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furacão de categoria 4 no Atlântico em 2024 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Furacão Helene foi um ciclone tropical grande e destrutivo que causou destruição generalizada e mortes em todo o Sudoeste dos Estados Unidos no final de setembro de 2024. Ele foi o furacão mais forte já registrado a atingir a região de Big Bend, na Flórida, o furacão mais mortal do Atlântico desde Maria em 2017, e o mais mortal a atingir o continente americano desde Katrina em 2005.[1][2]
Furacão Helene | |
Helene no pico de intensidade pouco antes de atingir a região de Big Bend na Flórida no final de 26 de setembro | |
História meteorológica | |
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Formação | 24 de setembro de 2024 |
Extratropical | 27 de setembro de 2024 |
Dissipação | 29 de setembro de 2024 |
Furacão categoria 4 | |
1-minuto sustentado (SSHWS/NWS) | |
Ventos mais fortes | 140 mph (220 km/h) |
Pressão mais baixa | 938 mbar (hPa); 27.70 inHg |
Efeitos gerais | |
Fatalidades | 231 |
Desaparecidos | 27 |
Danos | $87.9 billhão (2024 USD) |
Áreas afetadas | Península de Iucatã, Honduras, Ilhas Cayman, Cuba, Sudoeste dos Estados Unidos (especialmente Flórida, As Carolinas e Geórgia, mas também incluindo Alabama, Tennessee, Kentucky, Virgínia e Virgínia Ocidental), Região Centro-Oeste dos Estados Unidos (Illinois, Indiana, Ohio) |
Parte da Temporada de furacões no Atlântico de 2024 |
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A oitava tempestade nomeada, o quinto furacão e o segundo grande furacão da temporada de furacões do Atlântico de 2024, o Helene se desenvolveu em 22 de setembro a partir de uma ampla área de baixa pressão no Mar do Caribe Ocidental.[3] Em 24 de setembro, o fenômeno se consolidou o suficiente para se tornar uma tempestade tropical ao se aproximar da Península de Iucatã, recebendo o nome de Helene, do Centro Nacional de Furacões.
As condições do tempo levaram à intensificação, que se tornou um furacão no início de 25 de setembro. Uma intensificação mais pronunciada e rápida ocorreu quando Helene atravessou o Golfo do México no dia seguinte, atingindo a intensidade de categoria 4 na tarde de 26 de setembro. No final de 26 de setembro, Helene atingiu a costa com intensidade máxima na região de Big Bend, na Flórida, perto da cidade de Perry, com ventos máximos sustentados de 220 quilômetros por hora. Helene enfraqueceu à medida que se movia rapidamente para o interior antes de degenerar para um ciclone pós-tropical sobre o Tennessee em 27 de setembro. A tempestade então parou sobre o estado antes de se dissipar em 29 de setembro.
Antes da chegada esperada de Helene, o estado de emergência foi declarado na Flórida e Geórgia devido aos impactos significativos esperados, incluindo marés de tempestade muito altas ao longo da costa e rajadas com força de furacão bem no interior como Atlanta. Os avisos de furacão foram estendidos mais para o interior devido à progressão rápida de Helene. A tempestade causou inundações catastróficas provocadas por chuvas, principalmente no oeste da Carolina do Norte e no leste do Tennessee, e sul da Virgínia Ocidental, e gerou bastantes tornados. Desde 30 de outubro, pelo menos 231 mortes e cerca de $89 bilhões foram atribuídas à tempestade.
Em 17 de setembro, o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) destacou o potencial de ciclogênese tropical no Mar do Caribe ocidental.[4] Condições favoráveis para desenvolvimento de um ciclone tropical resultaram na interação do Giro da América Central - um sistema largo de baixa pressão de monção — e a interação da oscilação de Madden–Julian, que reforçou um fluxo ciclônico de larga escala que se estendia desde o Oceano Pacífico Leste até ao Mar do Caribe Ocidental.[5] Vários dias depois, em 22 de setembro, uma ampla área de baixa pressão desenvolveu-se no oeste do Caribe.[6] À medida que o sistema atravessava um ambiente propício ao desenvolvimento de ciclones tropicais,[3][7] as chuvas e tempestades associadas à perturbação consolidaram-se gradualmente.[8] Devido à ameaça iminente do sistema à terra, ele foi designado como ciclone tropical potencial Nove em 23 de setembro.[9] No dia seguinte, aeronaves caçadoras de furacões da Reserva da Força Aérea descobriram que o sistema estava produzindo ventos de nível de voo de 84 quilômetros por hora e desenvolveu um centro mais definido; de acordo com os dados o NHC atualizou o sistema para a tempestade tropical Helene às 15h00 UTC.[10] O sistema continuou a fortalecer-se, com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês) e os caçadores de furacões da Reserva da Força Aérea a descobrirem que os ventos máximos de Helene tinham aumentado para 130 quilômetros por hora. Como resultado, o NHC atualizou o sistema para a categoria de furacão às 15h00 UTC de 25 de setembro, quando começou a entrar no Golfo do México enquanto virava para o norte. Uma depressão de nível superior a oeste e uma crista de alta pressão localizada no sudeste dos Estados Unidos serviram ambos para direcionar o ciclone em direção à Costa do Golfo dos EUA.[11] Helene era um sistema muito grande,[12] com o NHC observando em várias discussões de previsão que os raios de tempestade previstos estavam "no 90º percentil do tamanho do furacão em latitudes semelhantes".[13]
Após permanecer estável por um tempo devido ao seu amplo tamanho e alguma entrada de ar mais seco a oeste, o Helene recuperou de forma rápida e começou sua rápida intensificação na manhã de 26 de setembro — auxiliado por baixo cisalhamento do vento de nível médio, altos valores de humidade relativa e temperaturas da superfície do mar (TSM) superiores a 30 °C perto da corrente de Loop — à medida que um olho se desenvolvia cada vez com melhor definição, atingindo a intensidade de categoria 2 às 12h00 UTC.[14] Fortalecendo rapidamente, às 18h25 UTC o Helene foi considerado um furacão maior pelos caçadores de furacões,[15] e quatro horas depois, um furacão de categoria 4.[16] O furacão atingiu seu pico de intensidade depois naquela noite com ventos máximos sustentados de 220 quilômetros por hora e uma pressão barométrica mínima de 938 mb às 3h10 UTC em 27 de setembro, quando atingiu a costa a leste do centro do rio Aucilla, cerca de 16 quilômetros a oeste-sudoeste de Perry, Flórida,[17] tornando-se o furacão mais forte a atingir o Big Bend da Flórida.[18] Um enfraquecimento rápido ocorreu à medida que a tempestade seguia para o interior e, quando chegou à Geórgia às 05h00 UTC do dia seguinte, havia enfraquecido para um furacão de categoria 2.[19] Enfraquecendo mais, algumas horas depois, tornou-se uma tempestade tropical no centro-leste da Geórgia.[20] Depois de algumas horas, enfraqueceu mais para uma depressão tropical perto da fronteira do Kentucky-Tennessee border, nordeste de Cookvillle.[21] Ele rapidamente tornou-se um ciclone pós-tropical e eventualmente dissipou-se em 29 de setembro.
Em 9 de outubro, pesquisadores da World Weather Attribution concluíram com "alta confiança" que Helene foi agravada pelas mudanças climáticas. Em uma avaliação científica, os pesquisadores descobriram que Helene tinha 10% mais chuva, ventos que eram 21 km/h mais intensos e extraíam energia da água que era 1,3 Cº mais quente devido às mudanças climáticas.[22] Estes "21 km/h" significam que a velocidade do vento aumentou 11% e como a destruição causada pelos furacões cresceu 50% quando a velocidade do vento aumentou 5%, as alterações climáticas aumentaram a destruição causada pelo furacão em mais de duas vezes. Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley descobriram que, em algumas partes da Geórgia e da Carolina do Norte, as mudanças climáticas aumentaram as chuvas da tempestade em mais de 50%.[23]
Avisos de tempestade tropical foram emitidos em 24 de setembro para o leste da Península de Iucatã.[24] Partes de Quintana Roo e de Iucatã foram colocadas sob um alerta azul, indicando impactos indiretos.[25] Foi posteriormente elevado a alerta vermelho, perigo máximo.[26] As chegadas de navios de cruzeiro nos portos do antigo estado foram canceladas para os dias 24 e 25 de setembro.[27] Tren Maya também foi encerrado.[28] Em Isla Mujeres, foram abertos dois abrigos.[29] Foram efetuadas evacuações em zonas vulneráveis.[30] Aos visitantes da Ilha Holbox foi oferecido um passeio de ferry para fora da ilha sem qualquer custo.[31] As aulas foram suspensas em Quintana Roo.[30]
As Ilhas Cayman estavam sob um aviso de tempestade tropical em 24 de setembro. O abrigo da Cruz Vermelha das Ilhas Cayman foi aberto em preparação para a tempestade;[32] Ninguém o utilizou.[32][33] Foram abertos locais de sacos de areia em Grande Cayman e Cayman Brac.[33] Devido à ameaça de fortes chuvas, as escolas das Ilhas Cayman foram encerradas em 23 de setembro.[34] O Aeroporto Internacional Charles Kirkconnell e o Aeroporto Internacional Owen Roberts foram encerrados antes da chegada de Helene.[27] O Regimento das Ilhas Cayman foi implantado antes do sistema para ajudar na preparação e distribuição de sacos de areia. Além disso, um aviso de pequenas embarcações foi emitido para as ilhas em 23 de setembro, com um aviso marítimo emitido no dia seguinte.[35] O aviso de tempestade tropical foi cancelado no dia seguinte.[36]
Alertas de tempestade tropical e de furacão foram emitidos para o oeste de Cuba.[24] As brigadas médicas estavam preparadas para as áreas sujeitas a cheias;[37] enquanto a chuva forte começou a cair, escolas e portos foram encerrados, e barcos de pesca foram chamados para terra.[38] Devido ao tempo adverso causado por Helene, a empresa Provincial Transport Company de Havana suspendeu o serviço de ferry em Regla. A Administração Marítima de Cuba suspendeu a navegação no Golfo de Batabanó.[39]
A Amtrak modificou ou cancelou vários comboios nas suas rotas do Sudoeste dos Estados Unidos entre 27 de setembro e 1 de outubro devido à tempestade.[40]
Avisos de furacão foram emitidos para a área de Big Bend da Flórida, com quase toda a Flórida, exceto a parte mais a oeste do Panhandle da Flórida, foi posto com aviso de tempestade tropical.[41] Em soma, na tarde de 26 de setembro, um aviso de ventos fortes foi emitido para a parte leste da Panhandle da Flórida,[42][43] o primeiro desde Furacão Idalia. Em 23 de setembro o Governador Ron DeSantis emitiu uma emergência estadual para 41 condados da Flórida.[44] No dia seguinte, isso foi expandido para 61 condados.[27] O Presidente do E.U.A. Joe Biden autorizou uma declaração de desastre para 61 condados na Flórida.[45] Localmente, o Condado de Volusia emitiu um estado de emergência.[46] Vários locais de sacos de areia abriram no estado.[47][48] Em 24 de setembro, vários parques estaduais foram encerrados: quatro deles no condado de Franklin, dois no condado de Gulf, e um no condado de Gadsden.[49]
Na área de Tampa Bay, as autoridades anunciaram que as escolas fechariam em antecipação da tempestade.[50] Um jogo de futebol americano universitário entre a Universidade Flórida A&M e Alabama A&M, que estava previsto para o fim de semana de 28–29 de setembro, foi adiado para 29 de novembro devido à tempestade.[51][52] No campus de Jacksonville de Flórida State College, as aulas e atividades no campus foram canceladas por dois dias.[53] A missão SpaceX Crew-9, que devia ser lançada da estação espacial de Cape Canaveral em 26 de setembro, foi adiada para 28 de setembro.[27][54][55] Os jardins Central Florida Zoo and Botanical Gardens planeou fechar em 26 de setembro e cancelou os eventos desse dia.[56]
A festa Mickey's Not-So-Scary Halloween Party foi cancelada devido a Helene, com o SeaWorld Orlando e vários outros parques no Walt Disney World e Universal Orlando também encerrados e com alterações de horário.[57][58] O evento da Universal Halloween Horror Nights também foi cancelado.[59] As universidades da Flórida Central, Embry–Riddle Aeronautical, Flórida, Flórida A&M, Flórida Atlantic, Florida Gulf Coast, Florida State, Keiser, Lynn, North Florida, South Florida, e Stetson anunciaram encerramentos nos seus campus e suspenderam operações.[60][61] O condado de Leon abriu as escolas para servirem como abrigos.[62]
Em 24 de setembro, o condado de Citrus emitiu evacuações obrigatórias para a zona a, que inclui áreas costeiras nas comunidades de Crystal River e Homosassa. No condado de Wakulla, uma evacuação obrigatória foi ordenada para todos os residentes e visitantes, enquanto no condado de Hernando, evacuações obrigatórias foram ordenadas para qualquer pessoa a oeste da US 19 e todos os residentes em áreas costeiras ou baixas e aqueles que vivem em casas pré-fabricadas.[27] Duas prisões no condado de Wakulla com um total de 2.500 presos não foram evacuadas, apesar da ordem de evacuação emitida aos residentes.[63] O condado do Golfo emitiu evacuações obrigatórias para todos os visitantes. No condado de Charlotte e no condado de Franklin, foram emitidas evacuações obrigatórias para ilhas-barreira, áreas baixas e propensas a inundações, casas pré-fabricadas e casas que não cumpriam os códigos de construção.[27] No condado de Sarasota, os funcionários emitiram uma ordem de evacuação para as comunidades de origem de Nível A e fabricadas em 25 de setembro.[64]
O Busch Gardens Tampa Bay, o Aeroporto Internacional St. Pete-Clearwater e o Aeroporto Internacional de Tampa foram fechados em 26 de setembro.[65][66][67] Mais a norte, o Aeroporto Internacional de Tallahassee foi encerrado no mesmo dia.[68]
A costa da Geórgia foi submetida a alertas de tempestades tropicais. Em contraste, o sudoeste da Geórgia foi colocado sob um aviso de furacão que se estendia até o norte do estado como no condado de Spalding, e todos os alertas de tempestades tropicais na Geórgia foram substituídos por avisos de tempestades tropicais até ao norte e até a fronteira do Estado do Tennessee e da Geórgia. O Serviço Nacional de Meteorologia em Peachtree City emitiu acidentalmente um aviso de furacão para o condado de Jackson quando deveria ser um aviso de tempestade tropical.[69][70][71]
Além disso, na noite de 26 de setembro, foi emitido um aviso de vento extremo para partes do Sul da Geórgia, incluindo Valdosta.[72] Em 24 de setembro, em preparação para Helene, funcionários dos condados de Bryan, Candler e Chatham começaram a mobilizar centros de resposta a emergências.[73] Os condados de Colquitt, Thomas e Decatur abriram abrigos.[74] Nesse mesmo dia, o governador Brian Kemp emitiu um estado de emergência para a Geórgia, uma vez que se esperava que Helene chegasse ao estado.[75] No Condado de Thomas, o Departamento de Obras Públicas começou a fornecer sacos de areia devido à tempestade.[76]
Em 25 de setembro, escolas foram encerradas nos condados de Bibb e Twiggs.[77] Muitas escolas na área metropolitana de Atlanta cancelaram em 26 e 27 de setembro, como as Escolas Públicas de Atlanta, com alguns condados a mover os estudantes e funcionários não essenciais online.[69] Algumas escolas também fizeram um dia de ensinamento digital, por exemplo as escolas públicas do condado de Gwinnett tiveram um dia de ensinamento digital no dia 26 e cancelaram em 27. Em outro lugar, no condado de Clayton, as escolas e eventos desportivos exteriores foram cancelados.[78] O Cumberland Island National Seashore e o Monumento Nacional Fort Pulaski fecharam em 25 de setembro em preparação para o furacão.[79] Os Atlanta Braves adiaram os restantes dois jogos na séries contra o New York Mets para 30 de setembro em dois jogos em um dia.[80] Toques de recolher foram implementados por várias localidades em 26 de setembro.[81] A Universidade de Emory moveu as aulas online em 26 e 27 de setembro,[82] e a Universidade da Geórgia cancelou todas as aulas.[83] Antes da tempestade, o candidato a vice-presidencial JD Vance cancelou dois eventos em 26 de setembro para a campanha Trump–Vance de 2024 agendada em Macon e Flowery Branch.[84]
Toda a Carolina do Sul foi posta sobre um aviso de tempestade tropical,[85] e o Governador Henry McMaster emitiu uma declaração de emergência para todo o estado.[86] o Parque Nacional Congaree foi fechado em 26 de setembro até 27 de setembro devido ao furacão.[87] Além disso o Parque Nacional Histórico de Fort Sumter e Fort Moultrie e o Sítio Nacional Histórico de Charles Pinckney fecharam devido à aproximação da tempestade.[88]
O Oeste da Carolina do Norte foi colocado com um aviso de tempestade tropical.[89] O Governador Roy Cooper declarou o estado de emergência para a Carolina do Norte.[90] Ambos os Parques Estaduais Gorges e Mount Mitchell foram encerrados devido à tempestade, com o encerramento também ocorrendo no Blue Ridge Parkway.[91]
Estado | Mortes | Danos (US$) | Ref |
---|---|---|---|
Flórida | 25 | $20,1 bilhão | [1][92] |
Geórgia | 33 | >$6,88 bilhão | [93][94][95] |
Carolina do Sul | 51 | Desconhecido | [96] |
Carolina do Norte | 101 (26) | $53,6 bilhão | [97][98][99] |
Tennessee | 17 (1) | Desconhecido | [1][100][101][102] |
Virgínia | 2 | Desconhecido | [1] |
Indiana | 1 | Desconhecido | [103] |
Total | ≥231
(27) |
>$81,6 bilhão | [104] |
Nos Estados Unidos, as estimativas iniciais estimam que as perdas seguradas podem atingir 3 a 6 bilhões de dólares, de acordo com a corretora de resseguros Gallagher Re.[105] com a AM Best estimando mais de 5 bilhões de dólares em prejuízos.[106] Os estados mais atingidos foram a Flórida, a Geórgia, a Carolina do Norte e a Carolina do Sul. No entanto, estimativas mais recentes da Moody's Analytics estimaram que os danos poderiam atingir os 20–34 bilhões de dólares.[107] A AccuWeather estimou que os danos totais e as perdas económicas poderiam custar entre 95 e 110 bilhões de dólares.[108]
Honduras sofreu fortes chuvas como resultado do giro centro-americano que precedeu Helene.[109] Como resultado, o rio Goascorán provocou inundações em comunidades próximas localizadas em áreas baixas nos departamentos de Valle e Choluteca, atingindo um nível de mais de 1,30 metro.[110] Foi decretado estado de emergência em San Marcos de Colón, Choluteca, devido aos danos gerais causados pela tempestade.[111] Estima-se que cerca de 30 casas foram afetadas em El Cubulero, Alianza e Valle. Cerca de 120 famílias foram afetadas na cidade costeira de Marcovia, Choluteca, devido às fortes ondas na costa; pelo menos uma casa foi destruída. As fortes chuvas deixaram comunidades isoladas e 50 pessoas foram abrigadas em El Paraiso devido às graves inundações.[110]
A região em torno de Cancún recebeu 240 milímetros de chuva.[112] Mais de 120 mil clientes, 14% de todos os clientes da Comissão Federal de Eletricidade do México, ficaram sem fornecimento de energia elétrica em Quintana Roo.[113] Ocorreram inundações extremas que cobriram grande parte da Isla Mujeres.[113] A ilha também sofreu rajadas de vento de até 110 quilômetros por hora.[114] Cancún e Cozumel tiveram ondas muito fortes, quebrando o paredão marítimo em Cozumel e aumentando a erosão da praia em Cancún.[115] Os voos no Aeroporto Internacional de Cozumel foram atrasados, enquanto o Aeroporto Internacional de Cancún registou quase 100 cancelamentos ou atrasos.[113] Apenas pequenos atrasos ocorreram no Aeroporto de Mérida.[116] As empresas mais afetadas pelo Helene foram a VivaAerobus, a Volaris e a Aeroméxico.[117] Árvores caíram e telhados foram danificados em toda a Península de Yucatán.[116]
Uma explosão de gás ocorreu em Cancún durante Helene,[118] mas nenhuma morte foi relatada no México.[112]
Mais de 250 milímetros de chuva caíram nas Ilhas Cayman.[119] Chuvas fortes e grandes ondas começaram a afetar as Ilhas Cayman em 24 de setembro.[120] As estradas em George Town ficaram inundadas quando as chuvas produzidas pela tempestade causaram 14 cortes de energia, afetando 118 clientes na Grand Cayman.[36] O governo começou a planejar a compra de terras para ajudar na gestão das águas pluviais.[121] Após a passagem do Helene, a Grand Cayman foi impactada por ondas de 1,5-2,1 metros em 26 de setembro.[122]
Em Cuba, ocorreram fortes chuvas, com picos de acumulação de 218,4 milímetros registrado em Presa Herradura e 186,8 milímetros em Palácios.[123] Em outros lugares, Punta del Este e Isla de la Juventud receberam 101 milímetros, Paso Real de San Diego recebeu 78 milímetros, Pinar del Río recebeu 72 milímetros e Isabel Rubio recebeu 70 milímetros.[124] Na província de Pinar del Río, 17 dos 24 reservatórios da província transbordaram. Noutro local, em El Palenque, o acesso rodoviário foi cortado devido às inundações causadas pelo Helene.[123] Os ventos causaram uma falha nas linhas de energia que alimentam o transmissor Guanito, fazendo com que a maior parte do território, especialmente San Juan e Martínez, Guane, Mântua e Minas de Matahambre, sofressem com apagões.[125] Ventos fortes foram registrados nas províncias de Isla de la Juventud e Pinar del Río.[126] No total, cerca de 70 mil clientes sofreram cortes de energia elétrica em Pinar del Rio, com outros 160 mil moradores afetados em Artemisa.[127]
Em Havana, uma pessoa ficou ferida após o desabamento de um edifício desabitado devido às fortes chuvas e ocorreram dois deslizamentos de terra.[128] As chuvas intensas fizeram com que o rio Cuyaguateje subisse rapidamente, causando inundações em partes de Pinar del Río em 26 de setembro.[129][130] As inundações também ocorreram na província de Mayabeque, principalmente nos municípios de Batabanó, Melena del Sur e San Nicolás de Bari.[131]
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