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Joaquim Belford Correia da Silva (Paço d'Arcos) (Lisboa, 14 de junho de 1908 — Lisboa, 10 de junho de 1979), conhecido como Joaquim Paço d'Arcos, foi um escritor português.

Factos rápidos
Joaquim Paço d'Arcos
Nascimento 14 de junho de 1908
Lisboa
Morte 10 de junho de 1979 (70 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal
Ocupação escritor
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Biografia

Neto do primeiro conde de Paço d'Arcos e irmão de Henrique Belford Corrêa da Silva, segundo conde de Paço de Arcos (Lisboa, 2 de setembro de 1906Lisboa, 13 de maio de 1993) também escritor. Nasceu em Lisboa no ano de 1908, seguindo logo em 1912 para Moçamedes, devido à nomeação do pai para governador do distrito. Em 1919 por razão análoga vai para Macau. Já na metrópole emprega-se num banco inglês e dois anos depois acompanha o pai para Moçambique, como seu secretário. Em seguida, após uma estadia no Brasil, entra para a Companhia Nacional de Navegação e em 1936 é nomeado Chefe dos Serviços de Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros até 1960.[1]

Romancista, dramaturgo, ensaísta e poeta, premiado diversas vezes, foi muito lido nos anos 40 e 50 do século XX. Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Portugal Colonial [2] (1931-1937) e na Revista Municipal [3] (1939-1973) publicada pela Câmara Municipal de Lisboa. Foi autor de A dolorosa razão duma atitude [4] publicado em 1965.

Uma das suas obras mais conhecidas é o conjunto de seis romances Crónica da Vida Lisboeta sobre a qual Óscar Lopes disse: «Quando se quiser ver a nossa época [anos 40 - 60] num cosmorama literário, tal como hoje vemos a época da Regeneração através de Camilo, Júlio Dinis ou Eça de Queirós, será preciso recorrer a estes romances de Paço d'Arcos quanto a determinados setores portugueses.»[5].

Na poesia, a sua obra encontra-se em Poemas Imperfeitos, de 1952.

A 21 de janeiro de 1964, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[6]

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Algumas obras

Romances

  • Herói Derradeiro, 1933
  • Diário dum Emigrante, 1936
  • Crónica da Vida Lisboeta
Ana Paula: perfil duma lisboeta, 1938
Prémio Ricardo Malheiros (recusado pelo autor)
Ansiedade, 1940
O Caminho da Culpa, 1944
Tons Verdes em Fundo Escuro, 1946
Espelho de Três Faces, 1950
A Corça Prisioneira, 1956
  • Memórias duma Nota de Banco, 1962
  • Cela 27, 1965

Contos e novelas

  • Amores e Viagens de Pedro Manuel, 1935
Prémio Eça de Queirós
  • Neve sobre o Mar, 1942
Prémio Fialho de Almeida
  • O Navio dos Mortos e Outras Novelas, 1952
  • Carnaval e Outros Contos, 1958
  • Novelas pouco Exemplares, 1967

Poesia

  • Poemas Imperfeitos, 1952

Teatro

  • O Cúmplice: Peça em três atos, 1940
  • O Ausente: Peça em três atos, 1944
Prémio Gil Vicente
  • Paulina Vestida de Azul: Peça em três atos, 1948
  • O Braço da Justiça: Peça em nove quadros, 1964
Prémio da Casa da Imprensa: «O melhor dramaturgo»
  • Antepassados, Vendem-se: Peça em treze quadros, 1970

Conferências e ensaios

  • Patologia da Dignidade, 1928
  • A Floresta de Cimento (Claridade e Sombras dos Estados Unidos), 1953
  • Carlos Malheiro Dias, Escritor Luso-Brasileiro, 1961
  • Algumas Palavras sobre a Missão do Escritor, 1961
  • A Dolorosa Razão duma Atitude, 1965

Memórias

  • Pedras à beira da estrada, 1962
  • Memórias da Minha Vida e do Meu Tempo: 3 vols., 1973, 1976 e 1979
  • Memórias duma Nota de Banco: 1998
  • Correspondência e Textos Dispersos: 1942-1979. Seleção, organização e notas: João Filipe Paço d'Arcos; Maria do Carmo Paço d'Arcos. Lisboa, Dom Quixote, 2008. ISBN 978-972-20-3631-3
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Referências

  1. Manuel dos Santos Alves, Sinopse de Literatura Portuguesa (1977), pág. 168-169.
  2. Lopes, Óscar in Lusíada, Julho de 1959.
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Joaquim Belford Correia de Silva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de abril de 2021
  • Paço d'Arcos, Joaquim. Correspondência e Textos Dispersos: 1942-1979. Seleção, organização e notas: João Filipe Paço d'Arcos; Maria do Carmo Paço d'Arcos. Lisboa, Dom Quixote, 2008. ISBN 978-972-20-3631-3
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Ligações externas

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