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Florival Baiôa Monteiro (Beja, 1951 - 13 de Fevereiro de 2024) foi um professor e historiador português. Ficou ligado a várias causas em defesa do património e do desenvolvimento da região do Alentejo,[1] tendo sido condecorado com a Medalha de Mérito Artístico e Cultural de Beja.[2]
Florival Baiôa | |
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Nome completo | Florival Baiôa Monteiro |
Nascimento | 1951 Beja |
Morte | 13 de Fevereiro de 2024 |
Nacionalidade | Portuguesa |
Alma mater | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa |
Ocupação | Professor e historiador |
Nasceu na cidade de Beja, em 1951, filho de Cristina Baiôa e de Plácido Monteiro, que exercia como relojoeiro e cantador.[3] Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou e doutorou em História de Arte.[4]
Durante o seu período como estudante, esteve envolvido em movimentos sociais e políticos contra o regime ditatorial, tendo acabado por ser expulso do Instituto Comercial de Lisboa, no âmbito da crise académica de 1969.[1] Foi mobilizado para a Guerra Colonial, mas conseguiu fugir para Bruxelas, onde foi refugiado político da ONU durante cerca de dois anos.[1] Após a restauração da democracia, regressou ao país em 11 de Março de 1975, quando estava a decorrer um golpe militar.[1] Fixou-se na cidade de Beja, onde foi professor durante cerca de 36 anos em várias escolas e no Instituto Politécnico, ensinando História, Antropologia Cultural, Organização política,[5] e arte.[6] Uma das suas principais iniciativas enquanto professor foi a criação de clubes de jornalismo nas escolas de D. Manuel I e de Santa Maria, tendo comentado que «Saiu de la gente que hoje exercem a profissão em jornais e televisões nacionais».[7]
Destacou-se pelo seu contributo para a investigação da história da cidade de Beja, tendo recebido a Medalha de Mérito Artístico e Cultural da Câmara Municipal em 2019.[8] Fundou e foi o primeiro presidente da Associação de Defesa do Património de Beja,[4] que tinha como finalidade promover a preservação do centro histórico, e foi um dos responsáveis pela criação do Centro de Apoio da História, em colaboração com Cláudio Torres e Borges Coelho,[1] Foi igualmente uma das principais figuras do movimento Beja Merece +, lançado em 2010 para combater a falta de investimento público na região,[1] tendo ficado ligado à defesa do património e o desenvolvimento e melhoria das acessibilidades na região, principalmente em Beja,[6] como o transporte aéreo e os caminhos de ferro.[5] Participou decisivamente em várias iniciativas para recuperar tradições artísticas e populares do Alentejo, como as Maias, o património azulejar, e a recuperação do Forno Comunitário da Tí Bia Gadelha.[6] Também exerceu como historiador de arte,[6] com um especial interesse pela azulejaria, tendo escrito os livros Arte Azulejar de Beja e Azulejaria Convento Nossa Senhora da Conceição, Beja – 100 anos em Imagens.[5]
Faleceu em 13 de Fevereiro de 2024, aos 73 anos, devido a uma doença oncológica.[5] Deixou uma filha, Susa Monteiro, que se destacou como autora de banda de desenhada.[5] A sua morte foi reportada em vários portais noticiosos nacionais, como o Público, que considerou que «Florival Baiôa deixa um enorme vazio no movimento cultural do Baixo Alentejo»,[5] enquanto que a Rádio Campanário classificou-o como uma das «figuras mais emblemáticas e queridas» do Baixo Alentejo.[9] A autarquia de Beja recordou-o como um «conhecedor ímpar da história da cidade, em múltiplas vertentes da mesma, e dinamizador incansável de um vasto conjunto de atividades culturais e lúdicas um pouco por todo o concelho de Beja ao longo da sua vida».[10]
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