Insuficiência renal é uma condição médica em que os rins deixam de funcionar.[1] Divide-se em insuficiência renal aguda, de desenvolvimento súbito, ou insuficiência renal crónica.[5] Os sintomas mais comuns são inchaço das pernas, cansaço, vómitos, perda de apetite ou confusão.[1] As complicações mais comuns são uremia, elevada concentração de potássio ou excesso de volume de sangue nas cavidades do coração.[2] Entre as complicações da doença crónica estão também doenças cardiovasculares, hipertensão arterial ou anemia.[3][4]
As causas mais comuns de insuficiência renal aguda são a diminuição da pressão arterial, bloqueio do trato urinário, alguns medicamentos, perda de músculo e síndrome hemolítico-urémica.[5] As causas mais comuns de insuficiência renal crónica são nefropatia diabética, hipertensão arterial, síndrome nefrótica e doença renal policística.[5] O diagnóstico da doença aguda geralmente baseia-se numa associação de fatores como diminuição da produção de urina ou aumento da quantidade de creatinina no soro.[2] O diagnóstico de doença crónica geralmente baseia-se num valor da taxa de filtração glomerular inferior a 15 ou na necessidade de terapia de substituição renal.[6] É também equivalente ao estádio 5 da doença renal crónica.[6]
O tratamento da doença aguda geralmente depende da causa subjacente.[7] O tratamento da doença crónica pode incluir hemodiálise, diálise peritoneal ou um transplante de rim.[1] A hemodiálise é realizada por uma máquina que filtra o sangue no exterior do corpo.[1] Na diálise peritoneal é colocado um líquido específico na cavidade abdominal que depois é drenado, sendo este processo repetido várias vezes por dia.[1] O transplante de rim envolve a colocação, através de cirurgia, de um rim de outra pessoa, seguida pela administração de medicamentos imunossupressores para prevenir a rejeição de transplante.[1] Entre outras medidas recomendadas para a doença crónica estão manter-se ativo e alterações específicas na dieta.[1]
Nos Estados Unidos, a doença aguda afeta em cada ano 3 em cada 1000 pessoas.[8] A doença crónica afeta 1 em cada 1000 pessoas. A cada ano, 3 em cada 10 000 pessoas desenvolvem a condição.[6][9] A doença aguda é em muitos casos reversível, enquanto a doença crónica não.[5] No entanto, com tratamento adequado, muitas pessoas com doença crónica conseguem continuar a trabalhar.[1]
Referências
- «Kidney Failure». National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases. Consultado em 11 de novembro de 2017
- Blakeley, Sara (2010). Renal Failure and Replacement Therapies (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 19. ISBN 9781846289378
- Liao, Min-Tser; Sung, Chih-Chien; Hung, Kuo-Chin; Wu, Chia-Chao; Lo, Lan; Lu, Kuo-Cheng (2012). «Insulin Resistance in Patients with Chronic Kidney Disease». Journal of Biomedicine and Biotechnology. 2012: 1–5. PMC 3420350. PMID 22919275. doi:10.1155/2012/691369
- «Kidney Failure». MedlinePlus (em inglês). Consultado em 11 de novembro de 2017
- «What is renal failure?». Johns Hopkins Medicine (em inglês). Consultado em 18 de dezembro de 2017
- Cheung, Alfred K. (2005). Primer on Kidney Diseases (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 457. ISBN 1416023127
- Clatworthy, Menna (2010). Nephrology: Clinical Cases Uncovered (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 28. ISBN 9781405189903
- Ferri, Fred F. (2017). Ferri's Clinical Advisor 2018 E-Book: 5 Books in 1 (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 37. ISBN 9780323529570
- Ferri, Fred F. (2017). Ferri's Clinical Advisor 2018 E-Book: 5 Books in 1 (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 294. ISBN 9780323529570
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