carreira iniciou-se na base do Botafogo de Ribeirão Preto em 1960, mas em 1962 entrou para o juvenil do São Paulo. Foi no próprio Tricolor Paulista que ocorreu a sua estreia como profissional, sendo também deste período sua convocação para a seleção olímpica.[7]
Depois de uma passagem pelo Guarani, foi emprestado para o Atlético Paranaense, em 1968, sendo o artilheiro do Campeonato Paranaense e atacante do Rubro-Negro no Robertão.[8] Retornou para o São Paulo no ano seguinte e participou da campanha do título no Campeonato Paulista de 1970,[9] embora tenha jogado apenas em cinco partidas, sempre começando no banco. Ele voltaria ao Paraná em 1971, para defender o Coritiba, novamente por empréstimo. Estreou com a camisa alviverde em 17 de fevereiro, num amistoso internacional, quando o Coxa enfrentou o Rapid de Bucareste.
O jogador voltou ao São Paulo para o Campeonato Brasileiro, porém uma distensão muscular afastou-o dos gramados até o fim da temporada.[10] Num amistoso contra o Atlético Mineiro, em janeiro de 1972, teve sua disposição questionada pelo técnico Alfredo Ramos, que o deixou treinando apenas fisicamente até recuperar o ritmo de jogo.[11] Como ele se negou a seguir os exercícios determinados, acabou multado pelo diretor de Futebol, Manuel Poço.[11] No amistoso seguinte, contra a Ponte Preta, Alfredo chegou a dizer que Zé Roberto teria sua última chance para garantir seu lugar no time,[12], porém, depois do jogo, o treinador desmentiu suas próprias declarações do dia anterior.[11] Zé Roberto sofreu uma contusão durante a Libertadores, quando se imaginou que ele poderia novamente ficar afastado por um longo tempo.[13] Mesmo liberado pelos médicos uma semana depois,[14] os médicos não descartavam a possibilidade de uma cirurgia no menisco[15] — após um mês, entretanto, ele voltou aos treinamentos.[16]
Disputando posição com Toninho Guerreiro,[17] Zé Roberto não se firmou e, em maio, pediu que a diretoria facilitasse sua venda para o Atlético Paranaense.[18] Poço avisou que poderia até emprestar o passe do jogador, mas que, em caso de venda, só aceitaria se fossem oferecidos mais de trezentos mil cruzeiros.[19] Quem apareceu com o valor foi o Coritiba[20], que ainda pagou cinquenta mil cruzeiros pelo empréstimo do ano anterior e outros 45 mil cruzeiros a Zé Roberto, como os 15% a que tinha direito.[21] No Coritiba, foi campeão estadual de 1971, 1972 e 1973, além de ter vencido o Torneio do Povo.[22] Ele também ganhou a Bola de Prata da revista Placar, por suas atuações pelo Coxa no Campeonato Brasileiro de 1972. "Com passagem também pelo Atlético-PR, antes de se tornar ídolo do Verdão, Zé Roberto é sem dúvida uma das maiores referências futebolísticas do futebol do estado Paraná", escreveu o site oficial do Coritiba, quando de sua morte.[23]
Apesar dos títulos, em 1974, após o Campeonato Brasileiro, estava desgastado com a torcida[9] e foi sondado pelo Corinthians.[24] O Coritiba estipulou em quinhentos mil cruzeiros o preço de seu passe, mas o clube paulista esperava uma redução, devido à dívida do clube paranaense quando da compra do passe de Nélson Lopes.[24] Durante as negociações, Zé Roberto chegou a visitar o Parque São Jorge e, quando um torcedor perguntou se ele estava "procurando emprego", respondeu que era uma "visita de cortesia".[25] Seu passe acabou comprado em 31 de julho, por 313 mil cruzeiros.[9] Sem treinar havia quinze dias, seu primeiro teste de capacidade física no novo clube foi ruim.[9] Diante da fama de indisciplinado que tinha ao chegar, garantia estar mudado: "Chega de criancice. Hoje não sou mais aquele moleque, pois tenho duas filhas para criar."[9] Ele tinha feito a mesma promessa para o presidente do clube, Vicente Matheus.[26] "Que o homem é bom de bola, eu acho que não há dúvidas", elogiou Matheus. "O seu comportamento fora de campo é que pode ser criticado, mas, antes de acertarmos com o Coritiba, conversamos com ele, que nos prometeu que agora vai agir com juízo."[26]
O atacante ficaria pouco mais de um ano no Corinthians, sendo vendido ao Grêmio Maringá no final de 1975.[27]
Zé Roberto morreu em 7 de maio de 2016, aos setenta anos. O ex-jogador foi internado às pressas durante a última semana por conta de uma úlcera. Ele foi operado e encaminhado à UTI do hospital local, mas não resistiu e veio a óbito.[2]
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