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"Gilgongo! ou, a Última Transmissão da Rádio Ducher" é o quinto álbum de estúdio da banda de rock brasileira Bidê ou Balde. Foi lançado em outubro de 2015, em parceria com o selo paulista HBB (Hearts Bleed Blue). [1]
Gilgongo! ou, a Última Transmissão da Rádio Ducher | |||||
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Álbum de estúdio de Bidê ou Balde | |||||
Lançamento | 2015 | ||||
Gênero(s) | Rock Pop | ||||
Duração | 59:29 | ||||
Formato(s) | CD, download | ||||
Gravadora(s) | HBB (Heats Bleed Blue) | ||||
Produção | Gilberto Ribeiro Jr. E Bidê ou Balde | ||||
Cronologia de Bidê ou Balde | |||||
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Gilgongo! é um álbum conceitual e reproduz com perfeição a última hora de transmissão da imaginária Rádio Ducher - vinhetas e comerciais incluídos -, antes que ela seja extinta, abruptamente, por alienígenas que invadem os estúdios e interrompem permanentemente a sua programação, bem em meio a um programa apresentado pela grande dama da rádio rock gaúcha, Katia Suman, que estava apresentando raridades, novidades e outras coisas malucas relacionadas à Bidê ou Balde.[2]
Segundo o vocalista Carlinhos Carneiro, GILGONGO! encerra uma trilogia, que inclui o EP Adeus, Segunda-feira Triste (2011) e o álbum Eles São Assim. E Assim Por Diante (2012), chamada Kilgore Trio, uma homenagem ao personagem Kilgore Trout, que apareceu em diferentes livros do autor americano Kurt Vonnegut, reverenciado em títulos e outras particularidades nos três lançamentos da banda. [1]
O álbum foi incluído na lista dos 50 Melhores Discos Nacionais de 2015, pelo site Miojo Indie, na posição 49º. [3]
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |
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1. | "[Sintonizando Ducher]" | Gilberto Ribeiro Jr., Leandro Sá e Carlinhos Carneiro | 0:24 | |
2. | "Much more than a friend" (Por Luciano Albo) | Leandro Sá e Carlinhos Carneiro (Versão: Luciano Albo) | 2:12 | |
3. | "[Radio Ducher #1]" | Carlinhos Carneiro e Pedro Petracco | 0:32 | |
4. | "Não para(r) mais" (Participação: Pedro Porto, Marcos Rübenich e Cristiano Sassá) | Carlinhos Carneiro, Leandro Sá, Vivi Peçaibes, Rodrigo Pilla e Flávio Carneiro | 4:33 | |
5. | "À la minuta" (Participação: Edu K e Platéia do Opinião) | Carlinhos Carneiro e Leandro Sá | 4:25 | |
6. | "[Rádio Ducher #2]" | Carlinhos Carneiro, Plato Divorak e Pedro Petracco | 1:11 | |
7. | "O soul mentiu pra você" (Participação: Grass Fed Youth) | Plato Divorak, Beto Nickhorn e Régis Sam | 4:37 | |
8. | "Fazer tudo a pé" (Participação: Diego Belmonte e Maurício Bisol) | Rodrigo Pilla | 3:49 | |
9. | "[Rádio Ducher #3]" | Plato Divorak e Pedro Petracco | 0:08 | |
10. | "Tudo OK" (Participação: Pedro Dom e Mágico Kronnus) | Rodrigo Pilla | 3:58 | |
11. | "Eu gostaria de matar os dois" (Participação: Frank Jorge e André Surkamp) | Marcelo Birck e Frank Jorge | 2:43 | |
12. | "[Rádio Ducher #4]" | Carlinhos Carneiro e Pedro Petracco | 0:16 | |
13. | "Ame o limão!" (Participação: Amanda Magnone e Sandro Ribeiro) | Amanda Magnone e Leandro Sá | 2:20 | |
14. | "[Estúdio Mubemol]" | Gilberto Ribeiro Jr. | 0:16 | |
15. | "[Rádio Ducher #5]" | Leandro Sá, Gilberto Ribeiro Jr. e Gert Bolten Maizonave | 0:57 | |
16. | "Choose de loque - ou, tudo funcionando meio Happy Mondays" (Participação: Plato Divorak) | Plato Divorak, Leandro Sá e Kátia Aguiar | 2:46 | |
17. | "Quedê-lhe a sala especial" (Participação: Michel Vontobel) | Leandro Sá e Vivi Peçaibes | 3:49 | |
18. | "[Rádio Ducher #6]" | Carlinhos Carneiro, Plato Divorak e Pedro Petracco | 0:56 | |
19. | "Final de novela - ou, tudo funcionando meio Irmãos Coragem" (Participação: Renato Borghetti e Rafuagi) | Carlinhos Carneiro, Rafa Rafuagi, Ricky Rafuagi, Leandro Sá e Kátia Aguiar | 3:04 | |
20. | "[Rádio Ducher #7]" | Carlinhos Carneiro, Plato Divorak e Pedro Petracco | 0:30 | |
21. | "E assim por diante" (Participação: Gonzalo Deniz) | Carlinhos Carneiro, Leandro Sá e Gilberto Ribeiro Jr. (Versão: Gonzalo Diniz) | 2:17 | |
22. | "[Rádio Ducher #8]" | Carlinhos Carneiro, Plato Divorak e Pedro Petracco | 0:44 | |
23. | "Prato comercial" (Remix por ccccchaves) | Carlinhos Carneiro e Leandro Sá | 5:02 | |
24. | "Melissa (Instrumental)" (Por Astronauta Pinguim) | Carlinhos Carneiro e Rafael Rossato | 3:47 | |
25. | "+Q1 Vanessa - ou, o Vanessa" (Participação: Gilberto Ribeiro Jr) | Leandro Sá e Carlinhos Carneiro | 2:45 | |
26. | "[Rádio Ducher #9]" | Carlinhos Carneiro e Pedro Petracco | 1:28 | |
Duração total: |
59:29 |
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Aconteceu há um tempo atrás, no futuro, quando a Terra havia sido invadida por uma horda de alienígenas reptilianos que vibravam de prazer, entoando aos gritos a expressão "Gilgolgo!", a cada vez que extinguiam uma de nossas formas de vida mais raras, culturas antigas ou hábitos exóticos. A primeira vez que ouvimos falar deles foi nos textos de um humanista esquecido, sábio absoluto dos modos humanos e espaciais, autor de contos e romances de ficção científica lançados em revistas pornográficas cheias de 'castores escancarados': Kilgore Trout Tínhamos em nossa cidade uma rádio única, diferente de tudo no dial, com seu ritmo próprio e comunicadores apaixonados por música, que conquistavam os ouvintes com informação sobre os mais variados tópicos e um gosto pela subversão, pelo absurdo, e tudo aquilo que fazia a cabeça de sus ídolos e os tornavam personagens grandiosos em suas ondas de freqüência modulada - pessoas comuns, artistas locais e poetas do mundo inteiro incluídos num só saco de gênios. Era a Rádio Ducher, um espaço anárquico, um oásis de loucura, que dava à música dos outsiders e malucos um posto no panteão dos eternos. A ovelha negra das emissoras. Uma cultura antiga, um hábito exótico. O álbum que você tem às suas mãos é a reprodução exata da última hora de transmissão da Rádio Ducher, que naquele horário tinha em sua grade o programa Clube Bridge Robo Magic, apresentado pela mais icônica voz de lá, a apresentadora Karia Suman, e com as constantes intervenções do homenageado/patrono mór da Rádio, o músico Plato Divorak, com diversas receitas da sua criação que dera nome à Rádio, o Ducher. Havia uma certa tranqüilidade no ar, era apenas mais uma transmissão, mas era a última - para o desespero de todos os ouvintes, artistas, apresentadores e pessoal da limpeza. É possível ouvir, ao final do disco, o exato momento em que as nefastas formas de vida invadiram os estúdios e decretaram o final da rádio, gritando, rindo e dando adeus com prazer: Gilgongo! |
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À LA MINUTA - A ontologia do ser e do ente enquanto tempo: A questão, meu, é conceitual: o que é? O que é que tem? Me refiro ao ser, em si mesmo, entende? Ser, intransitivo. O troço é, ou o troço não é. Troço, mas dizendo tróço. Para com essa bobagem. Se o troço é, não tem erro, é bucha: a coisa, o troço, esse algo aí, é, e ponto. Vamos tomar um exemplo - garçom, traz um exemplo aí! Aí vem o garçom com um à la minuta. Começa o problema do ser: um à la minuta ou uma à la minuta? Tem um carioca junto e estranha, mehmão, é à minuta, sem esse "la" aí. Ninguém dá bola. Aí outro olha e bá, tem feijão, e já a mesa toda se revolta, porque se tem feijão é outro ser, o ser profundo do prato comercial. Entende como é? Conceito, clareza, profundidade, um olho no olho e outro no lance. À la minuta, todos os minutos da vida, all the time, rapidinho conforme o pedido, é bife, arroz, batata frita, com dois ovos fitos em cima, no máximo uma saladinha em volta, pra dar uma cor. Sem feijão. Garçom, mais um exemplo aí, que a coisa vai longe! |
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