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Gaspar de Sousa (ca. 1550 — Porto[1], ca. 1627[2]) foi um administrador colonial português, governador-geral do Brasil, um dos líderes da conquista do Estado do Maranhão aos franceses.
Gaspar de Sousa | |
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Nascimento | 1550 |
Morte | 1627 |
Começou sua carreira como pajem e moço fidalgo, tendo participado da batalha de Alcácer Quibir (1578), onde foi preso e pagou o resgate exigido pela sua liberdade com os seus próprios recursos. Por sua bravura recebeu comendas, honrarias e uma tença da fazenda real de D. Felipe II, de quem se tornou gentil-homem[1].
Participou dos combates navais nos Açores (1582) contra a frota francesa, e foi o capitão de tropas portuguesas na Invencível Armada espanhola (1588), contra a Inglaterra, além de ter atuado na formação de terços portugueses para a guerra contra a França e a Holanda[1].
Foi nomeado para o cargo de governador-geral do Estado do Brasil, por Felipe III, com a incumbência de combater e expulsar os franceses que ocupavam o Maranhão, tendo recebido o regimento escrito em Lisboa a 6 de outubro de 1612[1].
Por conta da invasão francesa na região norte do Brasil, na França Equinocial, Dom Gaspar iniciou seu governo em Pernambuco.[3] Sob suas ordens, partiram várias sumacas de Pernambuco, Parahyba, Bahia e Ceará,[3] sob as ordens do capitão Jerônimo de Albuquerque Maranhão.[3][4] Ciente da situação, mandou vir de Portugal, para ajudar Jerônimo, Diogo de Campos Moreno, que era grande conhecedor do Brasil. Ainda durante seu governo, a região foi reconquistada para os portugueses, que ali passaram a se estabelecer[5].
Garantiu o domínio ibérico do Maranhão, derrotando e expulsando os franceses (1615). Empenhou-se em ocupar e explorar como forma de defesa militar do território, avançando na conquista do litoral. Recebeu inúmeras mercês, como a do hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo, as comendas de São Salvador de Ansiães, de Nossa Senhora do Touro, da referida Ordem. Fez parte do Conselho de Estado (1591)[1].
Permaneceu como governador até 1617, quando foi sucedido pelo conde do Prado. Os seus serviços na conquista do Maranhão valeram-lhe a doação de uma capitania que passou a ser de juro e herdade, desde o Turiaçu ao Caité, com 20 léguas para o sertão.[5]
De família aristocrática, era filho de Álvaro de Sousa, que serviu à monarquia portuguesa no Estado da Índia (1537) e, no início da União Ibérica, integrou o conselho de Felipe II, e de D. Francisca de Távora, irmã de D. Cristóvão de Moura, 1º marquês de Castelo Rodrigo[1].
Precedido por Diogo de Meneses e Sequeira Governo em Salvador |
Governador do Brasil 1612 — 1617 |
Sucedido por Luís de Sousa, conde do Prado |
Precedido por Francisco de Sousa Governo no Rio de Janeiro
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