Ilhote de Vélez de la Gomera
península espanhola no norte de África Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Ilhote de Vélez de la Gomera ou Penedo de Vélez de la Gomera (em castelhano: Peñón de Vélez de la Gomera, também conhecido como Penedo de Badis ou simplesmente Badis ou Bades, é uma possessão espanhola, na costa norte de Marrocos, no mar Mediterrâneo a 119 quilômetros a sudeste de Ceuta, junto à parte ocidental do Parque Nacional de Al Hoceima.
País | |
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Cidade autónoma | |
Reivindicado por | |
Banhado por | |
Altitude |
87 m |
Coordenadas |
Estatuto |
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Evento chave |
Conquest of the Peñón de Vélez de la Gomera (1508) (en) |
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Geografia
O penedo até 1934 era considerado uma ilha, porém após uma tempestade foi depositada areia no canal que a separava do Marrocos, ligando-a a terra por essa estreita faixa de areia que possui 85 metros de comprimento, formando um tômbolo. Como a ilha é uma das possessões espanholas, pode considerar-se esta faixa de terra a menor fronteira terrestre do mundo.
Comprime-se no sentido noroeste-sudeste por cerca de 400 metros a uma largura que não ultrapassa os 100 metros, abrangendo o total de 19.000 metros quadrados (0,019 quilômetros quadrados).[1]
O rochedo é dominado por duas montanhas da costa, Cautil e El Baba, entre elas corre o fluxo do rio Bades (Tómeda).
História
Vélez, Bélez, Beles, Belis (dos antigos textos portugueses) Bades, ou Badis era uma cidade situada na costa em frente do ilhote na desembocadura do rio Bades.
A cidade chamou-se Bades, correspondente à cidade chamada Parietina no Itinerário de Antonino. Depois é chamada Belis e Gomera.[2] Este último nome vem do da tribo dos Gomaras (em árabe: ḡumāra, غمارة) do grupo dos Masmudas que habitavam a região.[3]
Na Idade Média a região é arborizada e fornece a madeira necessária à construção naval. Em 1162, o califa almóada Abde Almumine dá ordem para fortificar as costas, e manda construir cem navios nos portos de Tânger, Ceuta, Badis e nos outros portos do Rife.[4]
A 23 de julho de 1508, uma frota espanhola comandada por Pedro Navarro, venceu os "piratas" que defendiam a ilha. Em 1509 fez parte do Tratado de Sintra por ter sido tomada pelos portugueses e assim, nesse acordo, a devolviam aos espanhóis. Em 1522, Mulei Maomé, senhor do território, conseguiu tomar de volta o rochedo.
Em 1549, quando D. João III tencionava abandonar Arzila, o "rei de Beles", que era Alboácem Ali ibne Maomé, pediu que lhe fosse dada a fortaleza portuguesa, e afirmou que, em troca, se tornaria tributário do rei de Portugal. Depois de muita hesitação o rei não acedeu a esse pedido. Mais tarde, o mesmo "rei de Beles" deu a ilha aos Otomanos que o ajudaram a recuperar o poder em Fez (por volta de Maio de 1554). Beles tornou-se então num centro de Corso que atacava as costas espanholas, até que, a 6 de setembro de 1564, Dom García de Toledo, o Marquês de Villafranca e vice-rei da Catalunha, por ordem de Filipe II de Espanha (futuro Filipe I de Portugal), recupera o território para a Espanha.[5]
Hoje o rochedo tem o estatuto de plaza de soberanía (praça de soberania).
Referências
- (em inglês) James Richardson (2007). Echo Library, ed. Travels in Morocco. [S.l.: s.n.] p. 137. 208 páginas. ISBN 978-140683889-3
- ibne Caldune (2002). Gallimard, ed. Le livre des exemples. Traduzido por Abdesselam Cheddadi. [S.l.]: Bibliothèque de la Pléiade. p. 427. 1560 páginas. ISBN 2070114252
- Ṣâliḥ b. ʻAbd al-Ḥalîm Gharnâtî (1860). Roudh el-Kartas, histoire des souverains du Maghreb ... et annales de la ville de Fès. Traduzido por A. Beaumier. [S.l.: s.n.] p. 284
- «Acesso em 06 de mar de 2010.». buscador.060.es
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