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Inhambu-anhangá[2][3][4] (nome científico: Crypturellus variegatus), também chamado anhanga, inambuanhanga, inamuanhanga, inhambuanhanga, nambuanhanga, poranga, sucuíra e chororão,[5] é uma espécie de ave tinamiforme da família dos tinamídeos (Tinamidae) comumente encontrada em terras baixas de florestas úmidas em regiões subtropicais e tropicais do norte da América do Sul.[6]
Inhambu-anhangá | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição do inhambu-anhangá na América do Sul |
O nome do gênero, Crypturellus, é formado a partir das duas palavras gregas: kruptos, que significa "coberto" ou "escondido", e oura, que significa "cauda", com o latim -ellus significando "diminutivo". Portanto, Crypturellus significa "pequena cauda escondida".[7] O vernáculo inhambu deriva do tupi ina'mbu ("ave que corre a prumo") ou, como proposto por Teodoro Sampaio em O Tupi na Geografia Nacional (TupGN), de iam'bu ("a que se levanta com estrépito"). Foi citado pela primeira vez em 1618 como jnhambu, depois ynambu em 1631 e finalmente inhambu em 1783.[8] Anhangá, por sua vez, deriva do tupi a'ñanga ("gênio da floresta protetor da flora e da fauna"), utilizado no âmbito da mitologia tupi. Foi registrado por Hans Staden como Ingange num livro alemão de 1553, e depois apareceu como anhangas em 1663 e anhangá em 1675.[9]
O inhambu-anhangá é uma espécie monotípica.[6] Todos os tinamiformes são da família dos tinamídeos, e no esquema maior também são ratitas. Ao contrário de outras ratitas, os tinamiformes podem voar, embora em geral não sejam voadores fortes. Todas as ratitas evoluíram de pássaros voadores pré-históricos, e os tinamiformes são os parentes vivos mais próximos desses pássaros. Johann Friedrich Gmelin identificou pela primeira vez o inhambu-anhangá de um espécime de Caiena, Guiana Francesa, em 1789.[10]
O inhambu-anhangá tem aproximadamente de 29,5 a 33 centímetros (11,6–13,0 polegadas) de comprimento. A parte superior das costas é ruiva, e a parte inferior das costas e as asas são pretas com faixas amareladas conspícuas. Sua garganta é branca, e seu pescoço e parte superior do peito são ruivos brilhantes.[10]
Como outros tinamiformes, o inhambu-anhangá come frutas do chão ou arbustos baixos. Também come pequenas quantidades de invertebrados, botões de flores, folhas tenras, sementes e raízes. O macho incuba os ovos que podem vir de até quatro fêmeas diferentes e, em seguida, os cria até que estejam prontos para ficarem sozinhos, geralmente duas a três semanas. O ninho está localizado no chão em arbustos densos ou entre contrafortes de raiz elevados. Os inhambu-anhangá têm uma chamada que consiste em cinco notas trêmulas de afinação uniforme, às vezes com as notas se fundindo em um trinado, embora a primeira nota seja sempre distinta e desça.[10]
O inhambu-anhangá vive em florestas úmidas de planície[11] com vegetação rasteira densa[10] no sul e leste da Colômbia, sul da Venezuela, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Brasil, leste do Peru, leste do Equador e norte da Bolívia.[6] Prefere uma altitude de 100 a 1 300 metros (330–4 270 pés).[10][11]
O inhambu-anhangá está listado como menos preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN),[1] com uma faixa de ocorrência de 5 400 000 quilômetros quadrados (2 100 000 milhas quadradas).[11] Em 2005, foi classificado como em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[12] em 2010, como em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[13] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[14][15] e criticamente em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[16]
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