Basílica de São Vital
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A Basílica de São Vital (em italiano: Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso de Ravena, Itália e um dos exemplos mais importantes de arte bizantina (e arquitetura) na Europa Ocidental. A basílica é uma das oito construções dos monumentos paleocristãos de Ravena, consideradas Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.[1] É dedicada a Vital de Milão.
Basílica de São Vital | |
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Vista da catedral | |
Tipo | basílica menor, destino turístico, bem cultural, igreja |
Estilo dominante | Bizantino / Romano |
Início da construção | 526 |
Fim da construção | 547 (1 477 anos) |
Religião | Católica |
Diocese | Diocese de Ravena |
Ano de consagração | 547 (1 477 anos) |
Página oficial | https://www.ravennamosaici.it/basilica-di-san-vitale/ |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Ravena |
Coordenadas | 44° 25′ 13″ N, 12° 11′ 47″ L |
Localização em mapa dinâmico |
A Basílica começou a ser construída em 526 d.C., sob ordem do bispo Eclésio, ainda no reinado do ostrogodo Teodorico, o Grande[2] e foi concluída por Maximiniano em 548 d.C., durante o Exarcado de Ravena, já há sete anos sob domínio do Império Bizantino. Não se sabe quem foi o arquiteto da obra.
A igreja tem um plano octogonal em mármore e combina elementos de arquitetura romana (cúpula, forma dos vãos das portas) com elementos bizantinos (abside poligonal, capiteis, tijolos estreitos).[2] Contudo, a basílica é mais famosa por sua riqueza de mosaicos bizantinos, os maiores e mais bem preservados fora de Constantinopla. A Basílica é de extrema importância para a arte bizantina, visto que é a única grande igreja do período do imperador Justiniano que sobreviveu virtualmente intacta até hoje.
A construção foi patrocinada pelo banqueiro grego Juliano Argentário,[3] de quem pouco se sabe, exceto que também tinha patrocinado a construção da Basílica de Santo Apolinário em Classe na mesma época. O imperador bizantino Justiniano deve também ter patrocinado a obra como propaganda de seu governo, a fim de acelerar a incorporação de novos territórios ao império. O banqueiro Juliano Argentário é representado nos mosaicos na corte de dignitários de Justiniano, entre o imperador e o bispo.
As séries de mosaicos representam sacrifícios do Antigo Testamento: a história de Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus. Há também mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de branco. Todos os mosaicos foram executados na tradição helenístico-romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com vívidas representações da paisagem, plantas e pássaros.
Ao pé da abside estão os dois mosaicos mais famosos, executados em 548, com o Imperador Justiniano, vestido com um manto de cor púrpura e com um halo dourado, ao lado do clero.[4] A semelhança da corte do imperador com Jesus e seus apóstolos marca a simbologia de que o Império Romano tinha se transformado no teocrático Império Bizantino. Do outro lado está a imperatriz Teodora, solene e formal, também com um halo dourado, joias e sua corte. Esses mosaicos são praticamente os únicos exemplos que ainda existem de mosaicos seculares do Império Bizantino.
A basílica foi a inspiração para que Filippo Brunelleschi projetasse a cúpula da Santa Maria del Fiore, em Florença.
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