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série brasileira de banda desenhada Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Garra Cinzenta é uma história em quadrinhos brasileira, que foi publicada originalmente no formato de tira no suplemento "A Gazetinha" do jornal A Gazeta[2] entre 1937 e 1939 e que conseguiu reconhecimento mundial na época, sendo publicada no México, França e Bélgica. O personagem principal é um vilão, perseguido pelos inspetores de polícia Higgins e Miller.[3] [nota 1]
A Garra Cinzenta | |
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País de origem | Brasil |
Editora(s) | Rio Gráfica Editora Conrad Editora |
Fascículos | 100 tiras |
Periodicidade | semanal |
Formato de publicação | Formato magazine (21 x 27 cm) |
Encadernação | Capa dura, Lombada quadrada, preto e branco |
Lançada em | 1937 |
Terminou em | 1939 |
Número de álbuns | 1 |
Primeira publicação | A Gazetinha, suplemento do jornal A Gazeta |
Género | aventura, policial, terror[1] |
Argumento | Francisco Armond |
Desenho | Renato Silva |
ISBN | ISBN 9788576164708 |
Número de páginas | 100 |
Na França e na Bélgica, a série era conhecida como La Griffe Grise, os europeus achavam que a história fosse de origem mexicana e não brasileira.[5]
Em 2011 a história foi republicada pela Editora Conrad em uma edição encadernada de luxo.
Entre 1937 e 1939, o único arco de história do Garra Cinzenta foi publicada no formato de pranchas no suplemento A Gazetinha do jornal A Gazeta com roteiros de Francisco Armond e arte de Renato Silva, totalizando 100 páginas, a série tem forte influência dos pulps da época[6]. Silva iniciou a carreira nos quadrinhos em 1937 nas páginas do Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen, onde ilustrou uma história protagonizada pelo detetive Nick Carter[7][8], um personagem da literatura pulp[9][10]. o jornal compilou a tira em dois álbuns, publicados entre dezembro de 1939 e janeiro de 1940.[3]
Armond também roteirizou a série O enigma do espectro de James Hull, ilustrada por Messias de Mello[11][12] e também publicada em A Gazetinha[13]
Entre 1944 e 1947 foi publicado na Bélgica na revista semanal Le Moustique com o título La Grife Grise, apesar da periodicidade irregular, todas as 100 páginas foram publicadas. Os belgas e os franceses chegaram pensar que a série era de origem mexicana. Em 1977, a Rio Gráfica Editora publica parte da pranchas do Garra Cinzenta em seu Almanaque do Gibi[14] Em 1988, Worney Almeida de Souza publicou todas as 100 páginas da série no seu fanzine Seleções do Quadrix # 3. Em 2011, Worney lança pela Conrad Editora, o álbum de luxo Garra Cinzenta.
Em setembro de 2024, a Editora Criativo republicou a série em 3 volumes.[15]
Na história passada em Nova York, Garra Cinzenta é um vilão, que apesar de não possuir nenhum poder, tem um grande conhecimento de vários ciências, como química, e o usa para fazer experiencias em seus inimigos e também para matá-los. Não se sabe com certeza sua origem, sabendo-se apenas que foi um grande cientista no passado, mas como ele virou um vilão ou se a caveira de sua cara é uma mascara ou um acidente que deixou sua caveira exposta não é revelado. Seus principais inimigos eram os inspetores de polícia Higgins e Miller, que apesar de tentarem de tudo, nunca conseguiam pegá-lo. Seus capangas eram um gorila com um cérebro transplantado de um antigo amigo, o professor Cuberry; sua antiga secretária Katty, que sofreu lavagem cerebral e virou a Dama de Negro; e um robô construído pelo próprio Garra, chamado Flag, que apesar de ter enorme força, podia falar apenas por barulhos.
Um dos fatos que contribui para que esse HQ se tornasse cult foram os mistério em tornos da autoria das histórias que permanecem até hoje sem explicação. O maior deles é o fato de ninguém saber quem era o seu escritor, Francisco Armond, o que levou muitos a acreditarem que ele seria um pseudônimo da jornalista Helena Ferraz de Abreu, que assinava no jornal independente Correio Universal com o nome de Álvaro Armando (pseudônimo que também era compartilhado pelo marido de Helena, Maurício Ferraz), e que Francisco seria uma variação desse pseudônimo já existente. O filho de Helena, Arnaldo Ferraz, entretanto, nega tal fato.[16] O suplemento de quadrinhos do jornal, publicou pela primeira vez no Brasil[17], as tiras de O Fantasma de Lee Falk em 1937[18]. o desenhista da história, Renato Silva faleceu em 1981, o jornalista Álvaro de Moya, que foi amigo de Renato, nunca chegou a perguntar ao desenhista a quem pertencia o pseudônimo[3].
Segundo a jornalista Raquel Cozer do jornal O Estado de S. Paulo, a hipótese foi levantada pelo quadrinista e jornalista Gedeone Malagola em artigo escrito em 2008, à revista Mundo dos Super-Heróis da Editora Europa, Gedeone viria a falecer seis meses depois da publicação do artigo. Outro que poderia esclarecer a questão era o desenhista Renato Silva, morto em 1981, Silva não teve uma carreira muito longa com histórias em quadrinhos, ficou mais conhecido pela ilustração de livros e pela publicação de livros que ensinam técnicas de desenho[3].
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