A Grande Loja Nacional Portuguesa é uma Obediência maçónica masculina portuguesa que foi constituída com 4 lojas, 50 obreiros, provenientes da obediência regularmente consagrada pela Grande Loja Nacional Francesa, denominada Grande Loja Regular de Portugal.

História

A constituição, filosofia e movimento da Grande Loja Simbólica / Grande Loja dos Antigos e Aceites Maçons de Portugal (1882) serviu de inspiração para o movimento de 1996 que leva a criação da Grande Loja Nacional Portuguesa.

Assim, em 1996 as Lojas e Maçons com origem na Maçonaria Regular, após a cisão da Grande Loja Regular de Portugal e em Assembleia Geral decidiram “recriar o espírito da Grande Loja dos Antigos Maçons”, na esperança que as divergências na Grande Loja Regular de Portugal fossem ultrapassadas. Mas a paz maçónica tão necessária e essencial aos maçons não estava a ser conseguida. Desta cisão resultou ainda a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

Em 9 de março de 2000 e com a anexação da Loja Luz do Norte da Grande Loja Regular de Portugal, Lojas e maçons regulares, constituíram, por escritura pública, a Associação civil com o nome de Grande Loja Nacional Portuguesa.

Foi criado o Centro de Estudos Fernando Pessoa[1][2], que promove e organiza colóquios e congressos tendo realizado em Lisboa, no dia 25 de Março de 2006 o I Congresso Maçónico aberto ao público numa universidade e amplamente divulgado na comunicação social. Contudo, mantém uma grande discrição, não se comprometendo nem envolvendo, como instituição, em temas ideológicos paralelos, deixando tais iniciativas ao livre arbítrio pessoal dos seus filiados.

Em 2009 e por aceitação fraterna entre Irmãos, em Assembleia Geral foi aceite a criação de uma outra Grande Loja maçónica, denominada por Grande Loja Unida de Portugal, para que os ritos em uso pudessem ser mais bem desenvolvidos junto dos maçons regulares e tradicionais, sendo esta nova Grande Loja criada e consagrada pelo Grande Priorado das Gálias[3][4], em Paris, França, com membros regulares da Grande Loja Nacional Portuguesa.

Teve como sede o Palácio Maçónico, situado no Solar dos Condes de Vinhais em Mirandela, sendo reconhecida de imediato pela Maçonaria Regular Continental, em contraponto com a Maçonaria Regular Anglo-Saxónica que reconheceu a Grande Loja Legal de Portugal.

A Actualidade

A Grande Loja Nacional Portuguesa tem diversos Tratados de Amizade e de Reconhecimento Mútuo com várias Grandes Lojas, nomeadamente, com:

Mais informação Europa, África ...
Europa África Ásia América
Grande Loja da Bulgária[5] Grande Loja Unida de Marrocos Grande Loja do Líbano Grande Loja do México
Grande Loja das Canárias Grande Loja do Togo Grande Loja da Índia[6] Grande Loja Salvadorenha
Grande Loja da Áustria Grande Loja dos Camarões Grande Loja das Filipinas Grande Loja do Uruguai
Grande Loja Confederada de Espanha Grande Loja Simbólica do Gabão entre outras Grande Loja do Equador
Grande Loja Simbólica (OPERA) entre outras Grande Loja Mexicana do Texas
Grande Loja da Grécia Grande Loja do Peru
Grande Loja da Hungria
Grande Loja de Itália[7]
Grande Loja da Letónia
Grande Loja da Rússia
Grande Loja da Moldávia
Grande Loja da Roménia[8]
Grande Loja da Sérvia[9]
Grande Loja Checa
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Os obreiros desta Grande Loja são os representantes da Maçonaria Regular e Tradicional em Portugal, fazendo parte da Confederação das Grandes Lojas da Europa e da Confederação Internacional das Grandes Lojas Unidas[10].

É também uma Obediência Regular pela sua origem, no sentido em que todas as Lojas e maçons eram provenientes de uma Grande Loja regular, reconhecida e consagrada regularmente, onde se mantinha a crença em Deus e na sua vontade revelada, exigindo isso a todos os novos iniciados.

São representantes Regulares pela origem acima referenciada e Tradicionais pela aplicação dos usos e costumes emanados da Constituição de Anderson de 1723.

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Templo Maçónico

Integrando diversos Obreiros espalhados pelo país e sendo uma das principais Obediências nacionais, tem pleno controlo sob as Lojas, é independente e autónoma, autoridade única e incontestada sobre os três primeiros Graus simbólicos e não partilha a sua autoridade com outras organizações.

Em todas as circunstâncias são expostas as Três Grandes Luzes da Maçonaria, sendo a Bíblia o Livro Sagrado, iniciando os seus trabalhos com a Bíblia aberta no prólogo do 4º Evangelho, João. Existe uma interdição das discussões políticas e religiosas em Lojas, aplicando o rigor no uso e na defesa dos Landmarks e do espírito maçónico tradicional (tradição consagrada na Constituição de Anderson), nos usos e costumes do Ofício e só admitem candidatos com a crença em Deus.

Toleram ainda a presença de outros Volumes da Lei Sagrada, junto à Bíblia, no momento da prestação do juramento profano, no dia da iniciação, se a pessoa a ser admitida pertencer a uma religião diferente. A Bíblia na Maçonaria tradicional representa um símbolo e não é interpretado como um livro de qualquer religião revelada, mesmo que seja a do novo iniciado.

Todos os compromissos e juramentos desde a sua fundação e até à presente data são prestados sobre o Livro da Lei Sagrada, ligando a consciência do iniciado à transcendência do divino. É exclusivamente masculina.

Ritos e Rituais

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Templo da GLNP

Coube à Grande Loja Nacional Portuguesa a manutenção e defesa do Rito Escocês Antigo e Aceite, trabalhando nos três primeiros graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceite (1º Grau – Aprendiz ; 2º Grau – Companheiro; 3º Grau – Mestre Maçon), focando-se o estudo aprofundado do conhecimento histórico, simbólico e filosófico da Maçonaria.

A Grande Loja Unida de Portugal foca-se na manutenção e desenvolvimento do Rito Francês, Rito Escocês Retificado e Rito Escocês da Escócia.

O Rito Escocês Antigo e Aceite que praticam desde a fundação da Grande Loja e na sequência do mesmo que foi desenvolvido na Europa, não é por estes maçons entendido como um substituto da religião, pela razão de que não se entregam a uma verdade revelada e não vão à Loja para adorar nela o Eterno. Trabalham em sua Glória e praticam a evocação do Grande Arquitecto do Universo no caminho do transcendente, cabendo a cada um desses maçons interpretar esse símbolo em função do seu próprio entendimento.

Promoveram individualmente, como maçons, a criação de um Supremo Conselho de Portugal do Rito Escocês Antigo e Aceite, para que melhor instruísse os elementos constituitivos dos graus seguintes, remontando alguns ao século XIII. O seu espírito remonta a uma época muito antes do período judaico-cristão; a sua filosofia é muito anterior à antiguidade Greco-Romana.

Praticam a sua Maçonaria sem eliminar do seu método de trabalho nenhum dos símbolos e mantendo o maior escrúpulo na realização ritualizada do mesmo.

Grão-Mestre (Mandato de 2023/2025)

Foi eleito como XV Grão-Mestre, Nuno Tinoco.

Bibliografia

Ligações externas

Hiperligações

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