O Grupo Queiroz Galvão S/A é um conglomerado industrial brasileiro.[3] Foi fundado no Recife, em Pernambuco, e tem sede na capital fluminense, Rio de Janeiro.[1]
Queiroz Galvão | |
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Razão social | Grupo Queiroz Galvão S/A |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Conglomerado |
Gênero | Privada |
Fundação | 1953 (71 anos) Recife, Brasil |
Sede | Rio de Janeiro, Brasil[1] |
Empregados | 40.000 |
Produtos | Construção e Infraestrutura Desenvolvimento Imobiliário Engenharia Ambiental Petróleo e Gás Gestão de Negócios Naval e Offshore Perfuração e Produção de Petróleo e Gás |
Subsidiárias | Construtora Queiroz Galvão Queiroz Galvão Naval Vital Engenharia Ambiental Queiroz Galvão Desenvolvimento de Negócios Constellation Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário QGEP Participações Queiroz Galvão Participações em Egenharia e Construções QGMI Queiroz Galvão Mercado Internacional Engetec Construções e Montagens Timbaúba S.A. |
Faturamento | R$ 10,7 bilhões (2015)[2] |
Website oficial | www.grupoqueirozgalvao.com.br |
Presente em todos os estados brasileiros e em outros países da América Latina e da África, também exporta seus produtos para os Estados Unidos, Canadá e Europa, empregando cerca de 40 mil trabalhadores. Originado no segmento de Construção, hoje atua em diversos setores, destacando-se os de Óleo e Gás, Exploração e Produção, Cimento, Engenharia Ambiental, Participações e Concessões, Desenvolvimento Imobiliário.
O grupo é controlado pela família Queiroz Galvão, representada por Antonio de Queiroz Galvão, presidente do Conselho de Administração.[4]
História
O Grupo Queiroz Galvão nasceu em abril no ano de 1953, no Recife, em Pernambuco. Os irmãos Antonio, Mário, João e Dario de Queiroz Galvão criaram uma pequena empresa de engenharia que se transformou num dos maiores grupos empresariais do Brasil.[5]
Em 1963, a empresa transfere sua sede para o Rio de Janeiro, então especializada em construir estradas, seguiu crescendo, atravessando as fronteiras estaduais, buscando participar dos mais diversos segmentos da economia. Operando nas áreas de exploração de Petróleo e Gás; Siderurgia, Agropecuária e Alimentos; Transportes Urbanos; Concessões de Serviços Públicos e na área financeira através do banco BGN S.A., o grupo Queiroz Galvão inicia a sua diversificação. Nos anos seguintes, presente em todo o território nacional, passou a atuar em países sul-americanos - Uruguai, Peru e Bolívia e sul da Africa, levando ao exterior a marca da Queiroz Galvão.
O primeiro desafio da Construtora na América Latina foi a barragem de Paso Severino, obra hídrica que abastece a cidade de Montevidéu, capital do Uruguai. Na Bolívia, a Construtora executa o trecho Tarija–Potosí da Ruta F-1 Panamericana e o trecho Potosí-Cotagaita da Ruta F-14, totalizando 440 km de rodovia em pavimento rígido.
Também foi responsável pela construção do trecho La Paz-Desaguadero, na fronteira com o Peru (95 km de extensão) e Padcaya-La Mamora-Emboruzú-Bermejo, fronteira com a Argentina (126 km de extensão). Ambos foram realizados sobre a Ruta F-1 do Sistema Vial Boliviano. A Queiroz Galvão executou também o trecho Ascención-San Pablo, com extensão de 114 km, da Rodovia Santa Cruz de la Sierra-Trinidad.
Entre outros importantes projetos rodoviários executados no Peru, a construtora participa do trecho Puente Inanbari-Azangaro do Corredor Bioceânico Sur (Brasil-Peru). No Chile, a empresa realiza as obras de construção da Hidrelétrica La Higuera, na localidade de San Fernando, com capacidade instalada de 155 MW.
Desde 2012, foram feitos progressos para aumentar a produtividade e as economias de energia e trazer uma redução específica das emissões de gases de efeito estufa. Em 2015, a empresa foi premiada com o Fray International Sustainability Award[6] em Antalya, na Turquia, por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
Principais obras no Brasil
- Linha 5 do Metrô de São Paulo[3]
- Linha 6 do Metrô de São Paulo[3]
- Via Mangue[3]
- Complexo Viário de Natal[3]
- Ponte do Guaíba[3]
- TransBrasil[3]
- Duplicação da Rodovia dos Tamoios[3]
- Obras do Contorno de São Sebastião[3]
Negócios
Construçãoː atua na realização de obras de grande porte em diversos segmentos – transportes, refinarias, vias urbanas, saneamento e mobilidade urbana.[7]
Engenharia ambientalː a subsidiária Vital atua na coleta de resíduos, varrição de vias públicas, serviços complementares de limpeza urbana, destinação final de resíduos e aproveitamento energético.[8]
Desenvolvimento imobiliárioː por meio da Casa Orange, atua no segmento imobiliário nos Estados de Pernambuco, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.[9]
Gestão de negóciosː a Queiroz Galvão Gestão de Negócios (QGGN) é resultante da fusão da Queiroz Galvão Participações e Concessões (QGPC) com a Queiroz Galvão Desenvolvimento de Negócios (QGDN) atuando nos segmentos de mobilidade urbana, concessões de rodovias, saneamento, alimentos (frutas irrigadas em Petrolina e pecuária no Pará) e produção de cimento. Também foi constituída a empresa QG Infra. A Cimento Portland Participações - CPP é uma joint venture com o Grupo Cornélio Brennand, sendo dona da marca Cimento Bravo e da Cimar, unidade de moagem de cimento, localizada em São Luís (MA).[10]
Naval e offshoreː a Queiroz Galvão Naval e Offshore detém e opera, em parceria com outras empresas, atividades em dois estaleirosː o Estaleiro Atlântico Sul (EAS, em Ipojuca, Pernambuco) e o Estaleiro Honório Bicalho (em Rio Grande, no Rio Grande do Sul). Por meio do EAS foram entregues à Petrobras seis plataformas de perfuração, exploração e produção de óleo e gás (FPU P53, FPU SS P55, FPSO P58, FPSO P63 e as plataformas de perfuração P59 e P60), e à subsidiária Transpetro sete navios-petroleiros da série Suezmax (João Cândido, Zumbi dos Palmares, Dragão do Mar, Henrique Dias, André Rebouças, Marcílio Dias e José do Petrocínio).[11]
Operação Lava Jato
A Justiça Federal determinou o bloqueio de um crédito de R$163 milhões que a Queiroz Galvão teria de receber do governo do estado de Alagoas.[12] A medida é relativa a um crédito de precatório da empreiteira junto ao Estado de Alagoas – não tem relação com o cartel de empreiteiras que assumiram o controle de contratos bilionários na Petrobrás. “Entre as empreiteiras envolvidas no esquema criminoso, encontrar-se-ia a Construtora Queiroz Galvão S/A e os respectivos dirigentes Ildefonso Colares Filho e Othon Zanóide de Moraes Filho”, anotou o Juiz Sérgio Moro na decisão em que manda sequestrar R$ 163 milhões da empreiteira.[13][14]
Em 2 de agosto de 2016 foi alvo da Operação Resta Um, deflagrada pela Polícia Federal, por integrar um cartel para fraudar licitações da Petrobras. Além dos ajustes e fraude a licitações, as evidências colhidas nas investigações revelam que houve corrupção, com o pagamento de valores indevidos em favor de altos funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras. A operação também investiga o pagamento de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra com o objetivo de obstruir a investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009. Dois ex-executivos da construtora foram presos.[15][16][17]
Referências
- «Presença da Queiroz Galvão é forte em Pernambuco». jconline.ne10.uol.com.br. Consultado em 12 de junho de 2016
- https://www.grupoqueirozgalvao.com.br/comunicacao/demonstracoes-financeiras/ Em falta ou vazio
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(ajuda) - «Queiroz Galvão - Construção Brasil». Grupo Queiroz Galvão. Consultado em 7 de abril de 2016
- «Queiroz Galvão - Administração». Queiroz Galvão. Consultado em 7 de abril de 2016
- «História». Grupo Queiroz Galvão. Consultado em 7 de abril de 2016
- «FLOGEN Star OUTREACH». www.flogen.org (em inglês). Consultado em 19 de fevereiro de 2018
- «Construção Brasil». Queiroz Galvão. Consultado em 16 de março de 2024
- «Engenharia Ambiental». Queiroz Galvão. Consultado em 15 de março de 2024
- «Desenvolvimento Imobiliário». Queiroz Galvão. Consultado em 16 de março de 2024
- «Gestão de Negócios». Queiroz Galvão. Consultado em 16 de março de 2024
- «Naval e OffShore». Queiroz Galvão. Consultado em 16 de março de 2024
- «Justiça bloqueia R$ 163 milhões de empreiteira investigada na Lava Jato». Folha de S.Paulo. 8 de abril de 2015. Consultado em 7 de setembro de 2015
- Fausto Macedo (8 de abril de 2015). «Lava Jato bloqueia mais de R$ 160 mi da Queiroz Galvão». Estadão. Consultado em 7 de abril de 2016
- Flávio Ferreira (8 de abril de 2015). «Justiça bloqueia R$ 163 milhões de empreiteira investigada na Lava Jato». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de abril de 2016
- «PF deflagra Resta Um e alvo é construtora que deu R$ 10 mi a ex-presidente do PSDB». Consultado em 2 de agosto de 2016
- «PF cumpre mandados da 33ª fase da Lava Jato e mira a Queiroz Galvão». G1. Globo.com. 2 de agosto de 2016. Consultado em 2 de agosto de 2016
- «Operação Lava Jato chega a 33ª fase e mira Queiroz Galvão». Veja online ed. Editora Abril. 2 de agosto de 2016. Consultado em 2 de agosto de 2016
Ligações externas
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