Tainha[1] (a grafia "taínha" é errada) é a designação vulgar de vários peixes da família dos mugilídeos. A maior parte das espécies pertence ao gênero Mugil, mas a designação estende-se a outros géneros (e mesmo a algumas espécies da ordem dos Perciformes). Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem também em água doce. É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano que faz parte da dieta mediterrânica-europeia. A família dos Mugilidae inclui cerca de 80 espécies divididas por 17 géneros. Muitas das espécies são ainda conhecidas pelos nomes de curimã, curumã, tapiara, targana, cambira[2], muge, mugem, parati e fataça, entre outros.
Taxonomicamente, os mugilídeos constituem o único membro da ordem dos mugiliformes mas existem algumas discordâncias entre alguns sistemas de classificação. A presença de espinhos nas barbatanas parece indicar aproximação à superordem dos Acanthopterygii, pelo que William A. Gosline os classificou, na década de 1960 como Perciformes. Outros autores incluem-nos, ainda, nos Atheriniformes.
Sua alimentação é diurna e essencialmente herbívora, elas se alimentam durante o dia de algas, detritos, zooplânctons e organismos bentônicos.[3]
"Tainha" originou-se do termo gregotagenías, que significa "bom para frigir"[2]. "Curimã" e "curumã" originaram-se do termo tupiku'rema[4].