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(1542–1908) instituição da Cúria Romana Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Inquisição romana, foi um sistema de tribunais desenvolvido pela Santa Sé, instituído na Itália em 1224 pelo papa Honório III (1216-1227), pouco depois de ter sido implantado na França, mas oficialmente só passou a funcionar a partir da Bula do papa Gregório IX (1227-1241). A Inquisição visava combater as heresias do catarismo, speronismo, arnaldistas e os franticelli. A outra fase da Inquisição na península itálica, ocorreu no século XVI, como forma de combater o protestantismo, o que levou o papa Paulo III (1534-1549) no ano de 1542 a instaurar a Inquisição em Roma, passando a se chamar mais tarde de Santo Ofício.[1]
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O PhD em história, Joseph Bernard, afirma que a Inquisição na Itália procedeu com moderação só excepcionalmente houve penas corporais graves e execuções.[2] As acusações se centralizavam em questões que relacionados com a heresia, incluindo a feitiçaria, a imoralidade, blasfêmia, bruxaria, judaizantes e, bem como para a censura da literatura contrária a fé cristã ou que apresentassem conteúdo protestante. Era um organismo bastante diferente da Inquisição medieval, pois era uma assembleia permanente de cardeais e outros prelados que não dependem do controle episcopal. O seu âmbito de ação foi alargado a toda a Igreja Católica.
Foram instituídos tribunais territoriais com jurisdição exclusiva para todos os casos de heresia. Acima deles, foi fundado um organismo central com sede em Roma composto de sete cardeais e sob o controle direto do pontífice, que participava de todas as sessões. O organismo podia investigar também outros prelados e tinha jurisdição em todo o território cristão, mas na verdade tratou principalmente das questões italianas.
O papa Júlio por uma bula de 29 de abril de 1550, absolveu todos aqueles que teriam caído em heresia e não ousavam voltar a Igreja, por medo da penitência pública e infâmia, deveria apenas se apresentar ao inquisidor, abjurar privativamente os seus erros e por a si mesmo uma penitência secreta.[1]
Segundo o historiador alemão Ludwig Von Pastor (1854-1928): "Houve alguns casos isolados em Roma sob Júlio III. O jornal de Cola Coleina menciona, aos 6 de junho de 1552, que sete luteranos foram levados a Santa Maria Sopra Minerva, onde abjuraram os seus erros... Os poucos casos de hereges punidos com a morte sob Júlio III foram apresentados na Alemanha por panfletos que davam a crer que se moviam violenta perseguição aos protestantes italianos. A verdade a esse propósito transparece de uma carta de Vergerio e Bullinger, de 8 de outubro de 1553, a respeito do estado de coisas na Itália. Aí se lê: 'Poder-se-ia crer que centenas de pessoas foram queimadas diariamente, mas seria falso; nenhum acusado foi queimado, se bem que leve perseguição se tenha movido em algumas localidades". [3]
No início, a atividade da Inquisição romana limitou-se a Itália, mas quando Gian Pietro Carafa foi eleito papa, como Paulo IV em 1555, começou a perseguir muitos suspeitos de heterodoxia, entre os quais vários membros da hierarquia, como o cardeal inglês Reginald Pole.
Em 1600, foi julgado, condenado e executado o filósofo Giordano Bruno. Em 1633, foi julgado e condenado Galileo Galilei, que morreu em prisão domiciliar.
A última ação notável da Inquisição romana ocorreu em 1858, em Bolonha, quando os agentes da Inquisição seqüestraram um menino judeu de 6 anos de idade, Edgardo Mortara, separando-o de sua família.[4] O inquisidor local tinha aprendido que o menino estava secretamente batizado por sua babá. O Papa Pio IX levou o menino como um católico para Roma. O pai do menino, Momolo Mortara, passou anos à procura de ajuda em todos os quadrantes, inclusive internacionalmente, para tentar recuperar seu filho. O caso recebeu atenção internacional e alimentou a sentimentos antipapais que ajudaram o movimento de nacionalismo italiano.[5]
Em 1965, o Papa Paulo VI reorganizou o Santo Ofício, chamando o de Congregação para a Doutrina da Fé.
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