Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), em português "corporação da internet para atribuição de nomes e números", é uma entidade sem fins lucrativos, anteriormente subordinada ao governo dos Estados Unidos da América, responsável pela alocação do espaço de endereços do Protocolo da Internet (IPv4 e IPv6), pela atribuição de identificadores de protocolo, pela administração do sistema de nomes de domínio de primeiro nível genéricos (gTLDs) e com códigos de países (ccTLDs), assim como as funções de gerenciamento do sistema de servidores-raiz.[1]
Internet Corporation for Assigned Names and Numbers | |
Fundada | 18 de setembro de 1998 |
Matriz | Marina del Rey, Califórnia, Estados Unidos |
Pessoas-chave | Fadi Chehadé |
Foco | Coordenar, no âmbito global, o sistema de identificadores exclusivos da Internet. |
Lema | "Um mundo. Uma internet." |
Sítio | www.icann.org |
Baseada na Marina del Rey, a ICANN foi criada em 18 de setembro de 1998 para coordenar algumas tarefas originalmente executadas mediante contrato com o governo dos Estados Unidos, através da Internet Assigned Numbers Authority (IANA) e outras entidades. Está vinculada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos desde o início de suas atividades.
Fadi Chehadé é o presidente/CEO da ICANN desde 22 de julho de 2012, em substituição à Rod Beckstrom.[2] Em 24 de junho de 2011, Steve Crocker substituiu Peter Dengate Thrush como chairman do conselho de diretores da ICANN.
Os princípios básicos de operação da ICANN têm sido descritos como ajudar a preservar a estabilidade operacional da Internet; a promover competição; alcançar ampla representação da comunidade global da Internet, e desenvolver políticas de forma adequada à sua missão através de processos baseados em consentimento.
Em 29 de setembro de 2006, a ICANN assinou um acordo com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que a move em direção ao controle total do sistema de identificadores centralizados e coordenados da Internet.
Atualmente, a ICANN é organizada formalmente como uma corporação sem fins lucrativos com interesses "públicos e de caridade". Ela é gerenciada por um conselho de 16 diretores, dos quais 8 são selecionados por um Comitê Seletivo, no qual todos as áreas que a compõe são representadas, seis são representantes das organizações que lhe dão suporte, um é representante de uma organização At-Large, e por fim, o CEO, que é escolhido pelo conselho.
Atualmente, três organizações dão suporte à ICANN.[3] A Generic Names Supporting Organization (GNSO) cuida da parte política da criação de top-level domains genéricos (gTLDs). A Country Code Names Supporting Organization (ccNSO) cuida da parte política da criação de country-code top-level domains (ccTLDs). A Address Supporting Organization (ASO) cuida da parte política da criação de endereços de IP.
A ICANN também confia a comitês consultivos os conselhos sobre o interesse e necessidades dos envolvidos que não participam diretamente das Organizações que lhe dão suporte. Isso inclui o Governmental Advisory Committee (GAC), que é composto por representantes de vários governos do mundo inteiro. O At-Large Advisory Committee (ALAC) é composto por representantes de organizações de usuários individuais espalhados pelo mundo. O Root Server System Advisory Committee (RSSAC) provê conselhos na operação do sistema de servidores raíz do DNS. O Security and Stability Advisory Committee (SSAC), composto por especialistas em Internet que estudam problemas de segurança, também estão envolvidos. O Technical Liaison Group (TLG) é composto por representantes de outras organizações técnicas internacionais que tem foco, ao menos parcial, na Internet, que também tem interesse em aconselhar a ICANN.
Desde a sua criação em 1998, como parte de suas responsabilidades, a ICANN toma e implementa decisões que afetam a segurança e a distribuição de recursos da infraestrutura da Internet. Dentre as suas principais decisões e ações, destacam-se:
Apesar de gerir um recurso utilizado por todo o planeta, a ICANN segue subordinada a um departamento de estado dos Estados Unidos da América. Muitos países vem pressionando os EUA a admitir uma gestão compartilhada da organização.
Mais recentemente, a abertura de novos domínios de topo vem causando polêmica entre empresas, organizações de segurança e ativistas da internet, por aumentar o custo da proteção de marcas, facilitar golpes virtuais e permitir uma promoção desigual da identidade ligada ao poder econômico.