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A língua frígia era a língua indo-europeia dos frígios, um povo da Ásia Menor da Idade do Bronze.
Frígio | ||
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Falado(a) em: | ||
Extinção: | século VI | |
Família: | Indo-europeu, Frígio | |
Escrita: | Alfabeto grego | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | --- |
O frígio é atestado por dois períodos, um a partir de 800 a.C. em diante (paleo-frígio) e outro após um período de vários séculos, a partir de cerca do início da Era Cristã (neo-frígio). O paleo-frígio é então dividido (geograficamente) em: inscrições da Cidade de Midas (M, W), Górdio, central (C), Bitínia (B), Ptéria (P), Tiana (T), Dascileu (Dask), Bayindir (Bay) e "vários" (Dd, documentos diversos). As inscrições mísias parecem pertencer a um dialeto separado (em um alfabeto com uma letra adicional, o "s mísio").
Sobreviveu pelo menos até o século VI.[1]
Pode-se reconstruir algumas palavras com a ajuda de algumas inscrições feitas com uma escrita similar ao alfabeto grego.
A língua frígia em sua forma mais antiga, a o dito Paleo-Frígio, teve suas primitivas inscrições, datadas do século VIII a.C., grafadas num alfabeto de 22 letras das quais sete apresentavam simetria horizontal e as demais quinze tinham duas formas alternativas (direita e esquerda) conforme o sentido da escrita que era o chamado Bustrofédon. As linhas eram escritas alternadamente da esquerda para a direita e a seguinte era da direita para esquerda. Mais tarde a língua mais moderna, o Neo-Frígio, passou a usar o alfabeto grego. Ambas escritas do Frígio são derivadas da escrita fenícia e apresentam similaridade de formas.[2]
Historiadores antigos e mitos às vezes associavam o frígio ao trácio e talvez até mesmo ao armênio, com base em fontes clássicas. Heródoto registra na explicação macedônia que os frígios emigraram para a Ásia Menor a partir da Trácia. Depois, no mesmo texto, Heródoto afirma que os armênios eram colonos dos frígios, ainda sendo considerados assim na época de Xerxes I. A mais antiga menção do frígio em fontes gregas, na Canção Homérica a Afrodite, descreve-o como sendo diferente do troiano: na canção, Afrodite disfarça-se de mortal para seduzir o príncipe troiano Anquises.
A língua frígia era provavelmente próxima do trácio, do armênio e do grego. Na maioria dos casos o frígio usava um alfabeto derivado daqueles da Fenícia. As inscrições disponíveis em frígio ainda não foram traduzidas. As inscrições feitas numa escrita parecida com o alfabeto grego foram traduzidas, e parte do vocabulário frígio foi identificado.[3]
Sua estrutura, que pode ser recuperada, era tipicamente indo-europeia, com substantivos declinados por caso (pelo menos quatro), gênero (três) e número (singular e plural), enquanto os verbos eram conjugados por tempo, voz, modo, pessoa e número. Nenhuma palavra é atestada em todas suas formas de inflexão.
Muitas palavras em frígio são muito parecidas às reconstruídas do proto-indo-europeu. O frígio parece exibir um acréscimo, como o grego e o armênio, por exemplo eberet, provavelmente correspondendo ao PIE *e-bher-e-t (grego epheret).
Um conjunto considerável de palavras frígias é teoricamente conhecido; todavia, o significado e as etimologias e até mesmo a forma correta de muitas palavras frígias (a maioria extraída de inscrições) ainda estão sendo debatidos.
Uma palavra frígia conhecida é bekos, que significa "pão". De acordo com Heródoto (História 2.9), o faraó Psamético I queria estabelecer a língua original. Para este propósito, ele ordenou que duas crianças fossem educadas por um pastor, proibindo-o de deixá-las ouvir uma simples palavra, e incumbindo-o de registrar as primeiras expressões das crianças. Após dois anos, o pastor registrou que na entrada de seu quarto, as crianças vieram até ele, estenderam suas mãos, dizendo bekos. Investigando, o faraó descobriu que esta era a palavra frígia para "pão de trigo". A partir daí, os egípcios cederam em afirmar que a nação frígia era mais antiga que a deles. A palavra bekos também é atestada várias vezes em inscrições paleo-frígias em estelas funerárias. Sugere-se que ela seja cognata da palavra inglesa bake ("assar", "queimar (do sol)"), a partir do PIE *bheh3g (grego phōgō "assar", latim focus "lareira", "fogão", armênio bosor "vermelho", bots "chama", irlandês goba "ferreiro").
Bedu, de acordo com a Stromata de Clemente de Alexandria, citando Nearto de Cízico, significa "água" (PIE *wed). Os macedônios são citados por ter cultuado um deus chamado Bedu, que eles interpretavam como "ar". O deus aparece também no ritual orfista.[4]
Outras palavras frígias incluem:
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