Intoxicação alcoólica

Conjunto de efeitos causados pelo uso do álcool Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Intoxicação alcoólica

Intoxicação alcoólica, também denominada embriaguez, é o comportamento negativo e as consequências físicas derivadas da ingestão recente de etanol (álcool).[4][7] Os sintomas da ingestão de pequenas quantidades incluem ligeira sedação e falta de coordenação motora.[1] Em quantidades maiores pode ocorrer fala arrastada, dificuldade em caminhar e vómitos.[1] Em doses extremas o álcool pode causar hipoventilação, coma ou morte.[1] Entre as complicações estão convulsões, pneumonia por aspiração, traumas físicos, diminuição da glicose no sangue.[1][2]

Factos rápidos Classificação e recursos externos ...
Intoxicação alcoólica
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Intoxicação alcoólica
A Embriaguez de Noé de Miguel Ângelo
Sinónimos Embriaguez, abuso de álcool, intoxicação alcoólica aguda (IAA)
Especialidade Toxicologia, psiquiatria
Sintomas Ligeira: Sedação ligeira, diminuição da coordenação motora[1]
Moderada: Fala arrastada, dificuldade em caminhar, vómitos[1]
Grave: Hipoventilação, coma[1]
Complicações Convulsões, pneumonia por aspiração, traumas físicos, diminuição da glicose no sangue[1][2]
Início habitual De alguns minutos a algumas horas[3]
Duração Várias horas[3]
Causas Etanol (álcool)[4]
Fatores de risco Contexto social, impulsividade[3]
Método de diagnóstico Geralmente baseado no historial de eventos e exame físico[4]
Condições semelhantes Encefalopatia hepática, encefalopatia de Wernicke, intoxicação por metanol, meningite, traumatismo cranioencefálico[4]
Tratamento Cuidados de apoio[4]
Frequência Bastante comum (em particular no Ocidente)[5]
Mortes 2 200 por ano (EUA)[6]
Classificação e recursos externos
CID-11 6C40.3
MedlinePlus 002644
eMedicine 812411
MeSH D000435
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A intoxicação alcoólica tem geralmente início após a ingestão de duas ou mais bebidas alcoólicas.[3] Entre os fatores de risco estão um contexto social em que é normal beber em excesso e a personalidade impulsiva da pessoa.[3] O diagnóstico geralmente tem por base o historial de eventos e um exame físico.[4] Pode também ser útil confirmar os eventos junto de um acompanhante da pessoa.[4] Em termos jurídicos, a intoxicação alcoólica é geralmente definida como uma taxa de alcoolémia no sangue superior a 5,4-17,4 mmol/L (25-80 mg/dL ou 0,025-0,080%).[8][9] Este valor pode ser medido no sangue ou com um alcoolímetro.[3] A eliminação do etanol no sangue é de cerca de 10 a 25 mg/dl por hora.[10]

O tratamento de uma intoxicação alcoólica consiste em cuidados de apoio.[4] Geralmente estes cuidados passam por colocar a pessoa na posição lateral de segurança, mantê-la quente e assegurar-se que respira normalmente.[2] A lavagem gástrica e o carvão ativado não têm demonstrado ser úteis.[4] Em alguns casos podem ser necessárias avaliações repetidas para excluir outras potenciais causas dos sintomas.[4]

A intoxicação alcoólica é bastante comum, particularmente nos países ocidentais.[5] A maior parte dos consumidores de álcool já vivenciou uma intoxicação alcoólica pelo menos uma vez na vida.[3] Nos Estados Unidos a condição é diretamente responsável por cerca de 2 200 mortes em cada ano,[6] e de forma indireta por mais de 30 000 mortes em cada ano.[3] A intoxicação alcoólica tem sido documentada ao longo de toda a História. O álcool continua a ser uma das drogas recreativas mais prevalentes em todo o mundo.[11][12] Algumas religiões consideram que a intoxicação alcoólica é um pecado.[3][13]

Ver também

Referências

  1. «Alcohol Toxicity and Withdrawal». Merck Manuals Professional Edition. Consultado em 24 de maio de 2018
  2. «Alcohol poisoning». nhs.uk. Consultado em 24 de maio de 2018
  3. American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), ISBN 0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 497-499
  4. Jung, YC; Namkoong, K (2014). «Alcohol: intoxication and poisoning - diagnosis and treatment.». Handbook of clinical neurology. 125: 115-21. PMID 25307571. doi:10.1016/B978-0-444-62619-6.00007-0
  5. Vonghia, L; Leggio, L; Ferrulli, A; Bertini, M; Gasbarrini, G; Addolorato, G; Alcoholism Treatment Study, Group. (dezembro de 2008). «Acute alcohol intoxication.». European journal of internal medicine. 19 (8): 561-7. PMID 19046719. doi:10.1016/j.ejim.2007.06.033
  6. Kanny, D; Brewer, RD; Mesnick, JB; Paulozzi, LJ; Naimi, TS; Lu, H (9 de janeiro de 2015). «Vital signs: alcohol poisoning deaths - United States, 2010-2012.». MMWR. Morbidity and mortality weekly report. 63 (53): 1238-42. PMID 25577989
  7. «Acute intoxication». WHO. Consultado em 24 de maio de 2018
  8. «Ethanol Level: Reference Range, Interpretation, Collection and Panels». Medscape. 22 de abril de 2018. Consultado em 24 de maio de 2018
  9. Canfield, DV; Dubowski, KM; Cowan, M; Harding, PM (janeiro de 2014). «Alcohol Limits and Public Safety.». Forensic science review. 26 (1): 9-22. PMID 26226968
  10. Belenko, Steven; Spohn, Cassia (2014). Drugs, Crime, and Justice (em inglês). [S.l.]: SAGE Publications. p. PT21. ISBN 9781483355429
  11. Martin, Scott C. (2014). The SAGE Encyclopedia of Alcohol: Social, Cultural, and Historical Perspectives (em inglês). [S.l.]: SAGE Publications. p. PT1382. ISBN 9781483374383
  12. Kolig, Erich (2012). Conservative Islam: A Cultural Anthropology (em inglês). [S.l.]: Lexington Books. p. 101. ISBN 9780739174258
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